Em greve há mais de 2 meses, servidores das universidades e institutos federais da Zona da Mata e Campo das Vertentes permanecem com as atividades paralisadas.
As paralisações começaram em março, pelos técnicos administrativos. Em abril, os professores também pararam.
Na UFV, as atividades de ensino de graduação, médio e técnico nos três campi, continuam paralisadas em função da greve.
“Reforçarmos o valor das instituições públicas de ensino federais, estaduais e municipais na produção de uma educação de qualidade, cujo impacto se dá na formação profissional; nas escolas; na produção de uma ciência que valorize a vida; na produção de estudos e diagnósticos capazes de antever catástrofes; na colaboração com os segmentos privados; na garantia de qualidade de vida à população, reduzindo as desigualdades sociais e construindo uma sociedade mais justa”, diz um trecho da carta divulgada pelo Comando Local de Greve (CLG).
O mesmo ocorre nas universidades federais de Juiz de Fora e São João del Rei. Nesta semana, o Comando Local de Greve do SINDS-UFSJ reforçou que a greve dos Técnicos Administrativos é por recomposição salarial; reestruturação da carreira; e recomposição orçamentária das instituições de ensino federais.
No IF Sudeste, a paralisação permanece, pelo menos, nos campi de Rio Pomba, Santos Dumont, Cataguases e Ubá.
Movimento nacional
Ao menos 54 universidades, 51 institutos federais (IFs) e o Colégio Pedro II continuam em greve desde abril, de acordo com levantamento do g1.
Professores e técnicos cobram reestruturação de carreira, recomposição de salários e do orçamento da educação.
Os professores querem aumento de 3,6% agora, 9% em 2025 e 5% em 2026. O governo ofereceu reestruturação da carreira e reajustes de benefícios em 2024, aumento nos salários de 9% em 2025 e 3,5% em 2026.
Até agora, os grevistas não aceitaram a proposta.
Na última segunda-feira (10), em cerimônia com reitores e representante dos técnicos, o presidente Lula anunciou investimentos nas universidades e R$ 5,5 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, para universidades federais e hospitais universitários.
O dinheiro vai para 375 obras, além da construção de dez novos campi universitários, segundo o ministro da Educação, Camilo Santana. E mais R$ 400 milhões para gastos com manutenção.
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