A CPI mista da Petrobras quer ouvir, na próxima semana, o ex-diretor da empresa, Paulo Roberto Costa, sobre as denúncias de desvio de dinheiro para beneficiar políticos e partidos aliados do governo. Mas a ida dele ao Congresso ainda depende de autorização do Supremo Tribunal Federal.
Ainda não está certa a vinda do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para Brasília na próxima quarta-feira (17). Ele está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
Na noite de quarta-feira (10), o juiz Sérgio Moro, encarregado do caso na Justiça Federal, no Paraná, repassou a decisão de liberar ou não o ex-diretor para depor na CPI mista para o ministro do STF, Teori Zavascki, que é o relator do processo da operação Lava-Jato, no Supremo Tribunal Federal.
Zavascki liberou o acesso, para a comissão, dos documentos que chegaram ao Supremo, mas ele ainda não decidiu sobre o conteúdo que mais interessa aos parlamentares: os depoimentos que o ex-diretor da Petrobras vem prestando depois que passou a colaborar com a Justiça, na expectativa de reduzir a pena.
Paulo Roberto Costa teria afirmado que deputados e senadores de partidos da base aliada do governo, além de governadores e um ministro, estariam envolvidos em um suposto esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
A comissão ouviu, no dia 10 de setembro, o ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Ele disse que Paulo Roberto Costa não participou da negociação para a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.