É #FAKE que Alexandre de Moraes tenha pedido exame toxicológico para Boulos

Supremo Tribunal Federal nega que decisão exista.

Por Mel Trindade


É #FAKE que Moraes tenha pedido exame toxicológico para Boulos — Foto: Reprodução

Circulam nas redes sociais uma informação de que o ministro Alexandre de Moraes teria pedido um exame toxicológico para Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo. É #FAKE.

Selo #FAKE — Foto: G1

O conteúdo falso veicula uma foto do ministro com a legenda: "Urgente. Moraes dá 24 horas para Guilherme Boulos apresentar exame toxicológico".

O Fato ou Fake entrou em contato com a assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal (STF). Em resposta, o órgão respondeu que "não existe tal decisão".

Em uma busca processual no site do STF, não foi possível localizar nenhum processo que inclua solicitação de exame toxicológico ao candidato.

A publicação surgiu durante o contexto de falsas alegações feitas pelo candidato Pablo Marçal (PRTB). Durante a campanha, Marçal tem associado o candidato do PSOL ao uso de cocaína sem apresentar provas.

Nesta terça-feira (03), após votação unânime do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), o coach postou um vídeo de resposta de Boulos em suas redes sociais.

O direito de reposta foi concedido após o tribunal entender que as alegações não foram comprovadas e apenas ofenderam o candidato. Marçal entrou com recurso contra a decisão, mas não foi aceito.

Segundo reportagem do jornal ‘Folha de S. Paulo’, Marçal usa um processo sobre porte de cocaína que, na verdade, tem como réu um candidato a vereador em São Paulo pelo Solidariedade que é homônimo do candidato do PSOL.

O homônimo se chama Guilherme Bardauil Boulos, que é candidato a vereador na capital paulista na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB). O nome completo do candidato a prefeito pelo PSOL é Guilherme Castro Boulos.

De acordo com o jornal, Marçal usa uma lista de processos buscados na Justiça apenas com o filtro das palavras-chave "Guilherme" e "Boulos", e não pelo CPF, por exemplo.

Fato ou Fake Explica: