Ponte da Bioceânica tem 43,6% das obras concluídas
A construção da Ponte da Bioceânica, que ligará Porto Murtinho, no Brasill, a Carmelo Peralta, no Paraguai, está com 43,6% das obras concluídas. O balanço foi divulgado nesta semana pelo Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai (MOPC). Veja vídeo acima.
A estrutura é fundamental para viabilizar a Rota Bioceânica rodoviária, a megaestrada que possibilitará ligar o oceano Atlântico ao Pacífico, no Chile, tendo Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, como ponto de saída do Brasil.
A megaestrada, segundo estudos da Empresa de planejamento e logística (EPL) pode encurtar em mais de 9,7 mil quilômetros de rota marítima a distância nas exportações brasileiras para a Ásia. Em uma viagem para a China, por exemplo, pode reduzir em 23% o tempo, cerca de 12 dias a menos.
Esse ganho logístico representa incremento de competitividade para os produtos sul-mato-grossenses e brasileiros. Além disso, a rota possibilita o incremento da comercialização entre os quatro países por onde passa: Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, além de promover a integração cultural e o turismo.
A ponte está sendo construída por um consórcio binacional, com investimento de R$ 575,5 milhões da administração paraguaia da Itaipu. A estrutura tem uma extensão de 1.294 metros, dividida em três trechos: dois constituirão os viadutos de acesso em ambos os lados, e um corresponderá à parte estaiada, com 632 metros sobre o rio Paraguai, incluindo um vão central de 350 metros.
A ordem de serviço da ponte foi dada no dia 13 de dezembro de 2021. Em sua página na internet, o consórcio Pybra, formado pelas empresas Tecnoedil Construtora, do Paraguai, e Cidade Ltda e Paulitec Construções, do Brasil, aponta a conclusão das obras no primeiro semestre de 2025.
Estágio das obras
O MOPC aponta que atualmente os trabalhos da ponte estão focados nas lajes dos viadutos de acesso e na fabricação de pré-lajes que serão colocadas sobre as vigas já montadas.
Além disso, está prestes a começar a fase de reforço dos dois pilares no lado paraguaio. Esse processo consiste em uma técnica complementar aplicada para estabilizar e fortalecer a estrutura, distribuindo a carga de forma mais equilibrada em obras desse tipo.