Líderes mundiais tentam evitar conflito entre Irã e Israel
Israel proibiu o secretário-geral das Nações Unidas de entrar no país.
O ministro das Relações Exteriores israelense declarou António Guterres “persona non grata” por não ter condenado energicamente o ataque do Irã. Guterres não tinha mencionado o Irã na terça-feira (1º) no curto comunicado que divulgou. Mas nesta quarta-feira (2), em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, o secretário-geral da ONU declarou:
"Assim como fiz em relação ao ataque iraniano em abril, e isso deveria ter sido óbvio ontem no contexto da condenação que expressei, novamente condeno fortemente o ataque pesado de mísseis de ontem pelo Irã contra Israel".
Na reunião, o único lugar onde Irã e Israel se encontram diplomaticamente, seus embaixadores se acusaram mutuamente de serem "Estados terroristas". Danny Danon, embaixador israelense, disse que o Irã vai pagar um preço alto pelo maior ataque de mísseis contra Israel na história. O embaixador do Irã na ONU disse:
"Israel deve entender que cada ato de agressão não será impune e levará a consequências”.
Israel proíbe António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, de entrar no país — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Reações Europa
Uma solução diplomática ainda é possível. Foi a conclusão da reunião do G7 nesta quarta-feira (2), convocada às pressas pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, presidente rotativa do grupo das sete democracias mais desenvolvidas. Em um comunicado, os líderes reafirmam que um conflito regional não interessa a ninguém. O governo francês desaprovou o ataque iraniano a Israel. A França, com seus meios militares, ajudou Israel a abater os mísseis iranianos. O Reino Unido também.
A China fez um apelo à moderação, e a Rússia também pediu prudência a todo o Oriente Médio. O Egito condenou o que chamou de uma escalada israelense perigosa no sul do Líbano.
No Vaticano, o Papa Francisco falou de uma "hora dramática da nossa história".
"Os ventos da guerra continuam devastando povos e nações inteiras", disse o Papa.
Francisco propôs para 7 de outubro, um ano depois do massacre do Hamas em Israel, um dia de orações e jejum pela paz no mundo.
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