Paraguai assina contratos para a pavimentação de terceiro trecho da Rota Biocêanica

Trecho fica entre Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo o departamento de Boquerón, com uma extensão de 224,8 quilômetros e terá investimento de US$ 354,2 milhões, financiados com recursos do Fonplata.

Por Anderson Viegas, g1 MS


Estrada entre Marechal Estigarribia e Pozo Hondo, no Paraguai, será pavimenta — Foto: Anderson Viegas/G1 MS

O governo do Paraguai assinou nesta terça-feira (1º) em Assunção, o contrato para a pavimentação do terceiro trecho da Rota Biocênica no país (Rota PY15). É o intervalo entre Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo o departamento de Boquerón, com uma extensão de 224,8 quilômetros.

Segundo o Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai (MOPC), a obra terá um investimento de US$ 354,2 milhões, financiado com recursos do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) e será executada em três lotes.

Pôr do sol em Pozo Hondo, no Paraguai — Foto: Anderson Viegas/G1 MS

O ministério aponta que a partir da assinatura do contrato, as empresas vão ter seis meses para elaborar o projeto final de engenharia da obra e dois anos para executar a pavimentação.

Além do asfaltamento da rodovia, também estão previstas melhorias viárias nas cidades de Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, como construção de rotatórias, acessos aos aeroportos, cabines de pedágio e pesagem de veículos.

Em Pozo Hondo, na fronteira com a Argentina, será construído um centro de controle.

A Rota Biocêanica no Paraguai

De acordo com o MOPC, no país a extensão da Rota Bioceânica foi dividida em três trechos para a pavimentação. O primeiro de Carmelo Peralta a Loma Plata tem 277 quilômetros e já está concluído. O investimento na iniciativa foi de US$ 443 milhões.

Em Carmelo Peralta está sendo construída a ponte internacional sobre o rio Paraguai, que vai ligar o país ao Brasil, por Porto Murtinho, em Mato Grosso Sul.

A ponte está sendo construída por um consórcio binacional, com investimento de R$ 575,5 milhões da administração paraguaia da Itaipu. A estrutura, de 1.310 metros de comprimento e 20,10 metros de largura, é fundamental para viabilizar a Rota Bioceânica rodoviária.

A rota possibilitará ligar o oceano Atlântico ao Pacífico, no Chile, tendo Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, como ponto de saída do Brasil.

O segundo trecho da rota no Paraguai vai de Cruce Centinela a Mariscal Estigarribia. Tem uma extensão de 102 quilômetros e investimento previsto de US$ 110 milhões.

Segundo o ministério, sua pavimentação deve ocorrer após o trecho 3, já que existe outra rodovia na região, a PY09, que foi remodelada e pode funcionar como alternativa para o trecho.

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