Diferentemente dos anos anteriores, boa parte do país deve ter um dia de Natal bastante chuvoso. Já a véspera deve ser de tempo mais firme, com previsão de chuva somente para o Rio de Janeiro.
"Na virada do Natal, provavelmente a única capital que tem mais chance de chuvas é Rio de Janeiro, mas, mesmo assim, não deve ser uma chuva forte", prevê Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo.
Ao longo do dia 24, algumas regiões ainda podem ter pancadas fortes de chuva, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
🟠Norte do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal, parte do Mato Grosso, de Tocantins e leste do Pará podem ter até 100 milímetros de chuva até a manhã desta véspera de Natal.
🎄Já para o dia de Natal é esperado o tempo quente, com muitas nuvens e pancadas de chuva em praticamente todo o país.
Luengo que, no feriado, os seguintes estados devem ter chuva forte:
- leste do Rio Grande do Sul
- leste de Santa Catarina
- São Paulo
- Rio de Janeiro
- Minas Gerais
- Goiás
- Distrito Federal
"No Norte, é esperado a mesma coisa de sempre, aquelas pancadas de chuva forte, um pouco mais isoladas, mas sem muito transtorno. No Nordeste, a previsão é de tempo bem firme, com exceção do Maranhão, que pode ter chuva", comenta o meteorologista.
⛈️A chuva prevista para a faixa que vai desde o Amazonas e se estende até o Sudeste do país vai ser causada pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).
➡️A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) se caracteriza por uma extensa faixa de nuvens que normalmente vai do Norte ao Sudeste. O sistema é responsável por manter o tempo instável nessas regiões, gerando acumulados consideráveis de chuva.
Com a expectativa de uma Natal quente e chuvoso, Luengo analisa que o país terá um clima mais normal para a época.
"Faz tanto tempo que a gente não tem um Natal um pouco mais normal, no sentido de La Niña e El Niño, que a gente meio que esqueceu como que é um tempo mais comum nessa época do ano", brinca.
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Verão quente e chuvoso
O tempo previsto para o Natal resume bem a expectativa de como deve fica o clima no verão.
Estação mais quente do ano – que começou em 21 de dezembro e se estende até 20 de março – não deve ser marcada por grandes ondas de calor e deve ter chuva acima da média.
De maneira geral, a Climatempo destaca que as principais tendências para a estação neste ano são:
- Formação frequente de corredores de umidade entre o Norte, Centro-Oeste e Sudeste, contribuindo para a instabilidade no clima -- há possibilidade da formação de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) ao longo do verão.
- Chuvas volumosas, que podem ficar acima da média, em boa parte do Sudeste, Centro-Oeste, Norte e parte do Nordeste.
- Temperaturas acima da média no Sul e em parte da região Norte, com alguns dias com calor acima do normal.
- Alta nebulosidade e chuva frequente, o que deve impedir a formação de ondas de calor de grande abrangência sobre o país.
Com a previsão de um verão com chuvas acima da média em boa parte do país, dois sistemas comuns dessa época do ano vão contribuir para os grandes volumes de chuva:
- Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) - se caracteriza por uma extensa faixa de nuvens que normalmente vai do Norte ao Sudeste. O sistema é responsável por manter o tempo instável nessas regiões, gerando acumulados consideráveis de chuva.
- Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) - é um encontro de ventos na região do Equador. É dos principais sistemas meteorológicos causadores de chuva nas regiões Norte e Nordeste durante o verão e o outono, segundo o Inmet.
🌧️Grande parte do Sudeste e Centro-Oeste e algumas áreas do Norte e do Nordeste devem ter chuva volumosa e frequente ao longo de toda a estação. (veja no mapa abaixo)
As exceções ficam para o Sul e parte do Norte do país. No Sul, o verão será de chuvas irregulares e espaçadas, com predomínio de tempo seco. Já no Norte, a tendência é uma estação um pouco mais seca do que o normal.
A tendência de um verão com mais nebulosidade e chuva também deve fazer com que o calor fique mais próximo da média em boa parte do país.
Isso também deve evitar longos períodos de calor intenso no Centro-Oeste e Sudeste, como aconteceu nos últimos verões. De acordo com a Climatempo, não há expectativa de ondas de calor de grande abrangência no Brasil nos próximos meses.
A região Sul é praticamente a única que tem a possibilidade de registrar algumas ondas de calor localizadas no verão, com uma sequência mais extensa de marcas acima do normal.