VÍDEO: PF faz operação contra grupo suspeito de desviar R$ 1,5 bi em negociações de criptomoeda no PR
Cinco pessoas foram presas e oito carros de luxo foram apreendidos na manhã desta segunda-feira (5), em Curitiba, durante uma operação que investiga desvio de cerca de R$ 1,5 bilhão em negociações de criptomoedas.
A estimativa inicial da polícia é que os carros apreendidos são avaliados em cerca de R$ 2,5 milhões, segundo o delegado Filipe Hille Pace. Além disso, também foram apreendias bolsas, jóias e dinheiro dos suspeitos.
Os mandados foram cumpridos em endereços ligados aos investigados. Em alguns casos, as apreensões aconteceram em mansões e chácaras na região de Curitiba.
De acordo com as investigações, os presos fazem parte de um grupo responsável pelo controle de três corretoras de criptomoedas.
PF fez buscas em mansões ligadas a suspeitos de desvio de R$ 1,5 bilhão
Investigações
As investigações começaram em 2019, após o grupo registrar um boletim de ocorrência afirmando que havia sido vítima de um ataque cibernético. À época, os valores de todos os credores foram bloqueados pela empresa.
Com o passar das investigações e com a falta de colaboração do proprietário da empresa, a Polícia Civil e o Ministério Público do Paraná desconfiaram que o ataque cibernético era falso e que o grupo havia cometido crimes, como estelionato.
Após denunciarem o suposto ataque cibernético, o grupo suspeito prometeu aos credores que devolveria os valores bloqueados em parcelas. Apesar disso, segundo a PF, os valores nunca foram quitados.
Ainda em 2019, a Justiça concedeu ao grupo uma ordem de recuperação judicial, o que interrompeu as ações cíveis que a empresa respondia.
Durante o processo, no entanto, segundo a PF, o grupo prestou informações falsas e enganou o Judiciário.
Segundo o delegado que comentou a operação, um dos investigados informou à Justiça que tinha 7 mil criptomoedas. A informação, no entanto, era falsa.
"Ele se valeu do desconhecimento dos operadores do direito sobre o tema", afirmou o delegado.
No ano seguinte, as investigações identificaram que o grupo negociava contratos de investimento coletivo sem registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com isso, a PF passou a apurar o caso.
As investigações levantaram a suspeita de que o líder do grupo desviava os valores dos clientes para benefício próprio. Para atrair investidores, os suspeitos ostentavam bens de luxo e faziam grandes eventos.
Conforme a PF, o líder do grupo possui uma condenação na Suíça por crimes de estelionato e falsificação de documentos.
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