Camilla de Lucas, vice-campeã do BBB21, participou do quinto episódio do podcast 'Prazer, Renata' e contou como o racismo afetou sua autoestima na adolescência e no início da vida adulta. Ela disse que, por causa da opressão, sentia vergonha de aparecer em frente às câmeras, de usar batom e ter cabelo crespo. Contou ainda que, ao participar de uma seleção para um concurso de modelos, chegou a ouvir a seguinte frase: "A beleza da mulher negra não vende".
"Eu tinha muita vontade de ser modelo. Quando participei de um processo para um concurso, eu perguntei para um rapaz. Era um pouco afrontosa. Tinha aquele momento de tirar dúvidas sobre a carreira de modelo. Ele falou: 'Alguém tem alguma dúvida?'. Fui e perguntei: 'Por que a gente não vê tanta mulher negra trabalhando, desfilando, fazendo ensaio fotográfico. Ele virou para mim e falou assim: 'Por que a beleza da mulher negra não vende'. Aquilo ficou na sua cabeça", contou.
Ouça outros episódios do 'Prazer, Renata':
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O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no G1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. Toda segunda-feira tem episódio novo.
Camilla de Lucas também contou que sentia vergonha de usar batom na adolescência.
"Eu sempre tive vergonha de usar batom, porque na época da escola as pessoa zoavam quando eu aparecia de batom diferente. Eu com 14 anos. Era uma época que quase não tinha ninguém para poder falar que eu poderia usar batom. Os comentários sempre foram estes: 'Na pele negra, tal batom não valorizava, não ficava bonito'. Quando eu tinha 14 anos, o discurso era aquele. Hoje aos 26 a gente não permite, gente está se posicionando e tendo voz. E tem mais gente falando"
Ouça agora o episódio completo: