O presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, foi reeleito para seu segundo mandato, informou neste sábado (26) a Comissão Eleitoral do país. O resultado foi contestado pelo principal adversário do presidente.
Mnangagwa, 80 anos, obteve 52,6% dos votos e ficou à frente do opositor Nelson Chamisa (44%), que denunciou uma fraude, declarou a presidente da Comissão Eleitoral do Zimbábue (ZEC), Justice Chigumba. A votação marcada por inúmeras denúncias de irregularidades, feitas pela oposição e por observadores.
"Não podemos aceitar os resultados", disse à AFP Promise Mkwananzi, porta-voz do partido Coalizão de Cidadãos pela Mudança (CCC), de Chamisa.
As eleições foram realizadas nesta semana e marcadas por atrasos que geraram acusações de "fraude" e "supressão de eleitores". Observadores estrangeiros disseram ontem que a votação não atendeu aos padrões regionais ou internacionais.
Segundo a presidente da Comissão Eleitoral, Mnangagwa obteve mais de 2,3 milhões de votos, e Chamisa, mais de 1,9 milhão. Como Mnangagwa recebeu mais da metade dos votos, não haverá segundo turno.
Apelidado de "O Crocodilo", por sua crueldade, Mnangagwa chegou ao poder após um golpe que derrubou o líder Robert Mugabe em 2017. Um ano depois, derrotou Chamisa pela primeira vez, em uma votação que o líder opositor denunciou como fraudulenta.