EUA mandam fechar embaixada na Ucrânia por causa de possível ataque aéreo
A embaixada dos Estados Unidos em Kiev, na Ucrânia, ficará fechada nesta quarta-feira (20) após informações sobre um "potencial ataque aéreo significativo", informou agência de notícias Reuters. O fechamento acontecerá por precaução.
Um alerta de segurança foi emitido pela embaixada para os cidadãos americanos que vivem na Ucrânia e vale para todas as regiões do país, não apenas a capital onde está o prédio da embaixada.
"A Embaixada dos EUA recomenda que os cidadãos dos EUA estejam preparados para se abrigar imediatamente caso um alerta aéreo seja anunciado", afirmou o alerta.
A orientação da embaixada é para que as pessoas acompanhem a mídia local para atualizações, identifiquem locais de abrigo com antecedência, além de pedir para que sigam as coordenadas das autoridades ucranianas e dos socorristas em caso de emergência.
Após os EUA, Itália e Grécia também fecharam suas embaixadas temporariamente, segundo a Reuters. A embaixada da França permaneceu aberta, mas emitiu alerta para seus funcionários. A embaixada da Alemanha abriu, mas com capacidade limitada, segundo o Ministério de relações exteriores do país.
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O alerta ocorre um dia após a Ucrânia usar mísseis ATACMS dos EUA para atingir o território russo, aproveitando a permissão recentemente concedida pela administração do presidente Joe Biden. Esses artefatos são de longo alcance.
A Rússia alertava o Ocidente há meses de que, se os EUA permitissem que a Ucrânia disparasse mísseis americanos, do Reino Unido e da França no território russo, Moscou os consideraria como diretamente envolvidos na guerra na Ucrânia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse em outubro que responderia aos ataques da Ucrânia com armas feitas nos EUA.
Uso de mísseis dos EUA
A Rússia, além de prometer retaliação, também flexibilizou seus parâmetros para o uso armas nucleares, indicando uma escalada do conflito — o país é a maior potência nuclear do mundo.
O Ministério da Defesa russo afirmou que Kiev lançou seis mísseis ATACMS em direção a Bryansk, região no sudoeste da Rússia e perto da fronteira com a Ucrânia, durante a madrugada da terça-feira (19).
Ainda segundo o ministério, cinco mísseis foram interceptados e o sexto, parcialmente destruído. Apenas alguns destroços de um dos artefatos caíram perto de uma área do Exército, causando um incêndio sem danos estruturais. Também não houve vítimas, completou a pasta.
Fontes do governo dos Estados Unidos e do Exército ucraniano confirmaram o ataque com os mísseis ATACMS à agência de notícias Reuters. É praxe de Kiev não se pronunciar em acusações de ataques em território russo.
1.000 dias
Também na terça-feira, a guerra da Ucrânia completou 1.000 dias sem nenhuma perspectiva de fim — não há negociações de paz em andamento, e a situação no front de guerra está estancada. Atualmente, militares russos controlam cerca de 20% do território ucraniano, mas não conseguem avançar.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lançou recentemente um plano para expulsar de vez as tropas russas, mas não deixou claro como vai implementá-lo.