Os servidores do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) entraram em greve, nesta segunda-feira (6).
A instituição é vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O sindicato da categoria diz que os atendimentos e exames não foram afetados.
Os funcionários pedem 14,07% de aumento salarial e, até agora, o oferecido foi de 2,15%.
Empregados da empresa que administra o Hospital Universitário (HU) entram em greve
"Ela [Ebserh] propôs inicialmente um aumento de 2,15% que foi apreciado em assembleias de todo o Brasil, de todos os estados e houve recusa nacional. No dia 30, houve uma nova reunião com as entidades e a empresa e eles melhoraram essa proposta para 2,50% que de cara as entidades recusaram e já foi deflagrada a greve", disse a técnica de técnica de enfermagem e presidente do Sindicato Ebserh de São Carlos, Regina Ferreira Cardoso.
Mesmo com a greve, exames e atendimentos não foram afetados. "Os pacientes que são atendidos aqui são o nosso foco. Para se fazer uma greve em um hospital, necessita de muito cuidado e os atendimentos não foram afetados. Os pacientes internados estão todos assistidos. A gente sabe da importância do nosso trabalho, porém, a gente espera que isso se resolva o mais rápido possível", afirmou Regina.
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O que diz a Ebserh
Em nota, a gestão do hospital afirmou que se reuniu com os grevistas para discutir e manutenção de serviços essenciais.
“A Ebserh informa que os representantes dos empregados na Mesa Nacional de Negociação Permanente – MNNP rejeitaram as cláusulas sociais e econômicas propostas pela empresa, na última terça-feira (30), e mantiveram o indicativo de greve, mesmo com a disposição da Ebserh em manter o diálogo aberto com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) e com a categoria em busca de melhores parâmetros”.
A estatal ainda afirmou que ingressou com pedido de mediação e conciliação perante o Tribunal Superior do Trabalho “para dar continuidade à negociação entre a empresa e as entidades representativas dos trabalhadores”.
Greve na UFSCar
Professores dos quatro campi da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) também iniciaram uma paralisação nesta segunda por tempo indeterminado, em adesão à greve dos institutos federais.
Em reunião nesta segunda, também foi aprovado um calendário de mobilização para a semana e o Comando Local de Greve será composto por docentes de todos os 4 campi (São Carlos, Araras, Sorocaba e Buri).
Demandas dos grevistas
Além da recomposição salarial, professores e servidores das instituições reivindicam:
- reestruturação das carreiras;
- revogação de normas relacionadas à educação que foram aprovadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022), como o novo ensino médio;
- reforço no orçamento das instituições de ensino e reajuste imediato de auxílios estudantis.
Greve no IFSP
Os servidores dos campi do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) de São Carlos (SP), Araraquara, Matão e São João da Boa Vista também estão em greve desde abril.
A paralisação por tempo indeterminado reivindica recomposição salarial, reestruturação das carreiras, entre outras.