A Pfizer entregou ao Brasil, na noite desta quinta-feira (2), mais 1,5 milhão de doses da vacina contra Covid-19. A programação da farmacêutica previa dois voos, totalizando 2,6 milhões do imunizante, mas um dos aviões não decolou de Miami (EUA) por conta de manutenção. O outro chegou ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), às 20h03.
Com o problema logístico, a carga com 1.140.750 de vacinas está programada para ser entregue nesta sexta (3). A farmacêutica já tinha programado outra carga de 1,5 milhão para a data.
As remessas fazem parte do novo cronogramas de entregas da empresa, que prevê o envio de 10 milhões de doses até domingo (5). Na quarta (1), a farmacêutica já havia enviado 2,6 milhões de vacinas, também divididas em dois voos.
Até agora, o Ministério da Saúde já recebeu, em 61 lotes, 58,5 milhões das 100 milhões de doses do primeiro contrato com a Pfizer, assinado em 19 de março de 2021 - a companhia deve concluir a entrega até o final de setembro.
Há um segundo contrato entre Pfizer e o governo federal, assinado em 14 de maio, que prevê a entrega de outras 100 milhões de doses entre outubro e dezembro. A empresa diz que vai cumprir o cronograma de entrega total até o final de 2021.
Dose de reforço
O Ministério da Saúde anunciou no dia 25 de agosto que a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 será oferecida no Brasil. A dose de reforço é indicada para os idosos que completaram o esquema vacinal há mais de seis meses. No caso dos imunossuprimidos, eles devem esperar 28 dias após a segunda dose.
Na quarta-feira, o governo estadual divulgou o calendário de vacinação para a dose de reforço. Devem receber a dose adicional todos os idosos com mais de 60 anos e imunossuprimidos acima de 18 anos, um público estimado em 7,2 milhões de pessoas. Veja as datas.
A imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, ou de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca.
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Entregas
A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Segundo a Pfizer, as doses enviadas ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos Estados Unidos, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, Purrs na Bélgica.
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A logística de entrega das doses ao governo federal conta com apoio da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Equipes acompanham o desembarque em Viracopos e escoltam o transporte rodoviário das doses até o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).
"As vacinas são despachadas de avião até o Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos, para então seguir viagem rumo ao Brasil. Os imunizantes são descarregados do avião entre 30 minutos e 1 hora, dependendo da quantidade, e enviados para o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos", informa a Pfizer, em nota.
Remessas entregues pelo acordo com o Ministério da Saúde
- 29/04: 1 milhão de doses
- 05/05: 628.290 doses
- 12/05: 628.290 doses
- 19/05: 629.460 doses
- 26/05: 629.460 doses
- 01/06: 936 mil doses
- 02/06: 936 mil doses
- 03/06: 527.670 doses
- 08/06: 526.500 doses
- 09/06: 936 mil doses
- 10/06: 936 mil doses
- 15/06: 530 mil doses
- 16/06: 936 mil doses
- 17/06: 936 mil doses
- 22/06: 528.840 doses
- 24/06: 936 mil doses
- 27/06: 936 mil doses
- 29/06: 528.840 doses
- 30/06: 936 mil doses
- 01/07: 936 mil doses
- 07/07: 600.210 doses
- 14/07: 924.300 doses
- 20/07: 1.053.000 doses
- 21/07: 1.053.000 doses
- 22/07: 1.053.000 doses
- 25/07: 2.106.000 doses (2 voos)
- 26/07: 1.003.860 doses
- 27/07: 1.053.000 doses
- 28/07: 1.053.000 doses
- 29/07: 1.895.400 doses (2 voos)
- 30/07: 889.200 doses
- 01/08: 2.106.000 (2 voos)
- 03/08: 1.053.000 doses
- 04/08: 1.053.000 doses
- 05/08: 1.834.560 doses (2 voos)
- 06/08: 824.850 doses
- 08/08: 2.106.000 doses (2 voos)
- 10/08: 1.082.250 doses
- 11/08: 1.076.400 doses
- 12/08: 1.072.890 doses
- 15/08: 2.152.800 doses (2 voos)
- 17/08: 1.082.250 doses
- 18/08: 1.076.400 doses
- 19/08: 1.072.890 doses
- 22/08: 2.152.800 doses (2 voos)
- 24/08: 1.076.400 doses
- 25/08: 1.076.400 doses
- 28/08: 1.076.400 doses
- 29/08: 2.148.120 doses (2 voos)
- 31/08: 1.140.750 doses
- 01/09: 2.661.750 doses (2 voos)
- 02/09: 1.521.000 doses
Entregas previstas
- 03/09: 2.661.750 doses (2 voos)
- 05/09: 2.280.520 doses (2 voos)
Entrega pelo consórcio Covax Facility
- 20/06: 842 mil doses
Armazenamento
No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer/Biontech, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.
Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do estado.
Que vacina é essa? Pfizer Biontech
Histórico
A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.
Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.
A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.
O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 12 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.
Inicialmente a autorização da Anvisa permitia o uso a partir de 16 anos. Mas o órgão autorizou a mudança na bula da vacina no país. Entretanto, ainda não há perspectivas de vacinação dessa faixa etária no Brasil.
A ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.