Gabriel Leone explica como foram filmadas cenas de corrida de 'Senna'
Em uma minissérie como "Senna", que estreia nesta sexta-feira (29) para retratar a vida do lendário piloto brasileiro de Fórmula 1, as corridas não poderiam deixar de ser a grande estrela.
Para recriá-las em toda a sua glória, a equipe da produção combinou métodos diferentes – e o resultado é digno de cinema.
Gabriel Leone, ator brasileiro que dá vida a Ayrton (1960-1994), conta que foram quatro técnicas usadas:
- Imagens reais, capturadas nas corridas de verdade;
- filmagens para a série, com carros cenográficos e dublês de ação;
- computação gráfica, que recriou cada uma das pistas e dos carros icônicos pilotados por Senna e seus concorrentes em cima das gravações originais;
- "e aí entra o momento que eu fiz" – filmagens dos closes dos atores principais no carros, em estúdios com telões de led que recriavam em seus rostos os efeitos de luz.
"Foram semanas filmando todos os closes – são mais de 20 corridas – em um estúdio de led. Foi maneiríssimo ter a experiência de trabalhar pela primeira vez com essa tecnologia", conta o ator em entrevista ao g1.
"Eu acho que a junção desses quatro formatos de filmar é um resultado muito bonito, muito impactante. Emocionante."
"Ao mesmo tempo, foi muito desafiador ir trecho a trecho de cada corrida e, só com os olhos, botar a emoção. Eu estou falando que acho que o coração de cada uma dessas corridas a gente fez desse jeito. Não foi fácil. Foi um trabalho duro."
Os seis episódios estreiam todos ao mesmo tempo na Netflix, e retratam a vida do piloto desde pequenos lampejos da infância ao início no kart, sua genialidade na Fórmula 1, a famosa rivalidade com Alain Prost (Matt Mella), e sua morte no grande prêmio de San Marino, na Itália.
O mergulho
Desde 2023, Leone tem vivido uma grande fase de sua carreira. "Senna" mesmo é apenas o segundo grande projeto no qual interpreta um piloto histórico.
Em "Ferrari", do lendário diretor Michael Mann, ele apareceu como o espanhol Alfonso de Portago (1928-1957) – outro atleta que morreu durante uma competição.
O que não significa também que ele tenha pilotado um carro de Fórmula 1 de verdade. Ou que o jovem de 31 anos seja um grande fã de automobilismo.
"Infelizmente, eu tinha menos de um ano antes quando ele faleceu. Então, eu não vi ele correndo, mas cresci em uma família de fãs, como todo brasileiro. Desde pequeno, eu lembro de ver os vídeos dele e me emocionava", diz o ator.
O interesse aumentou há cinco anos, quando o projeto de "Senna" passou pela primeira vez por seu radar.
"Eu assisti ao documentário e fiquei emocionadíssimo. A história de vida dele, seus feitos, é incrível. Então ali, mais do que nunca, me deu uma vontade louca de poder contar essa história. O mergulho definitivo foi justamente quando a gente começou o processo no início do ano passado. Então, foi quase um ano inteiro imerso na história do Ayrton."