A Albânia anunciou neste sábado (21) que vai proibir o TikTok por um ano no país após o assassinato de um adolescente em novembro ter levantado debates sobre a influência das mídias sociais na vida das crianças.
A proibição, que é parte de um plano mais amplo para tornar as escolas mais seguras nesse país europeu, entrará em vigor no início de 2025, segundo o primeiro-ministro, Edi Rama. Ele participou de uma reunião com grupos de pais e professores da Albânia.
A decisão ocorre após um estudante de 14 anos ter sido esfaqueado até a morte por um colega, em novembro. A imprensa local noticiou que o incidente foi reflexo de discussões entre eles nas redes sociais.
Foram publicados vídeos de menores apoiando o homicídio no TikTok. "O problema hoje não são nossos filhos, o problema hoje somos nós, o problema hoje é nossa sociedade, o problema hoje é o TikTok e todos os outros que estão fazendo nossos filhos de reféns", disse Rama.
Rama culpou as mídias sociais -- e o TikTok em particular -- por alimentar a violência entre os jovens dentro e fora da escola.
O TikTok não comentou sobre a decisão.
Diversos países europeus -- incluindo França, Alemanha e Bélgica -- impuseram restrições ao uso de mídias sociais por crianças.
A Austrália aprovou, em novembro, uma proibição completa de mídias sociais para menores de 16 anos, estabelecendo uma das regulações mais rígidas do mundo visando as Big Techs.
Com a proibição, plataformas como TikTok, Facebook, Snapchat, Reddit, X e Instagram se tornarão responsáveis por multas de até 50 milhões de dólares australianos (R$ 194 milhões) por falhas sistêmicas em impedir que crianças menores de 16 anos tenham contas.
No começo de novembro, um grupo de sete famílias na França processou o TikTok, alegando que o aplicativo de vídeos curtos promove suicídio, automutilação e distúrbios alimentares aos jovens.
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Mudanças para crianças e adolescentes
No final de novembro, o TikTok anunciou o bloqueio de filtros de beleza para menores de 16 anos com o objetivo de reduzir o impacto mental e social em crianças e adolescentes. A restrição do aplicativo vem depois de uma pesquisa feita em vários mercados nacionais para examinar o papel das redes sociais na formação da identidade e do relacionamento dos adolescentes.
Outra mudança é que a empresa afirmou que dará mais atenção ao banimento de usuários com menos de 13 anos (idade mínima permitida para usar a plataforma).
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