Máquina de gelo: g1 testa 3 modelos que aposentam as forminhas do freezer

Em torno de 10 minutos, os equipamentos 'produzem' pedras pequenas ou grandes suficientes para uma festinha em casa. Veja os resultados.

Por Henrique Martin, g1


Guia de Compras: teste com 3 máquinas de gelo — Foto: Veronica Medeiros/g1

Toda família tem aquela pessoa que enche as forminhas do freezer para fazer gelo… e aquela que deixa a bandeja para fora esperando pelo próximo coitado com boa vontade.

As máquinas de gelo domésticas resolvem esse problema, produzindo cubos gelados em pouco tempo. É rápido mesmo, entre 10 e 15 minutos para começar a ficar pronto.

O Guia de Compras testou 3 modelos de máquina de fazer gelo em casa. São itens com capacidade de produzir entre 12 e 22 kg por dia, mais que suficiente para ajudar a se refrescar neste calorão – ou em uma festinha em casa para família e amigos.

Para comparação, os equipamentos profissionais, como os utilizados em hotéis, produzem 50 kg ou mais de gelo por dia.

Os produtos avaliados foram:

Como funciona a máquina de gelo?

O funcionamento desses equipamentos é bastante simples. Basta ligar na tomada, colocar água filtrada no recipiente até o limite indicado no compartimento e escolher o tamanho da pedra: pequeno ou grande.

A cada ciclo, que dura em torno de 10 minutos, as máquinas produzem de 9 a 12 pedras de gelo, dependendo do modelo. Os primeiros ciclos de fabricação podem enganar: as pedras saem pequenas e fininhas, mas isso é normal em todos os produtos.

Mas tanta praticidade tem um preço: os modelos avaliados custavam entre R$ 950 e R$ 1.700 nas lojas on-line consultadas em dezembro. São máquinas grandes e pesadas, que pesam entre 7 e 10 kg e ocupam bastante espaço na bancada.

E o gelo, depois de pronto, precisa ser consumido: a máquina, apesar do isolamento térmico, não conserva as pedras por mais que 2 ou 3 horas.

Se o equipamento for desligado ou parar de produzir porque o cesto está cheio, as pedras vão derreter e cair no recipiente de água novamente.

Veja os resultados a seguir e, ao final da reportagem, a conclusão.

A EOS Ice Compact é uma máquina de gelo com capacidade de 15 kg de produção diária. Isso significa que, a cada 24h, ela consegue produzir tudo isso de gelo.

Nas lojas da internet, o produto custava R$ 950 em dezembro, o mais barato entre os modelos do teste.

O produto mede 24 x 32 x 36 cm (largura x altura x profundidade) e pesa 8,5 kg. A garantia do fabricante é de 1 ano.

O dispositivo vem com um painel digital de operação simples, que liga e desliga a máquina, alterna o tamanho do gelo e indica se o recipiente de água está vazio ou o cesto de gelo está muito cheio.

Nos testes, a Ice Compact produziu 9 pedras por ciclo, que dura 10 minutos.

Com o recipiente de água na capacidade máxima (2,2 litros de água filtrada), levou 3 horas para esgotar a água e produzir cerca de 160 pedrinhas de gelo – ou 18 ciclos de produção.

Gelo da EOS no formato pequeno — Foto: Henrique Martin/g1

Desse modo, a máquina da EOS é a que “acabou” mais rápido com a água do tanque. De qualquer forma, 3 horas é bastante para produzir muito gelo para uma festinha em casa.

O equipamento produz pedras de gelo com um furo no meio com cerca de 3 cm de comprimento, em dois tamanhos: pequeno e grande.

A diferença se dá apenas na espessura da pedra para todas as máquinas. O gelo grande é um pouco mais grosso na parte interna.

Gelo da EOS no formato grande — Foto: Henrique Martin/g1

As pedrinhas são bem parecidas com as produzidas pelo produto da Multi.

Ao encher o cesto de 0,8 kg, a EOS Ice Compact alerta que o recipiente está lotado e interrompe a produção.

As três máquinas do teste contam com esse recurso – é um sensor infravermelho que identifica quando tem muito gelo ali.

Em todas, dá para “liberar” mais espaço ao empurrar as pedrinhas para a frente do cesto com a pá incluída na caixa dos produtos.

Ao final de um ciclo completo de produção de gelo, o restante da água (bem gelada, vale ressaltar) que fica ali pode ser drenado com ajuda de um tampão na parte inferior.

O único problema desse equipamento – em comum com a máquina de gelo da Philco – é que o dreno fica localizado no centro do recipiente, tornando um pouco mais difícil esvaziar por completo.

Na Multi, esse dreno fica no canto direito, mais fácil de “tombar” um pouquinho o aparelho e esvaziar o tanque, dispensando o uso do pano.

A Multi Máquina de Gelo é o modelo de menor porte do teste, com capacidade de produzir 12 kg de gelo por dia.

Mas, sendo vendida por R$ 1.500 nas lojas on-line consultadas em dezembro, seu preço está mais próximo do equipamento de maior capacidade e mais caro, o da Philco, com 22 kg e vendida por R$ 1.700.

A máquina da Multi é a menor das três avaliadas, com 22,2 cm de largura x 31,3 cm de altura, 32 cm de profundidade e pesa 7,1 kg, a mais leve. A garantia da fabricante é de 1 ano.

Os comandos da Multi são similares aos das outras máquinas, com um painel digital no topo. As funções são de ligar/desligar o produto, ajustar o tamanho do gelo (pequeno ou grande) e indicar reservatório de água vazio ou cesto cheio.

Nos testes, o modelo da Multi foi bem parecido com o da EOS, produzindo 9 pedras de gelo por ciclo. Com 10 ciclos, a cesta estava cheia e o produto parou de “fabricar”.

Gelo da Multi no formato pequeno — Foto: Henrique Martin/g1

O cesto de gelo pronto tem capacidade de 700 gramas de gelo.

Com um recipiente menor para água, de 2 litros, e um ritmo de produção similar à máquina da EOS, a Multi demorou mais para esvaziar o tanque por completo (4 horas). O resultado foram pouco mais de 2 cestos cheios (em torno de 180 pedrinhas).

O formato das pedras é similar ao dos outros aparelhos testados, com opção de fazer gelo grande (mais espesso) ou pequeno (mais fino). A pedra tem cerca de 3 cm de comprimento.

Gelo da Multi no formato grande — Foto: Henrique Martin/g1

Se sobrar água no final, o escoamento da Multi é o mais eficiente dos três modelos, com o dreno no canto direito do aparelho.

A Philco PMG02T é a máquina de gelo de maior capacidade do teste, com 22 kg diários, e a mais cara também. Nas lojas da internet, custava na faixa de R$ 1.700 em dezembro.

É a maior máquina do teste – 27 x 33 x 37 cm em largura x altura x profundidade – e a mais pesada: 10,2 kg. A garantia é de 1 ano.

A principal diferença do painel para os outros aparelhos do teste é que o da Philco conta com um modo Limpeza, que ajuda na manutenção do equipamento.

Essa função pode ser útil após uma festa, caso alguém derrube sujeira ao pegar o gelo, por exemplo.

O modelo é o que produz mais pedras ao mesmo tempo: são 12 por ciclo, contra 9 dos concorrentes. Mas os primeiros ciclos demoram mais, em torno de 15 minutos – contra 10 das outras máquinas avaliadas.

Nos testes, o recipiente de água filtrada de 2,8 litros (também o de maior capacidade na avaliação) levou pouco mais de 5 horas para terminar, produzindo mais de 240 pedrinhas de gelo.

Gelo da Philco no formato pequeno — Foto: Henrique Martin/g1

A cesta de gelo (de 2 litros de capacidade) permite armazenar mais de 120 pedras antes de o aparelho interromper a produção.

O gelo feito pela Philco parece ser um pouco maior que o da EOS e da Multi, passando dos 3 cm de largura. Porém, a diferença entre o gelo “pequeno" e o “grande" acaba sendo a maior espessura interna.

Gelo da Philco no formato grande — Foto: Henrique Martin/g1

A limpeza da Philco PMG02T também é bastante simples, com uma válvula na parte inferior que pode ser aberta para drenar o restante da água.

Como ocorreu no modelo da EOS, esse dreno fica no meio do produto, o que pode ser complicado de esvaziar por completo.

Conclusão

VALE A PENA TER UMA MÁQUINA DE GELO? Sim, pela praticidade de fazer gelo muito rápido. As três máquinas do teste funcionaram de maneira parecida e, em um teste amador feito em casa, entregaram uma boa quantidade de gelo em tempo razoável.

É o suficiente para uma festa com pouca (Multi e EOS) ou até mesmo bastante gente (Philco).

Mas também depende de um outro fator: ter o espaço necessário para o equipamento em casa. São produtos menores que uma airfryer, mas que ocupam bastante área na bancada.

E, se a máquina for desligada ou atingir o limite de produção, o gelo vai derreter, já que o equipamento não é um freezer para manter as pedras inteiras. A ideia é consumir rápido.

CUSTO X BENEFÍCIO: A EOS Ice Compact tem, entre os 3 modelos do teste, o melhor preço em comparação com os demais, com a vantagem de também produzir mais gelo.

É vendida por menos de R$ 1.000 com 15 kg diários de capacidade de produção – um valor menor que a da Multi, mas que faz mais gelo que a concorrente.

Para quem quer quantidade: a da Philco é a que produz mais gelo (22 kg) por um preço um pouco superior ao da Multi (R$ 1.700 x R$ 1.500), que é a que faz menos gelo (12 kg).

PRECISA DE INSTALAÇÃO HIDRÁULICA? Não, basta encher o recipiente com água filtrada até o limite e esperar. E, em festas, sempre prestar atenção se o limite de água não baixou para repor e seguir com o gelo sendo produzido.

PRECISA DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA? Não, mas verifique a corrente do local (127v ou 220v) antes da compra, já que as máquinas não são bivolt.

POSSO COLOCAR OUTROS LÍQUIDOS NA MÁQUINA? Não. Os fabricantes indicam utilizar apenas água filtrada nas máquinas de gelo.

DÁ PARA FAZER BASTANTE GELO E GUARDAR NO FREEZER? Sim, mas as pedrinhas vão grudar umas nas outras.

QUAL O PRINCIPAL PONTO NEGATIVO DESSES EQUIPAMENTOS? Todas têm um mesmo “problema”: elas esquentam o ambiente onde o aparelho foi instalado.

Essas máquinas utilizam um compressor interno que, como ocorre nas geladeiras, deixa mais quente a parte exterior do produto. Nas versões da Multi e da Philco, o lado direito solta ar quente pela ventoinha, e na da EOS, isso ocorre na parte traseira da máquina.

Em tempos de calorão, esse ar quente incomoda bastante, dependendo do local onde a máquina estiver instalada.

As fabricantes também indicam que os produtos fiquem sempre estáveis em uma bancada, por conta do gás refrigerante interno – também similar ao das geladeiras.

Se movimentar a máquina, as marcas indicam deixá-las paradas entre 30 minutos (Philco) e 24 horas (EOS) sem utilizar para estabilização dos gases, para ter o melhor desempenho na hora do uso. E sempre procurar a assistência técnica caso o gelo demore para ficar pronto ou a máquina apresente algum outro defeito.

COMO FORAM FEITOS OS TESTES: O Guia de Compras solicitou aos fabricantes o envio de uma máquina de gelo indicada para uso doméstico. Os testes foram feitos em casa, fazendo gelo por diversos ciclos de produção, até acabar a água do recipiente.

Os produtos foram emprestados pelas fabricantes e serão devolvidos.

Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. 

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