A polícia de São Paulo voltou a prender, na manhã desta sexta-feira (20), Ubiratan Antonio da Cunha, presidente afastado da UPBus, empresa de transportes investigada pelo Ministério Público por ligação com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ubiratan foi preso em julho deste ano, acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Contudo, devido a um acidente doméstico, ele teve a prisão preventiva convertida em domiciliar, permanecendo nessa condição desde então.
A perícia médica dele estava marcada para 5 de dezembro, mas ele não compareceu, alegando que havia sido levado com urgência ao hospital, devido a dores intensas no peito.
Então, o Ministério Público entrou com um pedido de revogação da prisão domiciliar, o qual foi atendido pela Justiça na última quarta-feira (18).
Segundo o juiz Paulo Fernando Deroma de Mello, autor da decisão, os próprios documentos apresentados pela defesa mostram que Ubiratan já não apresenta riscos de infecções e de perda de mobilidade, como na época em que a prisão domiciliar foi decretada.
"A prisão domiciliar não mais de justifica, de modo que os estabelecimentos prisionais são plenamente aptos a fornecer os tratamentos médicos e acompanhamento necessários para o atual quadro de saúde do acusado", avaliou o magistrado.
Portanto, para o juiz, o réu estaria em condições de voltar ao presídio, tendo sua prisão convertida em preventiva novamente.
Operação Fim da Linha
Ubiratan Antonio da Cunha foi um dos alvos da Operação Fim da Linha, deflagrada em abril.
A pedido do MP, a Justiça decretou a prisão preventiva de Ubiratan Antônio da Cunha por descumprimento de medidas cautelares. Ele estava proibido de ter contato com outros réus e com pessoas da cooperativa.
O mandado foi cumprido em 16 de julho pela 2ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (DEIC).
23 armas de fogo apreendidas
Em junho, o Ministério Público e a polícia apreenderam 23 armas de fogo de propriedade de Ubiratan.
A ação aconteceu em uma força-tarefa entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a 2ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (DEIC).
Após a denúncia, o Ministério Público requereu a suspensão dos registros de posse e porte de arma de fogo do réu em razão do risco a toda coletividade e aos envolvidos na administração atual da empresa.
Além das armas, também foram apreendidos o celular do acusado e o dispositivo de armazenamento de imagens do sistema de monitoramento da empresa.
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