Em Nova York, Lula tem encontros bilaterais com parceiros comerciais do Brasil
Lula chegou à missão permanente da Alemanha na ONU no início da tarde. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o embaixador Celso Amorim também participaram do encontro com o chanceler alemão, Olaf Scholz. Eles falaram sobre meio ambiente, os conflitos em Gaza e na Ucrânia, e reformas na ONU. Scholz confirmou que irá ao Brasil em novembro participar da cúpula do G20.
Depois, o presidente Lula teve um encontro fechado com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na missão brasileira. Na pauta, entre outros assuntos, o acordo comercial entre o Mercosul e o bloco europeu.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente Lula em Nova York, nos Estados Unidos — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
A partir de 2025, entra em vigor uma lei da União Europeia que proíbe a importação de produtos oriundos de áreas degradadas ou desmatadas. O Brasil está preocupado com o impacto nos negócios e, no início de setembro, pediu o adiamento das novas regras. Depois disso, um porta-voz da Comissão Europeia reiterou que a lei será implementada em 2025. Nem Lula nem von der Leyen falaram com a imprensa depois da reunião.
A última reunião bilateral do dia foi com o primeiro-ministro do Haiti, Garry Conille. O Haiti enfrenta uma crise política e de segurança, que se aprofundou em março, quando gangues tomaram o controle de boa parte da capital, Porto Príncipe. Entre 2004 a 2017, o Brasil chefiou uma missão da ONU para a reconstrução do país.
“Nós temos que assumir responsabilidade - não o Brasil, o mundo - com o Haiti. É possível. A situação está se deteriorando e a solidariedade internacional zero”, disse Lula.
Na sequência, Lula participaria de um encontro na fundação criada pelo ex-presidente americano Bill Clinton. Mas o presidente Joe Biden decidiu aparecer de surpresa no evento, e a segurança foi reforçada. Segundo a assessoria do presidente Lula, os agentes tentaram barrar parte da comitiva brasileira. Diante do desentendimento entre os seguranças, de acordo com a equipe, Lula decidiu, então, nem participar do evento.
Lula homenageado
Bill Gates e Lula em Nova York, nos Estados Unidos — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Na noite desta segunda-feira, o presidente Lula participou de um evento com o fundador da Microsoft, Bill Gates.
O evento é da Fundação Bill e Melinda Gates, uma fundação de combate à fome no mundo. Bill Gates anunciou o presidente Lula e citou o Bolsa Família. Bill Gates disse que o programa reduziu em 80% a desnutrição infantil no Brasil e que, agora, é o padrão ouro do combate à fome no mundo.
Bill Gates disse que o presidente Lula tem agora uma proposta de aliança global para o combate à fome com projetos muito ambiciosos para a próxima década. Por causa disse tudo, Bill Gates concedeu ao presidente Lula o Prêmio Goal Keepers, que é o nome da fundação dele de combate à fome no mundo.
Depois, Lula conversou com Bill Gates – que é o fundador da Microsoft e foi um dos homens mais ricos do mundo por muito tempo. Lula começou dizendo que a fome não é natural, é irresponsabilidade das lideranças do mundo; e que essas lideranças têm que governar para o povo e não para pessoas que fundaram a Microsoft – se referindo a Bill Gates, em um momento em que a plateia riu.
Lula disse, também, que apresentar depois do fim do seu mandato um Brasil sem fome. Ele afirmou que a fome vai acabar através das políticas públicas e disse que esse vai ser um dos grandes temas do G20 no Brasil em novembro de 2024.
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