Edição do dia 11/07/2015

11/07/2015 21h33 - Atualizado em 11/07/2015 21h54

Supermercados podem voltar a cobrar por sacolinhas em São Paulo

Por autorização da Justiça, a partir deste sábado (11) os supermercados, se quiserem, podem cobrar por todas as sacolinhas usadas. Na média, elas custam entre oito e dez centavos cada.

A partir deste sábado (11) os supermercados na cidade de São Paulo podem cobrar por toda sacolinha plástica nova, aquela reciclável. Só que muita gente ainda não se acostumou. Tem comércio distribuindo as sacolas antigas e consumidor reclamando de pagar pelo que antes saía de graça.

As novas sacolinhas recicláveis substituíram as antigas nos supermercados e lojas em abril de 2015. É para ajudar na coleta seletiva da cidade de São Paulo. Mas a cobrança tem causado polêmica.

Um acordo firmado entre a Associação Paulista de Supermercados e o Procon determinou que as duas primeiras sacolinhas fossem entregues de graça para o consumidor. Esse acordo venceu na sexta-feira (10). A partir deste sábado (11), os supermercados, se quiserem, podem cobrar por todas as sacolinhas usadas. Na média, elas custam entre oito e dez centavos cada.

A professora Daniela Pacheco não concorda em pagar pagar e desconhece a diferença entre a sacolinha cinza e verde: "Nem se fosse 1 centavo. Eu não acho certo isso".

É, ainda há muita confusão: em casa, a verde deve ser usada para o lixo reciclado, como papel, vidro e garrafas. Na cinza, fica o lixo orgânico, como restos de comida

Mas ainda tem comerciante dando sacolas de outras cores, que foram banidas pela prefeitura. O funcionário de um açougue disse que as verdes e cinzas acabaram.

A diretora do Procon lembra que tem incentivo para quem já sai de casa com sacolas para carregar as compras. “Para aquele consumidor que levar a sua sacola ele tem direito ao desconto, ele continua com direito ao desconto. A concessão de duas sacolinhas era apenas por dois meses", afirma a diretora executiva do Procon Ivete Maria Ribeiro.

O desconto é de três centavos a cada cinco produtos ou a cada R$ 30 gastos.

Maria José Silva trabalha com reciclagem e acha que a cobrança pelas sacolas ajuda na educação do consumidor. “Se eles estão dando de graça o povo abusa e pega demais. Isso aí valoriza a gente e valoriza as pessoas, valoriza a natureza. Tudo isso faz parte”, diz ela.

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