Edição do dia 10/09/2014

11/09/2014 00h14 - Atualizado em 11/09/2014 00h38

CPI da Petrobras quer ouvir Paulo Roberto Costa na próxima semana

Participação do ex-diretor da Petrobras depende de autorização do STF.
Assunto principal a ser discutido é o vazamento do depoimento na mídia.

Giovana TelesBrasília, DF

A CPI mista da Petrobras quer ouvir, na próxima semana, o ex-diretor da empresa, Paulo Roberto Costa, sobre as denúncias de desvio de dinheiro para beneficiar políticos e partidos aliados do governo. Mas a ida dele ao Congresso ainda depende de autorização do Supremo Tribunal Federal.

O que nós tivemos até agora
foram opiniões, vazamento
de informações. O Paulo
Roberto Costa poderá trazer
as informações verdadeiras,
aquelas que efetivamente
são ditas por ele, durante
a delação premiada"
diz Marco Maia (PT-RS), relator da CPI mista

Ainda não está certa a vinda do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para Brasília na próxima quarta-feira (17). Ele está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

Na noite de quarta-feira (10), o juiz Sérgio Moro, encarregado do caso na Justiça Federal, no Paraná, repassou a decisão de liberar ou não o ex-diretor para depor na CPI mista para o ministro do STF, Teori Zavascki, que é o relator do processo da operação Lava-Jato, no Supremo Tribunal Federal.

Zavascki liberou o acesso, para a comissão, dos documentos que chegaram ao Supremo, mas ele ainda não decidiu sobre  o conteúdo que mais interessa aos parlamentares: os depoimentos que o ex-diretor da Petrobras vem prestando depois que passou a colaborar com a Justiça, na expectativa de reduzir a pena.

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A própria delação presupõe sigilo nas informações. Então, ele não
as passaria publicamente. A minha expectativa  maior é que o Paulo Roberto Costa possa falar algo
em uma reunião reservada"
           afirma Carlos Sampaio (PSDB-SP), deputado federal

Paulo Roberto Costa teria afirmado que deputados e senadores de partidos da base aliada do governo, além de governadores e um ministro, estariam envolvidos em um suposto esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.

A comissão ouviu, no dia 10 de setembro, o ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Ele disse que Paulo Roberto Costa não participou da negociação para a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.