Como escolher drone para iniciantes

'Pipa' moderna requer registro na Anac se pesar mais do que 250 gramas, o que não é o caso dos mais básicos. Seleção traz modelos vão de brinquedo voador que faz piruetas aos com câmeras de alta resolução.

Por Henrique Martin, g1


Guia de compras: Drones — Foto: g1

Voar um drone para brincar de piloto e filmar e fotografar parece divertido, mas a escolha do produto pode ser um pouco complicada.

No geral, basta tirar da caixa, conectar o app de smartphone ao controle remoto e começar a se divertir. Isso porque as "pipas" tecnológicas que pesam 249 gramas ou menos podem ser compradas e voar por aí sem problemas, observando a segurança do piloto e das pessoas em volta.

Mas se o peso do drone for igual ou acima de 250 gramas, incluindo a bateria, o produto requer registro na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Afinal, ele passa a ser considerado um veículo aéreo não tripulado que pode causar acidentes e machucar pessoas e animais. Mas existem recursos, como limitação do GPS, altura máxima de voo e alcance do sinal de controle, que deixam a operação de drones mais segura.

Outros guias:

O Guia de Compras selecionou sete drones para quem quer iniciar na atividade, com preços que iam em abril dos R$ 300 a quase R$ 5.000. Leia, ao final da reportagem, mais dicas para a escolha correta.

DJI Mavic Mini 2 Fly — Foto: g1

O DJI Mavic Mini 2 é um modelo mais leve (249 gramas) que voa por até 31 minutos, com GPS integrado e câmera com resolução de 12 megapixels capaz de produzir vídeos em resolução 4K, além de fotos.

Seu alcance máximo é de 10km com visualização no app do smartphone.

DJI Mini 2: smartphone se conecta ao controle remoto e a câmera transmite em tempo real o que vê do alto ou de longe. — Foto: g1

O armazenamento das imagens é feito em cartões de memória. Nas lojas on-line, o drone era vendido por R$ 4.900 em abril – é o drone mais caro desta lista.

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DJI Tello — Foto: g1

Drone mais básico, o DJI Tello pesa somente 80 gramas com a bateria e pode ser controlado pelo aplicativo para celular, dispensando controle remoto.

O aparelho custava em torno de R$ 1.200 nas lojas on-line em abril, em um kit que vinha com três baterias na caixa.

O modelo tem autonomia de voo de 13 minutos, com distância máxima de 100 metros do piloto. Faz fotos de 5 megapixels e filma em resolução HD.

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Multilaser Fun LED — Foto: g1

O Multilaser Fun LED serve para quem procura começar a aprender a mexer com drones mas não quer gastar muito. O modelo saía por R$ 300 nas lojas on-line em abril.

O drone não tem câmera, mas acende luzes e faz piruetas. Sua autonomia de voo é de 7 minutos, e o dispositivo pesa 86 gramas com a bateria – o produto inclui o controle remoto para pilotar.

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Multilaser Fun ES253 — Foto: g1

O Multilaser Fun (ES253) também é um modelo para iniciantes, sem a iluminação LED integrada do outro drone da marca para esse público e também sem câmera.

O equipamento pesa 50 gramas, voa no máximo até 50 metros de distância e traz uma bateria que dura 6 minutos em média. Também vem com controle remoto na caixa.

Em abril, o drone era vendido por R$ 330 nas lojas da internet.

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Multilaser New Shark — Foto: g1

O Multilaser New Shark também é voltado a iniciantes, mas já vem com câmera integrada. O drone permite controle pelo smartphone e faz vídeos em resolução full HD e fotos em 0,9 megapixel. Seu peso é de 170 gramas.

A autonomia de voo é de 20 minutos e o drone vai até 80 metros de distância. Tem entrada para cartões de memória e um botão de emergência no controle remoto para pouso imediato.

O controle remoto se conecta ao smartphone e permite visão em tempo real do voo. Seu preço nas lojas on-line em abril era de R$ 800.

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Syma Z6 — Foto: g1

O Syma Z6 é um drone leve (210g) com duas câmeras e bastante autonomia de bateria, chegando a 30 minutos de voo e a uma distância de 350 metros do local de decolagem.

A câmera principal tem resolução 4K e uma segunda lente, posicionada na frente do drone, captura imagens em full HD.

O dispositivo tem recursos de seguir o piloto de forma automática, com controle por movimento da palma – se ativado, basta mexer a mão para dar "ordens" ao aparelho.

Nas lojas on-line, o Syma Z6 custava em torno de R$ 2.100 em abril.

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Syma X22SW — Foto: g1

Pesando 198 gramas, o Syma X22SW voa até seis minutos a uma distância de controle de 25 metros, sendo voltado a iniciantes.

Tem uma câmera de resolução 480p (a mais baixa entre os modelos da lista), mas não conta com GPS. Sincronizado com o smartphone, traz um recurso que permite desenhar na tela um caminho a ser percorrido de forma automática.

Nas lojas da internet, custava R$ 720 na segunda semana de abril.

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No que prestar atenção na hora da compra:

PESO: é a parte mais importante a levar em consideração. Com 249 gramas ou menos, incluindo a bateria, o aparelho pode ser usado por qualquer pessoa.

Com 250 gramas ou mais, com limite de 25kg, o drone precisa ser registrado na Anac.

O processo é feito online e imediato, de acordo com o site do governo brasileiro após o cadastro no Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (SISANT). A Anac também tem uma página para tirar dúvidas sobre drones.

Também é recomendável ver se o drone foi homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que verifica a segurança dos sistemas de transmissão sem fio dos drones.

FUNÇÃO: entender para que o drone será usado é outro fator para prestar atenção. "Os mais básicos são bons para aprender a voar, já que são mais leves e não têm câmera", comenta Geison Esteves, piloto de drone e fotógrafo aéreo.

Conforme os modelos evoluem em recursos e preço, aumentam a duração da bateria – que varia de 5 ou 6 minutos de voo até mais de 30 minutos, dependendo das condições meteorológicas – e as tecnologias embarcadas, como GPS, alcance do sinal do controle remoto e qualidade das câmeras.

SEGURANÇA: a Anac indica a operação de qualquer drones em áreas com no mínimo 30 metros de distância horizontal de outras pessoas. Os veículos não-tripulados precisam ser operados dentro da linha visual com limitação de 120 metros (400 pés) acima do nível do solo.

"Além disso, é bom ver se as hélices do drone estão protegidas para não enroscar em fios da rede elétrica, árvores e causar acidentes", diz Esteves. "E sempre prestar atenção ao voar em locais abertos para não perder o equipamento", conclui o piloto.

Fabricantes como DJI fornecem apps para celular, como o Virtual Flight, que servem para ajudar a preparar futuros pilotos. "É bom treinar o retorno para a base, pois facilita para mostrar como seria na vida real", comenta Geison Esteves.

O QUE O DRONE FAZ: modelos mais simples voam e fazem piruetas. Modelos mais avançados trazem GPS integrado para rastreamento – e até vêm com bloqueio geográfico de áreas sensíveis, como as que ficam perto de aeroportos.

O GPS também ajuda em recursos como o de "voltar para a base sozinho", que traz o drone de forma automática de volta ao local de decolagem se a bateria está fraca ou perdeu o sinal de comando.

Outros recursos tecnológicos presentes em alguns modelos incluem funções como a "headless"(que ajuda o piloto a se preocupar menos com a orientação do drone, tornando mais fácil pilotar o aparelho) e "hold altitude" (para manter a altitude).

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