Engenheiros agrônomos levam tecnologia e inovação para o agronegócio catarinense

Com o advento do Agro 5.0, o agronegócio deve seguir na informatização dos seus processos

Por CREA - SC


Mais do que se dedicarem ao desenvolvimento de técnicas para o aumento da produtividade no agronegócio catarinense, os engenheiros agrônomos são responsáveis pela incorporação de conhecimentos que são aliados ao que vem sendo chamado de Agro 5.0. O processo consiste na utilização de tecnologias de ponta como internet 5G, inteligência artificial, fusão de dados e sensoriamento distribuído. Tudo isso aplicado ao processo de produção do agronegócio.

Segundo a Engª Agrônoma Marcieli Maccari, conselheira do Crea-SC - Conselho de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina, a inovação está diretamente ligada ao alto profissionalismo de qualquer setor e no agronegócio isso não é diferente. "O engenheiro agrônomo tornou-se o grande protagonista por levar a inovação para dentro do agronegócio, considerando que é o principal profissional que atua em diversos setores dentro dessa cadeia, que vai desde o manejo das culturas até a gestão do setor", explica.

Agro 5.0 e tecnologias no Agronegócio

Com a internet 5G, a internet das coisas e a inteligência artificial, o agronegócio deverá seguir na informatização dos seus processos. Sendo cada vez mais comum para o produtor o acesso a drones, controle e acompanhamento em tempo real das condições da sua lavoura com a tomada de decisão e intervenção de forma mais assertiva.

Além disso, a agricultura de precisão será uma prática comum entre os produtores rurais e a responsabilidade técnica profissional será cada vez mais importante no sentido de leitura de dados, a fim de ajudar na tomada de decisão pelos proprietários.

Um profissional, várias formas de atuação

A diversidade no campo de trabalho faz com que estes profissionais colaborem diretamente com o desenvolvimento da economia. Além disso, eles também desempenham funções essenciais como obtenção de crédito para os produtores, aumento sustentável da produtividade e desenvolvimento de novas tecnologias para o campo.

"Considerando a cadeia produtiva do agronegócio, esse profissional pode atuar em empresas multinacionais no ramo de insumos, processadoras de produtos finais, cooperativas, instituições de pesquisa, instituições financeiras, seguradoras, indústrias de máquinas e implementos ou mesmo administrarem seu próprio negócio. O agrônomo também pode trabalhar no desenvolvimento de novos produtos e na otimização de tecnologias produtivas", exemplifica Marcieli.

Capacidade de engajar equipes

Segundo Marcieli, a atuação dos engenheiros agrônomos no mercado estará ligada a sua capacidade de trabalhar com a inovação de tecnologias, além das "soft skills", que são fundamentais para que esses profissionais atuem de forma a construir valor em suas equipes e atingir os patamares de desenvolvimento e protagonismo que o agronegócio brasileiro exige.

Papel social do engenheiro agrônomo

O sucesso do agronegócio brasileiro deve-se em grande parte à atuação do engenheiro agrônomo, que o tornou mais competitivo, sustentável e tecnológico. Outro aspecto importante que deve ser ressaltado é que o Brasil destaca-se no mundo pela sua pesquisa agropecuária e o engenheiro agrônomo atua diretamente na produção da ciência e tecnologia para o setor, sendo um dos grandes responsáveis pela segurança alimentar de milhares de pessoas no mundo.

"O uso de plantas melhoradas pela biotecnologia, caracterizadas pela alta resistência à seca e mais eficientes na absorção de nutrientes, sendo capazes de produzir em ambientes mais adversos, com menor disponibilidade de água e nutrientes, deverá ser uma das grandes transformações do agronegócio e colaboração para a sociedade no intuito de sua segurança alimentar e extinção da fome", salienta Marcieli.

Sustentabilidade aliada ao agronegócio

Fomentar e produzir inovação na agricultura é a missão desses profissionais. A sustentabilidade da produção do agronegócio brasileiro é inovadora e tem se aperfeiçoado constantemente nas técnicas de gestão da produção, coleta e análise de dados para melhor gerenciamento do uso de insumos e aumento da eficiência no uso desses, a fim de reduzir o impacto ambiental do setor. Produzir de forma eficiente e com menor custo ambiental é o grande desafio para a inovação do Agronegócio.

"O agronegócio somente conseguiu se tornar a grande mola propulsora da economia brasileira porque tem em seu DNA a inovação. Foi por meio da inovação que a agricultura brasileira propôs métodos diferentes de cultivo, como o plantio direto que revolucionou a agricultura tropical e atualmente tem se destacado pela sua proposta de tornar-se cada vez mais sustentável na produção de alimentos", finaliza Marcieli.

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