Lula se reúne com Emir do Catar e agradece pela libertação de reféns brasileiros em Gaza
O presidente Lula começou o dia falando para empresários e disse que, nos últimos 20 anos, o comércio com o Catar passou de US$ 38 milhões para US$ 1,6 bilhão.
O Catar fornece fertilizantes para a agricultura e importa alimentos do Brasil. Lula disse que há espaço para diversificação da pauta comercial.
"O Brasil vai ser, em breve, um exportador de sustentabilidade. Temos imenso potencial em setores de energia solar, eólica, biocombustíveis e hidrogênio verde", disse ele em seu discurso.
O presidente Lula e o emir Sheik Tamin Bin Hamad Al-Thani trataram sobre negócios e a guerra no Oriente Médio.
Na entrevista aos jornalistas, Lula disse que agradeceu ao Catar pela mediação que permitiu a saída de 22 brasileiros e 10 familiares palestinos de Gaza e contou que pediu ajuda para liberar um refém com dupla cidadania - brasileira e israelense - que está nas mãos dos terroristas do Hamas.
"O Catar teve um papel muito importante para a liberação dos brasileiros que estavam na Faixa de Gaza - ainda tem brasileiros lá -, na liberação de um refém que ainda pode ser liberado por esses dias. E eu vim agradecer a ele", contou o presidente.
Segundo o Palácio do Planalto, o refém brasileiro a que o presidente se refere é Michel Nisembaum, de 59 anos.
Michel Nisembaum, de 59 anos. — Foto: Jornal Nacional/Reprodução
O governo brasileiro e outros países da América do Sul, além da República Democrática do Congo, República do Congo e Indonésia, defendem a criação de um fundo com investimento de US$ 100 bilhões - o equivalente a R$ 500 bilhões - por ano para a recuperação e preservação de florestas tropicais.
"Nós propomos a criação de um fundo permanente. Para você manter planeta habitável e todo mundo viver confortavelmente bem, não é apenas dar ajuda para não desmatar, é fazer com que se mantenha a floresta em pé para sempre e que se tente reflorestar aqueles lugares que não tem mais floresta. No caso do Brasil, nós temos mais de 40 milhões de hectares de terra degradadas e que nós podemos recuperar", defendeu Lula.
LEIA TAMBÉM