Especial JN 50 anos: os avanços e os problemas que ainda desafiam a saúde no Brasil

A última reportagem da série mostra como, em cinco décadas, o país reduziu registros de mortalidade infantil e de doenças como varíola, poliomielite e meningite. Mas, diferentemente de outros setores, em que avanços se consolidaram, a saúde pública teve recaídas graves.

Por Jornal Nacional


JN 50 anos: os avanços e os problemas que ainda desafiam a saúde no Brasil

No cenário usado entre 2000 e 2009, a reportagem desta sexta-feira (6), da série que celebra os 50 anos do Jornal Nacional, talvez seja a mais perturbadora. Porque entre os temas essenciais que as nossas reportagens tantas e tantas vezes abordaram nessas cinco décadas, todos apresentaram claramente avanços importantes do nosso país e também problemas que ainda nos desafiam.

Mas o tema de hoje inclui uma terceira categoria: a dos desafios que o Brasil tinha vencido, mas que sofreram um retrocesso. Ou seja: questões em que o país andou pra trás. O tema de hoje é saúde.

Desde 1969, o Jornal Nacional registrou situações gravíssimas da saúde pública, decorrentes da pobreza, da falta de infraestrutura. Situações que foram sendo vencidas ao longo de cinco décadas, com o esforço nacional pelas campanhas de vacinação, os programas de distribuição de renda e, principalmente, os investimentos numa rede pública de saúde como o SUS, que é único no mundo em países com mais de 100 milhões de habitantes. O SUS tem problemas graves, claro. Mas, antes deles, como dizem os especialistas em saúde pública, a população pobre dependia da caridade. E hoje, saúde é um direito.

Falta ainda muito para que esse direito seja atendido plenamente, mas você vai ver aqui que as soluções existem. Nessas cinco décadas, o Brasil obteve uma redução importantíssima nos registros de mortalidade infantil, de doenças como varíola, poliomielite, meningite. Mas, diferentemente de outros setores, em que avanços brasileiros se consolidaram, a saúde pública teve recaídas graves.

A disseminação irresponsável e criminosa de mentiras, na internet, levou milhões de pessoas a não vacinar os filhos contra doenças que estavam absolutamente sob controle ou praticamente erradicadas. E, inacreditavelmente, no século XXI, um país com mais de 200 milhões de habitantes ainda se vê refém de um mosquito transmissor de doenças que podem matar.

Uma nova experiência na área da saúde

A era da medicina personalizada.

E, principalmente, de grandes avanços da medicina.

Plano de combate à fome e à miséria.

MORTALIDADE INFANTIL

Como o Brasil enfrentou a mortalidade infantil.

1983 - Ceará

Repórter: “A senhora já perdeu algum filho, morreu alguns dos seus filhos?”

Mulher: “Já. Morreram seis”

1983: Nos hospitais, aumenta o número de crianças que são socorridas com fome.

1986: Um alerta do Unicef: o Brasil, que tem a oitava maior economia do mundo, está se igualando aos países mais pobres nos índices de mortalidade infantil.

O problema é nacional, mas se torna assustador quando se sabe que em São Paulo, o estado mais rico do país, metade da população infantil não recebe a quantidade suficiente de alimento.

1987: Zona da Mata de Pernambuco

Os nanicos nordestinos foram descobertos na década de 1960 pelo nutricionista Nelson Chaves. A cada geração, as pessoas diminuem de tamanho.

1990: O Brasil está entre os países com os maiores índices de desnutrição do mundo.

A dona Maria da Fátima tem cinco filhos e é um exemplo dessa situação: a comida só dá para uma vez no dia. Um pedaço de carne e um pouco de feijão com farinha.

1993: “Deve ser dada realmente prioridade absoluta ao combate à fome e à miséria. Isso não é simplesmente uma bandeira, isso é uma prioridade nacional”, afirmou Herbert de Souza, criador do Natal sem Fome.

2000: As mães conheceram o soro caseiro, farelo de sementes, vitaminas que antes iam para o lixo. O resultado está na balança.

“Engordei”, contou um menino.

A mortalidade infantil caiu a zero nos quarteirões atendidos pela Pastoral da Criança, coordenada por Zilda Arns, uma brasileira indicada para o Prêmio Nobel da Paz.

2001: “O brasileiro é extremamente solidário, haja visto a Pastoral da Criança que conseguiu uma solidariedade humana, uma teia de 150 mil voluntários”, afirmou Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança.

2003: Os programas assistenciais criados nos últimos dez anos ajudaram a diminuir a fome no Brasil.

“A gente fez, durante a década de 1990, uma série de progressos muito importantes na área social, programas como saúde da família. A gente foi capaz de casar esses programas com transferências efetivas de renda, de dinheiro para pessoas da camada mais pobre da sociedade”, destacou o economista Armando Castelar.

2006: Uma pesquisa divulgada pelo governo afirma que 9,2 milhões de famílias atendidas pelo programa Bolsa Família estão comendo mais e melhor.

“Macarrão, arroz, graças a Deus. Carne”, disse uma brasileira.

2013: Um avanço importante no Brasil no combate a uma que já foi uma das nossas maiores mazelas, a mortalidade infantil. A taxa caiu 75% no país desde 1990.

VACINAÇÃO

Década de 1970

Repórter: “Madame, é a primeira dose da criança?”
Mulher: “É, sim”.
Repórter: “Por que veio vacinar a criança?”
Mulher: “Tem que vacinar. É obrigação”.

MENINGITE

Em meados de 1974, o Brasil falava em uma epidemia de meningite. O governo proibiu a divulgação do número de casos. Mesmo censurada, a meningite matou muita gente.

1975: Campanha nacional contra a meningite.

Em 1975 não foi mais possível esconder as centenas de mortes. Houve grande mobilização.

POLIOMIELITE

1981: A vacina Sabin foi inventada há 21 anos e praticamente acabou com a paralisia infantil no mundo.

Repórter: “Dr. Sabin, qual apelo que o senhor faria aos pais na véspera da campanha de vacinação contra a paralisia infantil?”

“É muito importante que todas as crianças devam ser vacinadas outra vez este ano”, respondeu Albert Sabin, criador da vacina contra a poliomielite.

1986: Até o anoitecer, os vacinadores estão nas ruas e nas escadas dos morros do Recife, procurando as crianças que não tiveram a oportunidade de ir até os postos de vacinação.

1994: O Brasil vence a batalha contra um dos maiores inimigos das crianças: a paralisia infantil. E ganha um prêmio: o certificado da Organização Mundial de Saúde pelo sucesso da campanha que eliminou a doença em todo o país.

2004: “A gente acabou percebendo, ao longo do tempo, que essa era uma estratégia correta. Nossas campanhas de vacinação em massa são um modelo exportado, adotado na Organização Mundial de Saúde e implantado com sucesso”, disse Pedro Paulo Soares, historiador da Fundação Oswaldo Cruz.

SARAMPO

1982: No Rio, a Fundação Oswaldo Cruz começa a produzir para testes no Pará e Pernambuco a primeira vacina brasileira contra o sarampo.

2018: O Pará confirma a primeira morte por sarampo no estado este ano.

2019: E o país vai perder o certificado de erradicação do sarampo emitido por um comitê internacional de especialistas.

Muitos brasileiros estão relaxando uma medida importantíssima para a saúde dos bebês: a vacinação. A cobertura vacinal em 2017 no Brasil foi a menor dos últimos 16 anos.

2018: “Se nós pararmos de atingir as metas recomendadas pelo Ministério da Saúde e deixarmos as crianças desprotegidas, essas doenças voltarão a acontecer no território nacional”, alertou Carla Domingues, coordenadora de imunizações do Ministério da Saúde.

DENGUE

Velhas doenças voltaram a atacar o homem.

1987: Combate ao mosquito da dengue no Recife.

A guerra do Brasil contra o mosquito da dengue tem mais de um século.

2015: O Brasil chegou a ser decretado livre destes mosquitos duas vezes entre as décadas de 1950 e 1970. Mas eles voltaram ainda mais fortes.

A Organização Mundial da Saúde fez um alerta sobre o crescimento dos casos de microcefalia em regiões com a presença do zika vírus, que é transmitido pelo mosquito da dengue.

O zika vírus é o mais novo hóspede conhecido do Aedes. O vírus chikungunya pode até matar. A doença mais letal é a dengue.

2019: O mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da zika ainda encontra formas de se multiplicar no nosso país.

2016: “A gente pede que a população nos ajude eliminando o criadouro. É a única forma que a gente tem de combater essas doenças”, disse o especialista.

AIDS

1983: O nome da doença é síndrome da imunodeficiência adquirida. Nos Estados Unidos, é conhecido como Aids. Ela é atualmente a mais grave doença sexual conhecida, porque mata 80% das pessoas afetadas.

1987: O nome do remédio é uma sigla curta: AZT. O remédio não cura a doença, mas serve para prolongar a vida do paciente.

1989: Como a medicina ainda não chegou a uma solução para os doentes com Aids, a prevenção vem sendo apontada como o melhor remédio. Na campanha do Ministério da Saúde, foram usadas personalidades bem conhecidas do público, como artistas, atletas e médicos famosos.

1989: Morre, no Rio, o ator Lauro Corona.

1990: O cantor e compositor Cazuza morreu hoje cedo, no Rio, depois de cinco anos de luta contra a Aids.

1991: Morre o cantor Freddie Mercury, 24 horas depois de anunciar que estava com Aids.

1996: O cantor e compositor Renato Russo morreu essa madrugada, aos 36 anos, vítima da Aids.

Começa a distribuição gratuita do coquetel anti-HIV.

1997: De doença mortal a crônica, que pode ser tratada. As imagens dos pacientes antes e depois do tratamento com coquetel de remédios foram o retrato da mudança no perfil da Aids.

2001: Quando a Aids surgiu no Brasil, quem desenvolvia a doença tinha em média seis meses de vida. Agora, a sobrevida passa dos 15 anos, e o país se tornou uma referência no combate ao vírus HIV.

1997: Cientistas anunciam clonagem da ovelha Dolly.

2007: Dolly resultou de uma experiência ousada para reprogramar a vida, e isso teve um lado muito bom, porque abriu um espaço maior para as terapias experimentais com células-tronco em áreas onde a medicina convencional, sozinha, já não pode fazer mais nada.

2017: Mateus chegou forte e, no cordão umbilical, trouxe as células-tronco que podem salvar a vida da irmã.

Desde que nasceu, a Giovanna está numa batalha contra a anemia falciforme, uma doença que afeta a circulação do sangue e pode levar à morte. O único jeito de curar a Gigi era com transplante de medula.

"É o momento que representa a ligação eterna dos dois: o irmão salvando a irmã. E eu sempre falo: faço isso todas as vezes e eu sempre me emociono a cada vez", disse a hematologista Andrea Tieme Kondo.

A festa no hospital é para celebrar a cura e para despedir da Gigi, que ficou mais de um mês internada. Saudade do irmão?

"Eu vou para casa com ele, com o meu irmãozinho", contou.

TRANSPLANTES

1989: O Instituto do Coração de São Paulo está na história dos transplantes feitos no Brasil. O primeiro coração transplantado bateu pelas mãos das equipes que criaram o hospital, o mais bem equipado do país, e onde trabalham médicos e especialistas não só em transplantes cardíacos, como dos rins e do fígado.

1985: Transplante de fígado bem-sucedido.

“É uma emoção muito grande. E o que eu estou sentindo é que a vida é o maior dom, é o mais belo dos sonhos, é o sonho de viver”, contou a paciente.

2018: A festa é pelo sucesso de mais de dois mil transplantes de fígado no Brasil. E de todo um sistema bem-sucedido que colocou o país como protagonista dessa ciência.

1977: Pela primeira vez na história, a medicina conseguiu: o coração de uma pessoa ficou dois dias no conserto, enquanto ela sobrevivia com um coração artificial.

1986: Passa bem a primeira mulher a receber um coração novo no Brasil. O transplante foi ontem, em Belo Horizonte.

2019: Cientistas da Universidade de Tel Aviv, em Israel, apresentaram, hoje, um coração produzido por uma impressora 3D.

O transplante de órgãos foi uma revolução na medicina, mas ela nunca libertou os pacientes da fila de espera e da necessidade de encontrar um órgão compatível.

2008: Nas últimas três semanas, o número de transplantes de órgãos aumentou 34% em São Paulo.

Este cirurgião vê uma causa: o gesto da família de Eloá, a vítima do sequestro de Santo André, que doou todos os órgãos da jovem assassinada. “Doação de órgãos deveria ser uma conversa do cotidiano. Então, acho que esse tipo de fato gera esse tipo de situação e por isso que as coisas melhoram”, defendeu o hepatologista Tércio Genzini.

TECNOLOGIA

2000: Robôs, óculos que fazem o médico ver tudo em três dimensões. O homem eletrônico. Ossos de titânio substituem partes do corpo: pernas são de liga de carbono. A caixa pendurada na cadeira de rodas é um pulmão artificial. Algumas cirurgias de miopia, de tão simples, são feitas na vitrine de um shopping.

2003: Um grande dia para a ciência e para a humanidade. Foi assim que os cientistas classificaram esta segunda-feira ao anunciarem a conclusão do sequenciamento do genoma humano. O trabalho ficou pronto dois anos antes do previsto e vai permitir avanços revolucionários na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de doenças.

2001: Quase todas as células do nosso corpo contêm o DNA, essa escada em espiral que carrega as instruções genéticas. São elas que determinam se vamos ter cabelos castanhos, olhos verdes e o mais importante: se vamos ter alguma doença.

CÂNCER

2013: O câncer é uma doença difícil de ser batida. A doença surge por causa de uma falha do DNA. Por ser uma doença de células que mudam a todo instante, encontrar a cura definitiva virou um dos maiores desafios para a medicina.

1979: O aparelho de tomografia, ou tomógrafo, foi inventado entre 1969 e

1972: Chegou ao Brasil recentemente, em 1977. Qualquer tumor, por menor que seja, é imediatamente apontado pelo tomógrafo.

1997: O diagnóstico preciso é feito no tomógrafo de última geração. Rápido, ele diminuiu a fila de espera pelo exame que chegava a ser de um mês no Incor.

2013: A parte de trás do acelerador de próton. Com ele, os médicos conseguem atacar diretamente e somente a área onde está o câncer. É uma máquina enorme para uma precisão milimétrica.

1981: Em Houston, no Texas, os maiores cancerologistas dos Estados Unidos concluem: de cada dez casos de câncer, oito podem ser curados se descobertos a tempo.

2013: “Nas décadas de 1940 e 1950, só 20% das pessoas que tinham câncer sobreviviam à doença. Agora, não”, explicou o urologista Miguel Srougi.

2013: “Se nós fizermos o diagnóstico precoce e tratamento correto, nós vamos curar 90% dos casos de câncer”, disse Ademar Lopes, vice-presidente do Hospital A. C. Camargo.

2018: Um estudo da Controladoria-Geral da União revelou o tamanho assustador de uma dívida do nosso país com os cidadãos. Um terço dos brasileiros que vivem em cidades não tem hospitais do SUS com tratamento contra o câncer.

Sabrina chora por sua mãe que não verá os netos gêmeos nascerem no Amapá. Aos 47 anos, morreu de câncer, mas não só dele. “Foi pela demora e a espera”, contou Sabrina.

2006: “Está com seis meses que ando para fazer esse exame de sangue e não consegui. Quando chega aqui, está essa multidão de gente”, contou uma paciente.

SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE NO BRASIL

Década de 1970: Toda assistência médica será realizada pelo novo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, Inamps.

1981: O Inamps sobe a favela, improvisa ambulatórios em barracos e atende uma população que não tem assistência médica.

É um barraco pequeno, de apenas dois cômodos, mas que todas as quartas-feiras se transforma num consultório médico improvisado. E centenas de pessoas da favela Marcílio Dias vão esperar na fila a hora de serem atendidas.

Essa é uma conta de atendimento em ambulatório que está sob suspeita. O Inamps já pagou para o hospital, mas acha que o serviço não foi prestado. Iguais a esta, tem mais de cinco milhões de contas apreendidas nessa sala.

1988: 5 de outubro de 1988. O Brasil tem uma nova Constituição.

Art. 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado.

1990: O ministro da Saúde, Alceni Guerra, lança em Brasília o Sistema Unificado de Saúde, o SUS. A diferença é que, no SUS, os municípios recebem diretamente os recursos destinados à área da saúde. “A meta, o objetivo, é facilitar o acesso de todo cidadão brasileiro, sem nenhuma exceção, ao sistema de saúde”, afirmou Alceni Guerra, então ministro da Saúde.

1992: O atendimento médico no país está doente. Greves, falta de dinheiro, superlotação. Os hospitais públicos passam por uma das piores crises de todos os tempos.

1997: “Um enfermo ficar quatro horas deitado em cima de uma maca no hospital, sem o mínimo de respeito pelo ser humano. É vergonhoso. Essa é a nossa realidade”, disse um homem.

2007: Lá dentro, pacientes em macas espalhadas pelos corredores e salas superlotadas. “Acho humilhante isso”, lamentou uma mulher.

2014: Em Santa Rita, na Paraíba, vamos mostrar o funcionamento de um programa nacional, criado em 1994, 20 anos atrás, exatamente para mudar esse modelo de saúde em crise, muito concentrado em atendimento de emergência em hospitais. É o programa Saúde da Família.

Já há estudos que comprovam a queda da taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares nos municípios atendidos pelo Saúde da Família.

2018: “O que os governos têm que resolver é se valorizam ou não o Sistema Único de Saúde, que é um sistema universal, que é um sistema para todo brasileiro, que tem uma cobertura e, portanto, ele precisa ter um financiamento compatível. Não só um financiamento, mas também uma gestão compatível”, disse Walter Cintra, coordenador do MBA em Gestão de Saúde da FGV-SP.

2018: A boa gestão pode fazer muita diferença. E há, no SUS, bons exemplos de caminho para a saúde que o Brasil tanto quer.

“Se a gente estudar portarias, programas de governo, fazer uma prestação de contas séria, isso dá certo”, afirmou Daniela Mekaru, gerente de qualidade do Hospital Auxiliadora.

O médico que arranca sorriso mesmo da senhora já sem memória. No local, ninguém se sente abandonado. Quem estuda o sistema de saúde sabe a importância que isso tem.

“O uso da tecnologia é apenas uma parte do processo. O médico tem que escutar mais as pessoas e tentar entender naquilo que ele está trazendo como problema, qual o problema que depende dele, de um conselho ou de uma orientação, e qual que realmente depende de uma tecnologia”, explicou Oswaldo Tanaka, diretor da Faculdade de Saúde Pública-SP.

“A satisfação é essa, eu acho. Da gente conseguir resolver o problema do doente e ter esse retorno que eles nos dão, de que: ‘Nossa, sarei. Você descobriu tal coisa que ninguém descobriu. O senhor trata a gente bem’”, contou o médico Rodrigo Gatto.

“Se o atendimento do SUS no Brasil inteiro fosse desse jeito que é aqui, eu acho que ninguém reclamava do SUS. E esse é o Brasil que eu quero. Não só eu, acho que nós todos queremos”, contou um paciente.