Crochê: tudo o que você precisa para começar e não desistir

O crochê é uma técnica de costura que utiliza apenas uma agulha, com um gancho na ponta. É diferente do tricô, que usa duas agulhas sem gancho nenhum.

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Se você quer iniciar nesse universo, o mais importante é entender que aprender a fazer trabalhos manuais pode levar tempo e que é preciso insistir para não perder a motivação.

Além da vontade, você também vai precisar de alguns materiais e ferramentas básicas antes de colocar a mão na massa.

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O Guia de Compras conversou com uma especialista para entender o que é importante para dar os primeiros passos no crochê e selecionou opções dos produtos necessários para começar.

Veja a lista abaixo e, no fim da reportagem, leia sobre como escolher tamanhos de agulha e de linha e outras dicas. Os produtos selecionados custavam entre R$ 10 e R$ 90, em outubro, nas grandes lojas on-line.

🧶 O QUE PRECISA PARA COMEÇAR? Não muito. Já dá para começar a aprender com uma agulha, uma tesoura, uma fita métrica e um novelo de linha.

Como complemento, você pode buscar também uma agulha de tapeceiro, que serve para fazer o arremate, que é o ponto de acabamento de uma peça.

Mas o que pode confundir é o tamanho certo da agulha e da linha. Cada agulha e cada novelo vem com uma numeração, que corresponde à espessura.

Segundo a professora Clara Kato, da Knit Novelaria, é mais indicado comprar primeiro a linha e só depois ir à procura de uma agulha.

“Na maioria dos novelos, o fabricante já sugere qual é o número da agulha que seria ideal para aquela espessura de fio. Se você nunca fez crochê na vida, pode seguir a especificação do fabricante”, diz Clara Kato, que ensina crochê e outras técnicas de costura há cerca de 20 anos.

“No começo, o tamanho ideal de fio é o intermediário, de novelos numerados entre 5 e 7. O fio muito fino fica mais difícil de enxergar e, com um muito grosso, é mais difícil de segurar a agulha”, explica Kato.

Segundo a especialista, depois de começar, é possível que você sinta a necessidade de ajustar o tamanho do fio de acordo com o seu estilo de costura. Se você puxar demais ou de menos, o ponto pode ficar desregulado.

“Quem tem o ponto mais frouxo pode usar um número menor e quem tem ponto apertado precisa de um número maior. Mas a grande maioria já se encaixa nessa média”, diz a costureira.

Outra dica é se ater à simplicidade. “O fio escolhido deve ser sólido, sem pelinhos ou lantejoulas, porque tudo isso acaba se tornando um obstáculo a mais quando você está aprendendo a criar os pontos”, conta Kato.

“Também é melhor escolher novelos de cores claras, pois as cores escuras dificultam na hora de enxergar o que você está fazendo”.

🪙 É CARO FAZER CROCHÊ? O que acaba afetando mais o preço é o tipo de linha ou lã escolhido. Existem muitas opções nas lojas, então você vai encontrar tanto os mais caros como os mais baratos.

Na lista acima, o novelo mais barato custava R$ 30, em outubro, enquanto o mais caro era R$ 50 no mesmo período. Modelos importados podem sair por mais de R$ 100.

“Materiais de boa qualidade costumam ser mais caros”, afirma Kato. “Mas isso não importa tanto se é sua primeira vez. Conforme a gente vai ficando melhor, vai ficando mais exigente”.

O seu objetivo ao iniciar no crochê também é importante. Se a ideia é fazer peças de roupa, é interessante buscar fios bem macios, para evitar que o resultado final seja desconfortável ou pinique em contato com a pele.

🪝DÁ PARA APRENDER SOZINHO? Hoje em dia, existem vídeos de crochê nas redes sociais que ensinam como fazer as mais diversas peças: cachecóis, luvas, cobertores, bonequinhos e até porta copos em formato de vasinhos de plantas.

“O mais difícil é se manter motivado a continuar”, opina Kato. “Fazendo aula, você vai ter alguém ali para te mostrar pessoalmente, mas também dá para encontrar na internet – se a pessoa tiver disciplina para aprender”.

A dica é começar a aprender com um cachecol, que é uma peça reta e não é tão grande quanto uma manta.

“No primeiro trabalho, é interessante ver o resultado mais rápido, para se manter motivado. A ideia é não se frustrar. Uma vez que você aprende a fazer os dois pontos básicos do crochê, já consegue fazer muita coisa”, completa a costureira.

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