Edição do dia 21/07/2015

21/07/2015 13h49 - Atualizado em 21/07/2015 14h41

Greve de servidores de universidades federais já dura quase dois meses

UFRJ está em aulas desde o dia 23 de maio.
Servidores federais pedem reajuste salarial.

Cristiane LeiteBelo Horizonte, MG

A paralisação de professores e servidores de universidades federais vai completar dois meses em quase todo o Brasil. Muitos alunos que já deveriam estar de férias, nem terminaram o primeiro semestre.
    
Mais de 30 mil alunos estão sem aula na Universidade Federal de Sergipe. Em Rio Branco, no Acre, o primeiro semestre que deveria acabar em julho ainda não terminou. Professores e técnicos da Universidade do Amapá também estão em greve e não há previsão de volta às aulas. Em Alagoas, 80% dos trabalhos administrativos da Universidade Federal estão parados.

As matrículas dos alunos veteranos da Universidade Federal de Minas Gerais, que seria do dia 14 ao dia 18 foram adiadas. Os alunos receberam o comunicado pela internet.

A matrícula dos calouros que conseguiram a vaga para o segundo semestre pelo Sisu foi feita pela internet e está garantida, segundo a UFMG. Agora, os alunos precisam entregar a documentação. Mas, com a secretaria fechada por causa da greve, o processo não pode ser concluído. Em Belo Horizonte, as aulas previstas para começar no dia 3 de agosto, mas podem atrasar.

Nove mil alunos também não fizeram a rematrícula nas 15 unidades do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), na região metropolitana de Belo Horizonte e no interior.

“O semestre fechou para a maioria deles só que existe um tramite interno que é o fechamento de nota, frequência que então, nesse caso, assim que as atividades voltarem ao normal. as rematrículas será feitas isso é garantido”, explica Soraya Cândido, pró-reitora da IFMG.

Servidores federais em educação se reuniram pela manhã na UFMG. Eles pedem reajuste de 27,3%.

"Juntando de 2011 até 2019, foi uma perda de quase 50% do nosso poder aquisitivo de compra, então não tem outro jeito se não manifestar com a greve”, justifica Cristina del Papa, coordenadora geral do SINDIFES.

Em nota, o Ministério da Educação disse que está aberto o diálogo com os professores e servidores e já foram feitas algumas reuniões entre o governo e as categorias. O MEC disse ainda que está acompanhando as negociações.

 

 

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