Quase R$ 140 mil em dinheiro, cheques e veículos de luxo são apreendidos durante cumprimento de mandados em cidades de MG

Cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva foram cumpridos nesta quarta-feira (18) nas cidades de Carmo do Cajuru e Esmeraldas. Investigados são suspeitos de envolvimento em crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, falsificação de documentos e associação criminosa.

Por g1 Centro-Oeste de Minas e TV Integração — Carmo do Cajuru


Polícia Civil cumpre mandados contra estelionato em Carmo do Cajuru e Esmeraldas

Cerca de R$ 138 mil em dinheiro, cheques e veículos de luxo foram apreendidos pela Polícia Civil durante cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste de Minas, e Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo a Polícia Civil, a operação realizada nesta quarta-feira (18) é decorrente de investigação sobre um esquema de fraudes financeiras que, segundo apurado, movimentou mais de R$ 20 milhões.

Dois homens, de 34 e 38 anos, foram presos. Os investigados são suspeitos de envolvimento em crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, falsificação de documentos e associação criminosa.

Durante a operação, a Polícia Civil também apreendeu computadores, documentos e aparelhos celulares. O material será analisado para prosseguimento do trabalho investigativo.

Cerca de 140 mil em dinheiro e cheques foram apreendidos — Foto: Polícia Civil/Divulgação

O esquema e desdobramentos

De acordo com a Polícia Civil, as investigações, iniciadas em agosto deste ano, revelaram que os suspeitos criavam empresas de fachada, utilizando "laranja" (pessoa interposta), para praticar fraudes financeiras e obter financiamentos em instituições bancárias.

Os recursos obtidos eram usados na aquisição de máquinas pesadas, como tratores, empilhadeiras, dentre outras. O esquema foi descoberto após uma negociação fraudulenta que causou um prejuízo superior a R$7 milhões.

"Eles montavam empresas fictícias em diversos setores, criadas exclusivamente para serem utilizadas nos golpes. Usavam documentos falsificados para obter financiamentos e, com esses recursos, adquiriam mercadorias, que depois revendiam. Por meio dessa prática, movimentaram cerca de R$22 milhões", contou a delegada Adriene Lopes, responsável pelas investigações.

Ainda segundo a delegada, os levantamentos apontam que a rede criminosa operava com cerca de 23 empresas e mais de 50 CNPJs fraudulentos.

Adriene Lopes acrescentou que a investigação não se limita aos suspeitos presos, abrangendo também outros envolvidos nas transações fraudulentas.

"Estamos apurando a participação de compradores que forneciam documentos falsos para viabilizar essas negociações”, adiantou a delegada.

Os dois homens presos na operação permaneceram em silêncio, e as investigações continuam.

"Nosso objetivo é desmantelar essas redes criminosas que prejudicam a economia e afetam a sociedade, garantindo que todos os responsáveis sejam punidos", concluiu a delegada.

Veículos foram aprendidos pela Polícia Civil — Foto: Polícia Civil/Divulgação

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