O mais forte dos cafés, o espresso só pode ser extraído sob alta pressão e temperatura.
O g1 já falou sobre os diferentes tipos de cafeteiras, mas as máquinas espresso se diferenciam por produzir a bebida a partir de cápsulas, pó ou grãos de café.
Por conta dessa peculiaridade, é importante observar o valor de bares (unidade de medida de pressão) exercido pelos aparelhos ao infundir o café com água.
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Conversando com um especialista, o Guia de Compras selecionou seis modelos — incluindo cafeteiras de cápsulas e de grãos ou pó — e coletou dicas sobre como escolher uma boa máquina.
Veja a lista de produtos abaixo e, no fim da reportagem, orientações para ajudar na decisão. Os itens custavam, em novembro, entre R$ 400 e R$ 4.280.
Tramontina by Breville Express Pro
Esta versão da cafeteira Tramontina by Breville não possui moedor integrado, utilizando café moído. Há ainda outra versão do modelo, com moedor, disponível no mercado por um valor mais alto.
Ela funciona com pressão de 15 bares e tem potência de 1.500 W. Seu tanque de água tem capacidade de 1,8 litro.
Consegue fazer duas xícaras de café por vez, cada uma com 30 ml, mas também conta com função de alteração manual do volume da dose.
Possui bico específico para água quente e bico vaporizador. Outros recursos incluem um aviso luminoso para lembrar de fazer a limpeza e bandeja de aquecimento para xícaras.
Sua garantia é de 1 ano e seu preço era de R$ 4.280, em novembro, nas lojas on-line consultadas.
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Oster Nova PrimaLatte
A Nova PrimaLatte da Oster é uma cafeteira híbrida, sem moedor, que funciona com cápsulas Nespresso (a partir de R$ 2,80) e com café moído.
A pressão do aparelho é de 19 bares. Sua potência, 1.170 W. Além do tanque de água de 1,6 litro, conta ainda com um reservatório de leite de 450 ml para preparo automático de bebidas como cappuccino.
Extrai até duas xícaras de café por vez, de acordo com as funções espresso, cappuccino e latte disponíveis.
Com garantia de 1 ano, era encontrada nas grandes lojas on-line por R$ 1.080, em novembro.
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Saeco Lirika Plus Silver
O modelo Lirika Plus Silver da Saeco conta com moedor integrado. Seu reservatório tem capacidade para até 500 g de café em grãos.
É a mais potente da lista, com 1.700 W, e também a que tem o maior tanque de água, de 2,5 litros.
Possui 15 bares de pressão, saída para água quente e vaporizador de leite. Consegue extrair até duas xícaras de café por vez.
Entre outros recursos, conta com botão para ajustar a quantidade de pó (para deixar o café mais ou menos forte) e com ajuste da espessura da moagem em cinco níveis.
Em novembro, custava R$ 3.900 nas lojas on-line consultadas. Sua garantia é de 1 ano.
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Dolce Gusto Mini Me
A cafeteira Mini Me, da Dolce Gusto, funciona com cápsulas Nescafé Dolce Gusto e de marcas parceiras, como Starbucks e Nature’s Heart (chá).
É o modelo mais barato da lista, encontrado por R$ 400, em meados de novembro, nas lojas on-line consultadas.
Extrai o café com pressão de até 15 bares e potência de 1.340 W. Tem função de extração de bebidas frias.
Seu tanque de água comporta até 800 ml.
As caixinhas de cápsulas, que podem vir com, no mínimo, 6, 12 ou 16 unidades, custam em média R$ 28.
Tem garantia de 1 ano.
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3 Corações Passione
A Passione é uma cafeteira de cápsulas do Grupo 3 Corações.
Compacta, tem tanque de água de 650 ml. Ela é compatível com cápsulas da própria marca, que também produz unidades de “retrolavagem”: cápsulas que limpam a máquina automaticamente.
O cartucho com 10 unidades sai por volta de R$ 22.
Sua potência é de 1.260 W e o valor da pressão chega a até 15 bares.
Custava, em novembro, R$ 530 nas grandes lojas on-line. A garantia é de 1 ano.
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Nespresso Vertuo Next
A Vertuo Next, da Nespresso, funciona apenas com cápsulas da própria marca.
A fabricante não informa o valor da pressão; em vez disso, explica que, com o uso da tecnologia “centrifusion”, o café é extraído com uma infusão seguida de centrifugação, que se dá em até 4.000 rotações por minuto.
Seu tanque de água comporta 1,1 litro. A potência do aparelho é de 1.260 W.
Com apenas um botão de extração, o modelo trocou a possibilidade de personalização da bebida por praticidade. A cafeteira lê o código de barras das cápsulas e define automaticamente os parâmetros de extração.
As cápsulas Nespresso vêm em duas versões. As originais, que custam de R$ 2,80 a R$ 3,50, e as Vertuo, com valores de R$ 3,20 até R$ 6,50 por unidade.
Em novembro, seu preço era R$ 754, nas lojas on-line consultadas. A garantia é de 1 ano.
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No que prestar atenção na hora da compra
A PRESSÃO FAZ O ESPRESSO Pelo espresso ser uma bebida extraída sob pressão e temperatura altas, é importante ficar de olho na indicação de pressão das máquinas, designada pela unidade de medida bar (ou, no plural, bares).
“As máquinas profissionais (aquelas que são operadas manualmente) normalmente trabalham com 9 bares de pressão”, aponta Anderson Meirelles, barista e consultor em café.
“Já as máquinas domésticas trabalham com 15 bares, pois necessitam de mais pressão para extrair um café comparadas às profissionais, que têm bombas para manter a pressão necessária mesmo com menos bares”, completa ele.
VAPORIZADOR DE LEITE Alguns dos modelos que aceitam pó e grãos vêm equipados com vaporizadores de leite, para fazer outros tipos de bebida, como cappuccino.
Além do leite quente, o mecanismo também pode ser regulado para produzir espuma, em pouca ou grande quantidade.
“No caso de utilizar com frequência o bico vaporizador de leite, vale a pena verificar a potência mesmo. Uma máquina na faixa dos 1.800 W atende bem”, afirma o barista. “Se o foco for apenas extração de café, qualquer máquina de 15 bares de pressão vai atender superbem”, conclui.
“O mais importante é entender que uma máquina doméstica vai dividir a potência e a pressão entre extração de café e vaporização de leite. Normalmente, a máquina vai levar alguns segundos, talvez minutos, para ter pressão novamente entre um processo e outro.”
Por isso, é aconselhável considerar o quanto o vaporizador será usado antes de comprar para saber se a potência realmente fará diferença. Cada consumidor tem necessidades únicas.
CÁPSULAS X GRÃOS/PÓ A decisão deve pesar o nível de exigência com o sabor do café e também o poder de investimento, visto que as máquinas de pó ou grãos são bem mais caras que as de cápsulas.
“De maneira geral, quanto mais fresco (torrado a menos tempo) for o café, melhor será o resultado da bebida, pois ele oxida com certa velocidade. Nesse caso, as cafeteiras que possibilitam a moagem na hora do preparo já levam vantagem”, opina Meirelles.
Outro ponto positivo para essas máquinas — tanto de grãos como de pó — é a maior variedade de tipos de cafés de diferentes categorias e origem disponíveis para uso. Os cafés em cápsula são limitados aos sabores produzidos pelos fabricantes.
“No caso das cápsulas, o fator praticidade é o grande diferencial. Porém, a oferta de variedade real é menor”, conta o barista.
“E talvez o mais importante em termos gerais: a quantidade de lixo que o consumo de cápsulas gera é um problema que eliminamos quando preferimos cafés em grãos”, destaca Anderson Meirelles.
Esse problema vem sendo contornado com a inserção de cápsulas com embalagens biodegradáveis no mercado.
A própria Nestlé já anunciou para dezembro o lançamento da cafeteira Dolce Gusto Neo, com tecnologia de cápsulas compostáveis feitas de papel.
COM OU SEM MOEDOR INTEGRADO? O moedor integrado é uma grande vantagem no quesito espaço e praticidade, substituindo a ferramenta individual.
“O único problema é que, caso o moedor apresente algum problema que necessite manutenção, todo o conjunto terá que ir para o conserto”, diz Meirelles.
Mas não é essencial. Existe uma variedade de moedores, manuais e elétricos, disponíveis no mercado. O Guia já testou cinco modelos elétricos.
Muitas cafeterias que vendem seus cafés em grãos também se disponibilizam a moê-los na hora da compra (basta pedir ao barista).
Quanto à espessura de moagem do grão, quando feita manualmente, o melhor é seguir a recomendação do manual de instruções das máquinas. Algumas podem entupir com pó muito fino, enquanto outras precisam dele assim para extrair um bom espresso.
MANUTENÇÃO Nesse ponto, as cafeteiras de cápsulas têm vantagem, já que seu funcionamento envolve menos processos e, portanto, há menos chance de dar defeito.
Ainda assim, para garantir a durabilidade do aparelho, é necessário manter uma rotina de limpeza.
“O problema mais frequente é, com certo tempo, a máquina começar a ter dificuldade de extração, o que normalmente se resolve fazendo a descalcificação”, diz Meirelles.
“É um processo comum e necessário de tempos em tempos. Cada fabricante normalmente instrui de forma simples como deve ser realizado e oferece algum produto para tal.”
AUTOMÁTICAS X MANUAIS As cafeteiras manuais, também chamadas “profissionais”, são aquelas em que é possível regular manualmente a pressão e dosagem da água, do vapor, entre outros.
São recomendadas para quem quer personalizar absolutamente todo o processo, ou seja, costumam ser usadas em estabelecimentos comerciais por baristas profissionais. Podem, porém, demandar tempo para domínio total das funções.
A máquina automática faz todos os passos por você com um botão e é mais prática, embora não permita tanta personalização.
Na seleção acima, não há modelos manuais.
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