O Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH), desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) de Santa Catarina, atraiu uma comitiva de agricultores de São Tomé e Príncipe, que vieram da África em busca de aprender a prática agroecológica, que reduz o uso de agrotóxicos e reduz perdas na produção orgânica.
A comitiva visitou propriedades rurais nos municípios de Angelina e Anitápolis que aplicam a técnica desenvolvida pela Epagri desde 1998 e que atualmente é utilizada em quase 4 mil hectares em todo o estado.
Entre as características do SPDH, estão práticas conservacionistas como:
- proteção permanente do solo com palhada, utilizando plantas de cobertura para formar biomassa;
- permanência na área de plantio os restos vegetais de culturas anteriores;
- revolvimento do solo restrito à linha de plantio e, onde olericultor deve praticar rotação de culturas.
"Além de proteger o solo, as plantas de cobertura servem de alimento para macro e microrganismos, aumentam a concentração de matéria orgânica, reduzem o surgimento de plantas espontâneas e mantêm a umidade e a temperatura mais estáveis. Com a rotação de várias espécies, há redução nos problemas fitossanitários, aumento na biodiversidade e na ciclagem de nutrientes, mantendo e melhorando a fertilidade do solo", descreve a Epagri.
Com as pesquisas dos últimos anos foi possível reduzir, em média, em 50% os gastos para produção de hortaliças.
Também houve a garantia na uniformidade das plantas, eliminando cerca de 35% as perdas na colheita. A SPDH também permitiu a redução média de 80% no uso de água para irrigação.
“Para a Epagri é um prazer receber esses visitantes e uma honra poder difundir o SPDH para outros países”, conta Célio Haverroth, diretor de desenvolvimento institucional da Epagri.
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