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Imagens registraram assessores entregando celulares a Daniel Silveira quando ele já estava detido

Imagens registraram assessores entregando celulares a Daniel Silveira quando ele já estava detido

A Polícia Federal teve acesso a gravações que mostram assessores entregando dois celulares ao deputado Daniel Silveira, do PSL, quando ele já estava preso.

O inquérito apurou como dois celulares foram parar na cela do deputado Daniel Silveira, preso no dia 16 de março, por divulgar um vídeo atacando ministros do Supremo Tribunal Federal e no qual fazia apologia ao AI-5, o instrumento de repressão mais duro da ditadura militar.

A Polícia Federal encontrou os aparelhos na cela do parlamentar dois dias depois da prisão, e as conclusões do inquérito são somente sobre esse caso.

As fotos da investigação mostram o momento, segundo a PF, em que assessores do deputado entregam os celulares para ele, na presença do advogado. As imagens foram captadas pelo circuito de câmeras da Superintendência da PF no Rio, onde Daniel Silveira passou seus primeiros dias preso.

“As imagens captadas deixam evidente que os aparelhos lhe foram entregues pelos seus assessores Mario Sérgio de Souza, Pablo Diego Pereira da Silva e outro ainda não perfeitamente qualificado, mas provavelmente se tratando de Rafael Fernando Ramos, os quais, provavelmente, se aproveitaram da presença, de comum acordo com ele ou não, do advogado André Benigno Rios na sala de visitas, para fazer a entrega dos aparelhos”, diz o relatório.

Segundo a investigação, ficou explícito que houve um conluio entre o deputado custodiado e seus assessores.

No relatório, a PF diz que Daniel Silveira escondeu os celulares nas calças durante audiências privadas com assessores e o advogado.

As imagens mostram que a entrega ocorreu no dia seguinte à prisão, apesar de os aparelhos só terem sido encontrados dois dias depois. A Polícia Federal informou que, como Silveira tem foro, encaminhou as informações ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação.

A defesa de Daniel Silveira declarou que ele não foi revistado no momento da prisão nem na Superintendência da Polícia Federal, que não houve solicitação de recolhimento de aparelho e que, na imagem, o assessor está devolvendo o celular ao deputado, porque tinha pegado emprestado para checar grupos de trabalho.

Nós não conseguimos contato com os assessores citados pela Polícia Federal.

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