Em 48 horas, Rio tem 3 mortes por balas perdidas; já são 79 alvejados em 2023, dos quais 26 perderam a vida

Vítima mais recente é Glória Cherfan, atingida em Acari, enquanto trabalhava no trailer de açaí que mantinha na Favela do Amarelinho.

Por Bom Dia Rio


Em 48 horas, Rio tem 3 mortes por balas perdidas

Em 48 horas, a Região Metropolitana do Rio teve 3 mortes por balas perdidas. Até a última atualização desta reportagem, eram 79 alvejados este ano, dos quais 26 tinham perdido a vida.

Alan, Ivonildo e Glória — Foto: Reprodução/TV Globo

O g1 resume a seguir cada um desses casos.

Glória

Glória Cherfan era dona de um trailer de lanches na Favela do Amarelinho e foi atingida na rua. Homens do Corpo de Bombeiros foram acionados para socorrê-la, mas vizinhos acabaram levando a mulher para uma unidade de saúde antes de eles chegarem.

De acordo com a direção do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, Glória já chegou ao local morta.

Glória deixa três filhos, sendo o mais novo de apenas 10 anos.

Mulher é baleada em Acari — Foto: Reprodução

Ivanildo

Ivonildo Lino morava sozinho na Favela do Grotão, no Complexo da Penha, onde na terça-feira uma operação policial para prender chefes do tráfico levou a um intenso tiroteio.

Acredita-se que Ivonildo tenha sido alvejado naquele dia, mas só na quarta (17) a morte foi descoberta. O neto do idoso ficou preocupado sem ter notícias do avô e decidiu ir até a casa dele.

Depois de muito gritar no portão, ele pulou o muro. Dentro da casa, ele se deparou com o corpo de Ivanildo em uma poça de sangue seca.

Marca de tiro na casa de Ivanildo — Foto: Reprodução/TV Globo

Alan

Alan Lazarini Pinto lutou por mais de uma semana pela vida, mas não resistiu e morreu nesta quinta-feira.

Na quarta-feira da semana passada (10), ele tinha saído da academia, na Rua Murilo Braga, em Senador Camará, quando foi atingido por três tiros. Uma operação policial estava em andamento na comunidade.

Ele foi socorrido para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, e passou por várias cirurgias. Amigos chegaram a usar as redes sociais para pedir doações de sangue do tipo A+ para Alan.

Mas, de acordo com parentes, ele teve complicações durante a internação e não resistiu.