A píton ball solta por engano no Parque Nacional da Tijuca na última sexta-feira (3) foi encontrada na noite desta quarta-feira (8) por um cachorro, bastante ferida. O animal até precisou levar pontos.
A cobra, nativa da Ásia e da África, tinha sido confundida com uma jiboia e, por isso, “devolvida” à natureza. Desde então, equipes tentavam recuperá-la, para evitar que se proliferasse.
A confirmação de que a serpente encontrada é a mesma que foi solta na semana passada foi feita pelo veterinário e biólogo Jeferson Rocha Pires, responsável pelo Centro de Recuperação de Animais Selvagens da Universidade Estácio de Sá.
Após ter sido solta na última sexta-feira, a píton, que é uma espécie exótica — que não faz parte da fauna nativa —, estava no Setor Floresta. Um cachorro, vindo de uma casa dos arredores do parque, acabou atacando a serpente, que não é venenosa.
O cão, então, levou a cobra para a casa de seu tutor. O dono da casa, ao ver a píton com o cachorro, acionou o Corpo de Bombeiros. Quando chegaram à residência, os militares viram o animal, que estava muito machucado, e acionaram Jeferson para verificar que espécie de serpente era, se poderia ser a píton e prestar atendimento de emergência.
Um dos critérios para identificar que era a mesma píton da semana passada é o padrão de manchas coloridas e desenhadas na pele da serpente, como se fosse o RG delas.
O veterinário e biólogo conseguiu atestar que se trata da mesma espécie a partir da análise dessas características, comparadas às fotos e vídeos da última sexta-feira. Com a confirmação, as buscas foram encerradas.
Jeferson recebeu os bombeiros para prestar os primeiros socorros para a píton e orientou que a cobra fosse levada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama, em Seropédica.
Cobra nativa da Ásia e África é solta por engano no Parque Nacional da Tijuca