Por Laís Ribeiro, g1


Caixa de ferramentas: como montar a sua do zero — Foto: Juan Silva/g1

Para quem quer começar a ajeitar e consertar a casa sozinho, é essencial ter uma caixa de ferramentas versátil, que ajude a cumprir a maior parte das tarefas.

“O kit básico não precisa ser gigante, mas deve ter ferramentas que permitam que a gente tenha uma boa variedade de movimento e de uso”, afirma Mari Pavan, criadora de vídeos e fundadora do Agiliza Lab, onde ensina mulheres a manusear ferramentas.

Pavan sugere os seguintes itens para montar um kit básico:

  • Alicate universal
  • Jogo de chaves de fenda e Phillips
  • Estilete
  • Martelo tipo unha
  • Nível bolha
  • Trena

Além desses, também é interessante manter produtos complementares no kit, como óleo lubrificante multiuso e um conjunto de pregos e parafusos.

“Para fins mais específicos, como instalações elétricas ou hidráulicas, existem ferramentas que podem ser úteis, como a fita veda rosca, a fita isolante e a ponta de prova, que serve para medir a corrente elétrica”, acrescenta William Naville, professor de Engenharia de Materiais da FEI (Fundação Educacional Inaciana).

Veja abaixo a lista de produtos e, no fim da reportagem, leia mais sobre seus usos, assim como os cuidados de segurança que se deve ter ao manuseá-los. O preço dos itens variava de R$ 25 a R$ 250, quando consultados nas lojas on-line no final de agosto.

Fercar caixa de ferramentas
Fercar caixa para ferramentas
  • Sanfonada com 5 gavetas
  • Dimensões: 50 cm x 20 cm x 25 cm
  • Feita em metal
Tramontina caixa de ferramentas
Tramontina caixa de ferramentas
  • Sem gavetas (tipo baú)
  • Dimensões 20 cm x 44.5 cm x 22 cm
  • Feita em plástico
Vonder caixa de ferramentas
Vonder caixa de ferramentas
  • Sem gavetas (tipo baú)
  • Dimensões: 30 cm x 16 cm x 14 cm
  • Feita em plástico
Eda jogo de chaves de fenda e Philips
Eda jogo de chaves
  • 3 chaves de fenda e 3 chaves Phillips
  • Pontas imantadas
  • Cabo emborrachado
Vonder chaves de fenda e Philips
Vonder jogo de chaves de fenda e Phillips
  • 6 chaves de fenda e 4 Phillips
  • Pontas imantadas
Nove54 estilete
Nove54 estilete
  • Largura da lâmina: 18 mm
  • Corpo plástico emborrachado
Tramontina estilete
Tramontina estilete
  • Largura da lâmina: 22 mm
  • Corpo em plástico
MTX martelo
MTX martelo unha
  • Diâmetro: 27 mm
  • Cabo emborrachado
  • Cabeça magnética
Nove54 Nível bolha
Nove54 nível bolha
  • Dimensões: 5 cm x 30 cm x 3 cm
  • Feito em alumínio
Cooltek nível bolha
Cooltek nível bolha
  • Dimensões: 18.5 cm x 6.2 cm x 2.8 cm
  • Feito em plástico e alumínio
  • Inclui trena
Vila trena
Vila trena
  • Dimensões: 5 m x 19 mm
  • Com autotrava
  • Ponta em gancho
Vonder trena
Vonder trena
  • Dimensões: 3 m x 16 mm
  • Com trava
  • Ponta em gancho

No que prestar atenção na hora da compra

O BÁSICO DO BÁSICO As ferramentas acima são versáteis o bastante para contemplar grande parte das demandas de manutenção da casa, como trocar lâmpadas, pendurar quadros na parede e apertar parafusos frouxos.

“O alicate universal é a pinça das ferramentas. Dá para manusear coisas quentes, pressionar objetos pequenos e cortar e desencapar cabos elétricos”, explica Mari Pavan.

O martelo tipo unha (aquele que tem a parte de trás dividida em duas pontas finas) serve tanto para bater como para retirar pregos e o estilete é eficiente em cortar materiais no geral.

Um conjunto de chaves de fenda, que são aquelas com a ponta achatada, e de chaves Phillips, que têm a ponta estrelada, serve para a maioria dos parafusos. “O ideal é ter duas duplas, uma de tamanho maior, para móveis, e uma menor, para eletrônicos e brinquedos”, diz Pavan.

A trena, de 3 ou 5 metros, ajuda a tirar as medidas na hora de comprar móveis novos, de mudar um ambiente ou pendurar pinturas. Já o nível bolha fornece uma referência para que o resultado final não saia torto.

E a caixa? É importante manter as ferramentas juntas e organizadas dentro de um recipiente. Nas lojas, existem tanto as opções mais leves, porém mais frágeis – como as de plástico – quanto as mais robustas e pesadas – as de metal.

Além disso, a caixa deve ser mantida em local seco e arejado, para maior durabilidade, e de fácil acesso, para que, em casos de emergência, encontrar o item certo seja o mais fácil possível – a única ressalva é que as ferramentas não fiquem ao alcance de crianças, que podem se machucar.

No início, não é preciso priorizar tanto a caixa em si. “O mais importante é começar. Pode usar rolo de feltro, onde dá para enrolar as ferramentas. Se você colocar numa caixa de sapato, que seja, já está valendo, desde que esteja tudo junto”, assegura Pavan.

Complementando seu kit

Fora as ferramentas principais, os especialistas também indicam alguns produtos complementares, que facilitam a tarefa e podem ampliar as possibilidades do que você consegue fazer na casa.

“Você pode acrescentar ao seu conjunto de chaves, uma chave de boca, que serve para apertar parafusos do tipo sextavado. A maioria dos móveis tem parafusos desse tipo”, sugere William Naville, professor de Engenharia de Materiais.

“O óleo lubrificante multiuso serve tanto para arrumar dobradiças que rangem quanto para a manutenção das outras ferramentas, como um alicate enrijecido”, diz Mari Pavan.

Para a parte elétrica: em manutenções que envolvem eletricidade, Naville indica a ponta de prova ou a chave testeambas servem para detectar se há corrente elétrica em tomadas e outras saídas de energia.

Mesmo que você desligue a chave geral, há o risco de haver um problema mais grave na fiação e a eletricidade continuar correndo pela casa”, explica o engenheiro. “Esse equipamento também ajuda a ver se o problema é na tomada ou no dispositivo que estava conectado”.

A fita isolante também pode ser usada para fazer emendas em fios elétricos, desde que aplicada com firmeza e sem deixar bolhas de ar entre o fio e a fita.

Para a parte hidráulica: a fita veda rosca ajuda a vedar canos de água que estejam vazando, como os de uma torneira com problema de goteira.

“Ferramentas ajustáveis, como a chave inglesa e o alicate tipo bico de papagaio, são úteis para lidar com canos”, afirma William Naville.

Segurança em primeiro lugar

Antes de se aventurar com qualquer tipo de ferramenta, é preciso estar seguro de si e conhecer seus limites. Nada de levantar objetos muito pesados, como portas e guarda-roupas, ou tentar alcançar lugares muito altos sem ajuda de outra pessoa.

“Outra coisa é a avaliação do próprio conhecimento”, diz Mari Pavan. “Se você tem alguma experiência com hidráulica, pode tentar consertar sua torneira pingando, mas fazer isso com encanamento inteiro pode dar um problema muito maior”.

Nesse caso, prefira sempre chamar profissionais especialistas para não colocar sua segurança em risco.

  • Evite distrações

“A distração é o que mais causa acidentes. Por mais óbvio que seja, o mais importante é sempre fazer as coisas com muita atenção e calma”, conta Mari Pavan.

“Também devemos fazer os consertos com as mãos o mais livres possível – tirar anéis, prender o cabelo e não usar roupas com a manga comprida”, completa.

  • Sempre desligue a energia e a água

O primeiro passo para fazer um conserto que envolve energia e água é sempre desligar a chave elétrica geral e a do registro hidráulico.

“Em prédios, nem sempre você tem um registro presente no apartamento. Então precisa consultar o síndico para ver se é possível desligar”, alerta Naville.

Se não for possível desligar essas chaves, você deve contatar um profissional para fazer o serviço.

  • Posicione-se com cuidado

“Faça as coisas em uma superfície estável, apoiada na mesa ou no chão, e não deixe nada suspenso no ar”, alerta Pavan.

É preciso também cuidar para não manusear ferramentas em direção à mão ou a outras partes do corpo.

“Estilete corta muito fácil. Sempre que estiver usando um equipamento com uma mão, deixe a que está segurando a peça na direção oposta”, diz William Naville.

  • Não suba em superfícies instáveis.

“Evite cadeiras de plástico, pias, vasos sanitários, mesas. Procure usar escadas e ter alguém para ajudar a apoiar”, avisa Pavan.

E, mesmo ao usar escada, verifique primeiro se ela está firme. Quando você vai trocar uma lâmpada, por exemplo, tem que usar as duas mãos e acaba perdendo parte do apoio”, completa Naville.

  • Use roupas adequadas

Usar chinelos ou outros calçados abertos deixa seus pés vulneráveis para acidentes com objetos que caem. Use sempre sapatos fechados.

Ao martelar, é sempre bom usar óculos de segurança. É perigoso que substâncias químicas, como cola, voem ou caiam no seu olho”, recomenda Naville.

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