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Por Henrique Martin, g1


Máquinas de café: g1 testa modelos compatíveis com cápsula de alumínio — Foto: Ighor Jesus/g1

Tomar um espresso em casa requer um pouco mais de esforço que em uma cafeteria – incluindo a sujeira e a necessidade de um moedor e de uma máquina boa. Mas dá para ter um "coringa": um aparelho que usa café moído ou cápsulas, basta escolher o favorito.

☕️ O Guia de Compras testou duas máquinas que fazem café expresso com pó ou cápsula e as comparou com uma original da Nespresso.

Os produtos avaliados foram:

Veja os resultados a seguir e, ao final, a conclusão.

A Nespresso Citiz Platinum Alumínio Titan foi utilizada como referência de comparação com as concorrentes Mondial e Oster.

O modelo, vendido na faixa dos R$ 1.000 no início de julho nas lojas da internet, pode ser considerado um equipamento “intermediário” na linha da fabricante.

As cápsulas originais da marca custavam entre R$ 3,20 e R$ 3,70.

Além do café, o aparelho também esquenta água, permitindo preparar chás e bebidas cafeinadas estilo americano, mais diluídas.

A Citiz mede 13 x 38,9 x 27,7 cm (largura x profundidade x altura) e pesa 4 kg. A garantia da fabricante é de 1 ano.

Das três máquinas do teste, é a única a utilizar um pino de 20A na tomada – Mondial e Oster usam o plug de 10A, mais fino.

Seu reservatório de água tem capacidade para 1 litro, e o produto conta com uma espécie de gaveta para guardar até 12 cápsulas usadas, que caem sozinhas nessa área após o café ficar pronto.

Para fazer um café, basta abrir a tampa do reservatório de cápsula, inserir uma nova e ligar a máquina, pressionando qualquer um dos botões no topo.

A Citiz extrai cafés em quatro tamanhos pré-definidos: espresso (40 ml), longo (110 ml), americano (150 ml) e americano XL (200 ml), além da água quente.

Como o espresso é uma bebida extraída sob alta pressão e temperatura, é importante ficar de olho na indicação de pressão das máquinas, designada pela unidade de medida bar (ou, no plural, bares).

O modelo da Nespresso tem a capacidade de preparar cafés com pressão de 19 bar (medida que ser refere à força que água quente passa pelo café moído). Essa pressão serve para ajudar a extrair óleos e sabores do pó.

O resultado, que serviu de referência, foi uma bebida forte e encorpada com 40 ml, utilizando cápsulas originais da marca.

Extração de café em cápsula na máquina da Nespresso — Foto: Henrique Martin/g1

A crema (nome técnico para a “espuma” do café) foi equilibrada e gerou um belo efeito ao “subir” pelo copo transparente.

Para o café longo, de 110 ml, o resultado foi similar.

A Mondial Dolce Crema é uma máquina tradicional de café espresso, vendida na faixa de R$ 800 nas lojas da internet em julho.

O equipamento funciona somente com pó ou sachês de café – para utilizar cápsulas, é preciso comprar um acessório adiciona da fabricante, chamado Porta Cápsula modelo CPC-NP, vendido por R$ 100. Somando os valores, é quase preço médio da Nespresso Citiz.

A marca também oferece um adaptador para cápsulas da Dolce Gusto, que também custa R$ 100.

O aparelho mede 30,6 x 30,8 x 15,7 cm (largura x altura x profundidade) e pesa 3,5 kg, a menor e mais leve das três. A garantia da fabricante é de 1 ano para a máquina e de 3 meses para o porta cápsula adicional para Nespresso.

É a única máquina do teste com ventosas nos pés, que ajudam a fixar o produto com maior segurança em uma bancada.

O recipiente de água comporta 1,2 litro. A capacidade de água das máquinas varia entre 1 e 1,5 litro.

A Dolce Crema é bastante simples: tem apenas um botão de liga/desliga, um para iniciar/parar a extração de café e um para ativar/desativar o bico vaporizador de água, que serve para fazer espuma de leite em um recipiente à parte.

Para utilizar as cápsulas de Nespresso, é preciso remover o porta-filtro original (o acessório com filtro por onde sai o café). Isso é rápido, basta mover o "braço" que ajuda no encaixe na máquina.

Lado a lado, o original é bem menor que o porta-filtro com o adaptador. Veja na imagem abaixo.

Mondial: porta-filtros e adaptador para cápsulas (acima) e para café moído (abaixo) — Foto: Henrique Martin/g1

No teste, a cápsula original da Nespresso se encaixou direito dentro do adaptador.

Vale notar que apenas cápsulas de Nespresso servem para esse acessório – outras cápsulas maiores, como Dolce Gusto ou 3 Corações, não cabem.

Para fazer o café, foi só fechar a tampa do adaptador (que parece ter uma folga, para não pressionar demais a cápsula) e encaixar o porta-filtro na máquina.

É um sistema diferente do utilizado pela Oster, que requer apenas o encaixe da cápsula no adaptador, sem o uso de tampas.

O modelo da Mondial também é a com maior pressão das três, com 20 bar, contra 19 bar da Nespresso e da Oster.

O resultado, após pressionar o botão de café, é um líquido também bastante denso e encorpado, com bastante “espuma”.

Extração de café em cápsula na máquina da Mondial — Foto: Henrique Martin/g1

O único problema da Dolce Crema é que o tempo de extração precisa de atenção.

A máquina não para sozinha após os 40 ml do espresso normal, como ocorre na Nespresso e na Oster. E pode transbordar.

Como ocorre na Oster, também dá para fazer dois cafés ao mesmo tempo, algo que a Nespresso não permite.

A Oster Prima Latte Touch é a máquina de café mais cara do teste, sendo vendida na faixa dos R$ 1.500 nas lojas on-line no início do mês.

Isso ocorre porque é a única que vem com um reservatório de leite, para fazer capuccinos e outras bebidas quentes.

Também vem com os porta-filtros com adaptadores para pó de café e cápsulas da Nespresso (apenas desse modelo, sem contemplar outros tipos de cápsula).

A máquina mede 21 x 31 x 37 cm (largura x altura x profundidade) e pesa 5,2 kg, a mais pesada das três. A garantia da fabricante é de 1 ano.

O reservatório de água comporta 1,5 litro, o maior do teste. O de leite, 325 ml, e pode ser guardado na geladeira após o uso.

A fabricante recomenda usar o ciclo de limpeza do acessório de leite, para não entupir ou ficar sujo, caso ele não for utilizado em um curto espaço de tempo.

O modelo da Oster é o com mais opções para fazer café. Tem botões para 1 ou 2 espressos curtos (40 ml), duplos (110 ml), capuccino, latte e espuma de leite, além do botão de limpeza.

Como ocorre na Nespresso, a máquina encerra automaticamente a extração após a medida correta de cada bebida.

Na pesquisa prévia de produtos para teste, o Guia de Compras teve a impressão de que modelos mais antigos da Oster tinham um encaixe problemático para as cápsulas de café, que não fecharia direito.

Utilizando a Prima Latte Touch, essa impressão ficou para trás. O encaixe é diferente de gerações anteriores do equipamento e a cápsula entrou (e a tampa fechou) sem problemas.

O acessório das cápsulas é diferente do da Mondial.

Basta remover o adaptador/filtro, encaixar a cápsula de café, encaixar novamente no porta-filtro e colocar na máquina.

Também podem sair dois cafés por extração, por conta da saída dupla na base do porta-filtro, como ocorre na Mondial.

A pressão da Oster é de 19 bar, similar à Citiz Platinum.

O resultado foi um café com muito mais “espuma” que a da Mondial e da própria Nespresso, tanto nas versões curto como longo.

Extração de café em cápsula na máquina da Oster — Foto: Henrique Martin/g1

Conclusão

Na comparação com a máquina de referência da Nespresso, tanto Mondial como Oster superaram as expectativas na hora de fazer café em cápsula.

O encaixe dos adaptadores ocorreu sem problemas e os cafés saíram quase perfeitos, como dá para ver nas imagens abaixo.

A única grande mudança na comparação com a Nespresso Citiz é o descarte da cápsula quando o café fica pronto.

Na Nespresso, as cápsulas caem direto em um recipiente, deixando a máquina pronta para o próximo café. Quando ele fica cheio, é só tirar a bandeja e remover os itens usados e colocar em um saco para reciclagem.

A fabricante recolhe esses sacos de reciclagem das cápsulas originais, feitas de alumínio, nas lojas da marca.

Na Mondial e na Oster, esse processo entre um café e outro é manual. É preciso remover o porta-filtro, abrir a tampa e retirar a cápsula usada para fazer uma nova bebida.

Porta-filtro e adaptador após extração de cápsula na máquina da Oster — Foto: Henrique Martin/g1

Nessa etapa, a bancada pode ficar molhada, por conta de água residual no porta-filtro.

E PARA FAZER ESPRESSO NORMAL? As máquinas da Mondial e da Oster permitem fazer café espresso tradicional, com o pó colocado direto no porta-filtro.

Nos testes, foi usado um café moído tradicional, para coador. O mais indicado é usar uma moagem de café mais fina, específica para espresso.

Os dois aparelhos vieram com uma colher medidora com o empurrador, que serve para nivelar o pó no filtro.

O resultado foi muito bom nas duas máquinas, mesmo com o pó “comum”. Uma quantidade razoável de espuma e sabor bastante intenso, por ser um café extraforte.

Como foram feitos os testes

As máquinas foram utilizadas de forma alternada durante duas semanas, fazendo cafés em cápsula. No caso da Mondial e da Oster, ocasionalmente foram feitos cafés espressos convencionais.

As máquinas foram emprestadas pelos fabricantes e serão devolvidas. As cápsulas de café foram cedidas pela Nespresso.

Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.

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