Modernização da agricultura oferece oportunidades para quem domina a tecnologia

Nos próximos dois anos, o agronegócio brasileiro vai abrir mais de 100 mil vagas no setor de novas tecnologias. Por isso, muitos trabalhadores do campo estão em busca de qualificação.

Por Jornal Nacional


Modernização da agricultura oferece oportunidades para quem domina a tecnologia

Nos próximos dois anos, o agronegócio brasileiro vai abrir mais de 100 mil vagas no setor de novas tecnologias. Por isso, muitos trabalhadores do campo estão em busca de qualificação.

O curso da Federação da Agricultura de Goiás ensina a desenvolver novas tecnologias para o agronegócio.

"Essa plaquinha que a gente está falando, a gente está falando de fazer leitura de um medidor de leite. Mas você pode também ler o tanque de um trator, quantos litros de diesel tem lá dentro daquele tanque”, diz Francisco Calaca, instrutor da FAEG.

O desenvolvedor Sávio Ferreira de Souza quer um emprego nessa área: "Sempre pesquisando uma coisa e outra, conversando com uma pessoa e outra. Abriu essa oportunidade e eu aqui estou”, conta.

O Augusto é engenheiro agrônomo. O Carlos, gestor da informação. Eles acabam de abrir uma startup, uma empresa de inovação voltada ao agro.

“Essa é uma dupla que está fazendo toda diferença na vida do produtor hoje: engenheiro agrônomo, com toda sua especialidade de manejo, que vai somar força com outro profissional da área tecnológica que atendem a todos os resultados”, diz o sócio da empresa Carlos Henrique Nascimento.

Na prática, o que estes jovens estão desenvolvendo são ferramentas, aplicativos que vão ajudar a aumentar a produção de alimentos usando menos adubo, menos defensivos agrícolas. É a chamada Agricultura 4.0 ou Agricultura de Precisão. E junto com essa nova forma de produzir, surgem também novas formas de trabalhar.

O setor deve abrir quase 110 mil vagas que exigem conhecimentos tradicionais do campo aliados às novidades tecnológicas digitais.

“O que nós propomos no curto prazo, principalmente, são ações rápidas, o que nós chamamos de micro cursos e micro formações perto das pessoas que estão atuando no campo e trazendo pequenas introduções de novos conceitos, de conhecimentos sobre determinada ferramenta digital para que estas pessoas comecem a se acostumar, se habituar e utilizar estas ferramentas digitais”, explica Alejandro Frank, diretor de núcleo de Engenharia Organizacional da UFRGS.

Os treinamentos ocorrem em várias frentes. O de operador de drones é um dos mais disputados.

“Eu acredito que o agronegócio, de agora para frente, vai ser isso: vai ser tecnologia. Eu estou me capacitando melhor para entrar no mercado, que é um mercado que eu acredito que está muito em expansão”, conta Valdirene Bezerra Alves, desempregada.

Em uma fazenda, para continuar operando as máquinas ultra tecnológicas, a palavra de ordem é treinamento constante.

"Hoje em dia, se você não estiver atualizado, você não trabalha nestas máquinas não”, afirma Agmar Carneiro de Souza, operador de máquinas agrícolas.

O Oscar também acompanha de perto toda essa revolução digital: "Sempre que aparece estas máquinas tem que estar fazendo cursos, porque sempre muda para melhor”, diz Oscar Neto de Oliveira.

Uma usina de álcool e açúcar vem investindo em conectividade e treinamento: 470 mil hectares de plantação são monitorados em tempo real.

"Esse mundo tecnológico é um mundo sem volta. Quem caminhar por essa estrada de formação em tecnologia, buscar conhecimento, realmente o mercado está muito aquecido e existe um déficit muito grande dessa mão de obra no nosso país", afirma Joel Soares, diretor de operações.