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Por Jornal Nacional


Programa de Aceleração do Crescimento surgiu em 2007, no início do segundo mandato de Lula

Programa de Aceleração do Crescimento surgiu em 2007, no início do segundo mandato de Lula

O Programa de Aceleração do Crescimento surgiu em 2007, no início do segundo mandato do presidente Lula.

O primeiro PAC foi praticamente liderado pelo governo, tanto no financiamento quanto na execução das obras, mais voltado para as obras de saneamento e rodovias. Já o segundo, no governo de Dilma Rousseff, também contou com a participação da iniciativa privada, incluindo o projeto Minha Casa Minha Vida.

Os dois PACs, custaram aos cofres públicos quase R$ 700 bilhões. Segundo o Tribunal de Contas da União, o PAC 1 só concluiu 9% das ações de infraestrutura previstas. E o 2,26%. As ações de infraestrutura representam, em média, 40% das duas edições de PAC.

Ao relançar o PAC interrompido nos governos Temer e Bolsonaro, o presidente Lula afirmou que um dos compromissos é com a gestão.

“É exatamente por isso que assumimos o compromisso moral, neste novo PAC, de retomar a construção de milhares de obras. De não deixar mais que a falta de gestão ou a austeridade fiscal quase obsessiva interrompa, pela metade, os anseios mais justos de nossa população”, disse Lula.

O desafio do governo é conciliar o orçamento para o novo PAC com a meta de zerar o rombo nas contas públicas no ano que vem. Esta semana, o governo propôs ao Congresso deixar R$ 5 bilhões destinados ao PAC de fora das despesas na hora de calcular o cumprimento da meta fiscal.

Um dos obstáculos dos PACs anteriores foi falta de dinheiro. São mais de 2,5 mil obras paradas em todo o país.

Economistas ressaltam a importância de se respeitar o equilíbrio das contas e evitar desperdícios.

“O novo PAC acho que tem duas grandes restrições: você tem um espaço fiscal que não está dado ainda, afinal de contas o novo regime fiscal, enfim, ainda está para ser aprovado no Congresso. Nós temos um esforço fiscal grande que o governo vai ter que fazer, possivelmente arrecadar mais e não são poucos recursos, talvez 1,5% ou mais do PIB, ou arrecadar mais ou reduzir os chamados gastos tributários, uma série de incentivos que não fazem muito sentido”, diz o economista Cláudio Frischtak.

“A gente tem muita fé em todos os planos que todo governo faz. É dever nosso ter fé. Mas os alertas ficam. Nós temos que ter muito cuidado. Muito projeto leva a uma perda de foco, uma perda de foco leva ao risco de não continuidade, o risco de não continuidade leva à obra parada, obra parada leva à prejuizo e dinheiro jogado fora", diz o coordenador de logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende.

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