'Ele tinha o sonho de fazer curso superior', diz tio de Samuel Silva, uma das vítimas do massacre em Suzano

Samuel Silva tinha 15 anos e estudava no segundo ano do ensino médio. Nas horas livres, ele frequentava a igreja com seus pais.

Por G1


Samuel Melquíades é uma das vítimas do massacre em Escola Estadual de Suzano. — Foto: Reprodução Facebook.

Samuel Melquíades Silva de Oliveira é um dos mortos do massacre ocorrido na Escola Estadual Raul Brasil. Na manhã desta quarta-feira, dois assassinos mataram oito pessoas em Suzano (SP). Segundo o tio dele, José Silva, Samuel, de apenas 16 anos, era muito dedicado nos estudos e tinha o sonho de fazer curso superior na área de design, pois gostava muito de desenhar.

"Ele dificilmente faltava na escola, sempre foi muito dedicado", diz José Silva.

Além de estudar, ele também era frequentador da Igreja Adventista do Sétimo Dia aos sábados, quartas e domingos.

Na tarde de terça, José lembra que conversou com o pai dele sobre as qualidades de Samuel. "Foi uma coincidência. Ontem mesmo estávamos elogiando o Samuel, o interesse dele por assuntos espirituais, o respeito dele com os mais velhos. Ele sempre foi um menino muito educado, ajudava os outros colegas nos estudos", comenta.

José Silva diz não saber detalhes sobre onde Samuel estava na hora do massacre. "A gente imagina que ele estava na sala de aula", diz.

Resumo

  • Ataque a escola em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, deixou cinco alunos e duas funcionárias mortas; os dois assassinos se mataram.
  • Os autores do crime são Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Henrique de Castro, de 25 anos, ex-alunos do colégio.
  • Após o massacre na escola, Guilherme matou Henrique e, em seguida, se suicidou, segundo a polícia.
  • Antes de entrar na escola, eles estiveram em uma loja de automóveis próximo ao colégio. O proprietário do estabelecimento, Jorge Antonio de Moraes, tio de Guilherme Taucci Monteiro, levou três tiros e morreu no hospital.
  • Há nove feridos, mas o estado de saúde não foi informado.
  • Ainda não se sabe o motivo do ataque e o vínculo dos autores com a escola.
  • Uma testemunha disse que viu um deles com arma de fogo e outro, com uma faca.
  • A PM encontrou no local um revólver 38, uma besta (um artefato com arco e flecha), objetos que parecem ser coquetéis molotov e uma mala com fios.
  • Os assassinos chegaram ao colégio alvo do ataque em um carro alugado.
  • A motivação para o ataque não está clara, segundo a polícia.
  • Segundo o Censo Escolar de 2017, a instituição tem 358 alunos da segunda etapa do fundamental (6º ao 9º ano) e 693 estudantes do ensino médio. No local, também funciona um centro de idiomas.

Os mortos são:

  • Marilena Ferreira Vieira Umezo, coordenadora pedagógica da escola
  • Eliana Regina de Oliveira Xavier, agente de organização escolar
  • Kaio Lucas da Costa Limeira, aluno
  • Cleiton Antonio Ribeiro, aluno
  • Caio Oliveira, aluno
  • Samuel Melquíades Silva de Oliveira, aluno
  • Douglas Murilo Celestino, aluno
  • Jorge Antonio de Moraes, comerciante, morto antes da entrada dos assassinos na escola