Fotografia em papel: como fazer suas fotos impressas e reveladas durarem mais

Já aconteceu com você de uma foto no papel ir perdendo a cor e os detalhes da imagem com o tempo, até ficar esbranquiçada ou desaparecer quase completamente?

🫥 Isso pode acontecer se você não tomar o cuidado necessário com o armazenamento das fotos e deixá-las expostas a luz, toques de mão frequentes e umidade.

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Além disso, imprimir e revelar fotos são coisas diferentes: o primeiro costuma ser usado para fotos digitais, enquanto o segundo é usado para fotos analógicas, feitas em câmeras que usam filme, mesmo as instantâneas. Dependendo do método, a durabilidade também pode variar.

O Guia de Compras conversou com especialistas para entender quais são os cuidados necessários para fazer a foto no papel durar por vários anos sem deixar suas lembranças desbotarem. Leia na reportagem abaixo.

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A grande vilã das fotos no papel é a luz, tanto natural como artificial. “A foto desaparece porque a luz vai reagindo com a química do papel”, explica Vitor Pavan, professor de fotografia do Senac.

É por isso que a exposição direta à luz deve ser evitada. A melhor forma de fazer isso é guardar as imagens em um álbum, onde elas vão passar a maior parte do tempo protegidas da luz.

Da mesma forma, é importante proteger as fotos da umidade, que vai agredir o papel e pode facilitar a proliferação de fungos.

🎞️ E meu varal de fotos? Por mais que o álbum proteja as fotos, ele também vai deixá-las escondidas, o que não é a solução ideal para quem quer encher a casa de decorações, como por exemplo pendurando tudo em um varal de fotos.

A verdade é que expor as fotos dessa maneira vai afetar a durabilidade delas. “Falando objetivamente, vai durar pouco. As pessoas que optam por esses varais têm que ter essa noção”, comenta Christian Camilo, especialista da empresa de impressão Fine Art Prints.

“Mas não está perdido, vale guardar a foto depois de um tempo para que dure mais”, recomenda Camilo. A sugestão é exibir um número de fotos por algum tempo e então guardar e trocar por imagens mais novas para evitar danos mais graves.

Outro responsável por acelerar a degradação das fotos é o toque frequente da mão nas imagens.

“Quando tocamos na foto com a mão, a gordura e a acidez do toque podem fazer com que ela se deteriore mais rápido. Isso muda o índice de pH do papel e pode acelerar as outras ações, como amarelamento ou desbotamento”, afirma Pavan.

Os álbuns e os porta-retratos são boas alternativas para minimizar a manipulação das fotos.

“O que eu sugiro é investir em emoldurar as fotos”, diz Camilo. “Uma obra sem vidro atrai componentes químicos, que acabam desgastando, como resíduos de produto de limpeza e poluição, por exemplo”.

O especialista recomenda forrar os quadros com “foam board”, que é uma placa de isopor. “Ele barra muito bem a umidade, diferente de forros de MDF, que são a maioria”, explica Camilo.

Vale ainda prestar atenção à localização do porta-retrato na casa: “Se o papel estiver enrugado, pode ser que o vidro esteja perto de uma parede com umidade, então é melhor tirar a foto dali”, diz Vitor Pavan.

Porém, o mais importante é que haja pelo menos algum tipo de proteção. “Qualquer moldura é melhor que nada”, conclui Camilo.

Impressão e revelação são duas coisas diferentes e cada um desses processos vai resultar em fotos com características distintas.

“A impressão é feita a partir de uma impressora, uma máquina que vai despejar pigmentos em papel fotográfico. As imagens costumam vir de fotos digitais”, explica Vitor Pavan.

Por conta da quantidade de combinações dos pigmentos disponíveis na impressora, as imagens costumam ter cores mais vibrantes no processo de impressão do que no de revelação.

“A foto revelada é uma reação química. O papel fotossensível reage com a luz para criar a imagem”, continua Pavan. Nesse caso, as câmeras funcionam com filme e as cores são mais fiéis ao mundo real, mesmo que não fiquem tão vivas quanto na impressão.

👴 Mas qual dura mais? Não dá para dizer com certeza que um processo é mais durável que o outro, já que a conservação da foto vai depender de fatores como a qualidade do papel fotográfico e dos químicos.

“Hoje em dia, tem tecnologias de impressão e papéis específicos que podem durar até centenas de anos”, diz Pavan. “E a foto revelada tem expectativa que vai desde 30 até 70 anos”, completa.

Mas esse tipo de tecnologia geralmente é reservado para a fotografia profissional e conservação de documentos, como em museus. A tecnologia acessível para o público geral não consegue entregar a mesma longevidade.

“Os papéis de câmeras instantâneas são de base celulose, que são voltados para o mercado comercial e são de durabilidade baixa”, comenta Christian Camilo.

Nesse caso, é essencial cuidar muito bem das fotos se quiser que elas durem o máximo possível. “Se emoldurar direitinho, vai durar bastante. Mesmo que amarele, pode até atravessar uma geração”, conclui Camilo.

Abaixo, veja porta-retratos e álbuns para ajudar a armazenar suas fotos do jeito certo. Os produtos custavam de R$ 40 a R$ 140 quando consultados, em meados de junho, nas principais lojas on-line.

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