Este guia foi originalmente publicado em janeiro de 2022, com três produtos – Apple, Huawei e Samsung, e foi atualizado em agosto com mais dois modelos da Amazfit e da Casio.
Um novo teste foi feito em novembro de 2022, só com produtos lançados neste ano; clique aqui para ler.
Usar um smartwatch apenas para se comunicar é um conceito dos quadrinhos antigos, das histórias do Dick Tracy. O conceito de relógio inteligente evoluiu e se tornou uma espécie de complemento e até mesmo substituto do celular em alguns casos.
Além disso, os smartwatches ajudam a cuidar da saúde.
O g1 testou cinco modelos dessa categoria de produto, com opções que acompanham atividades físicas, batimentos cardíacos e oxigenação do sangue. Tem aparelho até que diz quanto tem de água e músculo no corpo humano ao toque de dois botões.
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Os preços dos aparelhos, no começo de agosto, começavam na faixa dos R$ 1.100 e chegavam até mais de R$ 10.000, como o Apple Watch Série 7 mais caro, na versão de titânio.
Os testes incluíram uso diário dos relógios por 20 dias, incluindo caminhadas e corridas de duas a três vezes por semana.
Os modelos avaliados foram (leia mais sobre a seleção):
Vale notar que autoridades de Saúde e os próprios fabricantes alertam que os dados de monitoramento desses aparelhos não substituem acompanhamento médico.
Veja abaixo como cada um deles se saiu.
O Amazfit GTS 3 é um smartwatch com bons recursos de gerenciamento de saúde e uma ótima duração de bateria. O relógio tem uma tela de 1,75 polegada com uma coroa na lateral, para ajudar na navegação.
E é o relógio mais barato entre os modelos avaliados. Nas lojas on-line, o relógio era vendido por R$ 1.100 em agosto de 2022.
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O Amazfit GTS 3 usa o sistema proprietário Zepp, que se integra bem ao uso com Android, com controle de notificações e respostas – e tem até integração com a assistente virtual Alexa, da Amazon.
Também tem um assistente de voz próprio, que funciona em inglês e somente quando o relógio está desconectado do celular, para ativar funções do relógio.
O modelo tem resistência a água (até 50 metros) e vem com um menu de apps pré-instalados. Nesse quesito, lembra muito o modelo da Huawei.
Tem controle da câmera do celular, alarmes, bússola e até lanterna, mas não é possível instalar novos apps de terceiros. Ele se conecta ao smartphone apenas por Bluetooth, sem opções de Wi-Fi ou celular.
O design do relógio está mais para Apple Watch que um relógio convencional, em uma caixa de alumínio com bordas arredondadas.
Saúde e sono
O Amazfit GTS 3 consegue monitorar até 150 tipos distintos de exercícios – mas a lista inclui itens como bambolê, balanço, e-sports e até mesmo xadrez e damas. O que é um certo exagero.
Mas somente as atividades mais comuns – como corrida, caminhada, esteira, natação, remo, elíptico e ciclismo – são detectadas de forma automática.
O relógio usa um conceito chamado PAI para avaliar o desempenho nos esportes. É a sigla para Inteligência de Atividade Pessoal (Personal Activity Intelligence, em inglês), que dá uma nota de acordo com os batimentos cardíacos.
A marca diz que o indicado é manter o índice de 100 PAI nas medições que consideram os últimos sete dias de uso.
O smartwatch consegue medir batimentos cardíacos e oxigenação do sangue o tempo todo e, como o modelo da Huawei, também monitora o nível de volume de consumo de oxigênio durante o exercício (chamado VO2Max4), que indica o desempenho cardiorrespiratório.
Com isso, o relógio indica a capacidade do desempenho cardiorrespiratório (VO2MAX) de quem usa, o que é uma boa referência para avaliar mudanças e melhoria na performance esportiva.
E, por conta dessa medição, informa tempo de recuperação, a carga e os efeitos do treinamento, o que ajuda na medição do progresso dos exercícios.
Bateria
A bateria tem promessa de duração de 12 dias. Na prática, levou 10 dias para atingir 15% de carga. É um desempenho muito bom da bateria, muito similar ao do Huawei GT 2 Pro.
O Apple Watch Série 7 é um dos melhores smartwatches à venda, com um pacote completo de aplicativos e serviços, sensores de acompanhamento de saúde e um design simples e universal.
Mas tem uso restrito apenas ao iPhone, e isso limita um pouco as opções de quem quer comprar um aparelho desses. O relógio não sincroniza dados nem com um iPad.
Além disso, é o mais caro dos aparelhos avaliados. O teste foi feito com o modelo de 44mm com caixa verde de alumínio e pulseira esportiva na mesma cor, o mais “popular” da linha. Nas lojas on-line, essa versão do Apple Watch Série 7 era vendida por R$ 3.800 em agosto.
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Roda WatchOS 8 e se conecta ao iPhone em instantes por Bluetooth. Não tem cara de relógio tradicional, por conta do já famoso formato retangular.
E pode ser usado sozinho, sem o smartphone, nas versões com conectividade LTE integrada. Mas para isso é preciso ter um plano de celular pago à parte da linha telefônica.
Serviços como o Apple Music, de streaming, permitem download de músicas direto no smartwatch. Desse modo, dá para sair para fazer exercícios e ouvir música em fones sem fio - de qualquer marca – conectados ao relógio por Bluetooth.
A tela é grande (1,9 polegada) e simples de usar, com toques e gestos no display e comandos pela coroa digital (que lembra o comando de corda de relógios antigos, ao lado do aparelho) e pelo botão integrado.
Se o aplicativo para iPhone tiver versão para relógio – como Uber, por exemplo – é possível usar o app no dispositivo.
A Apple diz que o relógio usa um cristal reforçado contra rachaduras, e o modelo tem certificação de resistência a poeira (IP6X) e água (até 50 metros de profundidade).
As pulseiras são fáceis de trocar e tanto a Apple como fabricantes de acessórios oferecem inúmeras opções para modificar o visual da pulseira.
Da lista, é o smartwatch mais fácil de encontrar pulseiras avulsas – Huawei e Samsung dependem mais das ofertas do próprio fabricante.
Exercícios
Saia para ir ao mercado e ande dois quarteirões e o Apple Watch já acha que você está fazendo alguma atividade física.
O app Exercício tem 18 modos de treino, incluindo caminhada, corrida, ioga, HIIT, zumba, natação, entre outros. Basta escolher o seu e sair para se mexer. Acompanhe na tela do relógio o gasto calórico, o número de passos, distância percorrida e os batimentos cardíacos.
Uma coisa que a Apple explora muito bem no Apple Watch é a ideia de fazer seu dono se sentir motivado o dia todo, com círculos de atividade (movimento, exercício e ficar em pé).
A cada meta atingida em calorias, passos e horas em pé, o relógio mostra uma animação dando parabéns. E dá para comparar (e competir) com amigos e ver quem mais completa seus círculos de atividade.
Ao longo do tempo, o aplicativo Saúde no iPhone mostra todo seu histórico de uso, algo bom para acompanhar a evolução de resultados dos exercícios. Descobrir que em um dia você subiu mais de 25 andares morando em um sobrado pode ser uma surpresa interessante.
Sono e sensores
O relógio tem monitor de batimentos cardíacos capaz de realizar um eletrocardiograma (ECG) e indicar – com isenção de responsabilidade – que seu usuário está tendo uma arritmia, por exemplo, e dizer para ele procurar ajuda.
Além disso, ele também serve para medir oxigenação do sangue, algo importante em tempos de pandemia.
O smartwatch também tem uma função de monitoramento de sono bastante completa, com avisos para ir dormir e leves vibrações no pulso na hora de acordar. A medição de sono pareceu bastante correta com os horários e a sensação de descanso na manhã seguinte.
Uma funcionalidade muito útil é que o Apple Watch pode ser usado para desbloquear o iPhone caso seu dono esteja com máscara de proteção, sem precisar remover para ativar o reconhecimento facial ou digitar a senha na tela do celular.
Bateria
A bateria do Apple Watch Série 7 testado durou em média um dia e meio, fazendo exercício de 1 hora pela manhã e sem monitoramento de sono.
Com monitoramento de sono, a fabricante recomenda recarregar o smartwatch antes de deitar – o que muda um pouco a avaliação da carga durante o teste. Mas se for direto noite adentro, a bateria dura 1 dia longe da tomada.
Diz a Apple que oito minutos no carregador antes de deitar são suficientes para avaliar o sono durante a noite. De qualquer forma, o relógio precisa ir para a base enquanto seu dono prepara o café.
A recarga é feita em uma base sem fios conectada a um cabo USB e leva pouco mais de uma hora.
Outros recursos
A Apple oferece o serviço pago de assinatura Fitness+, que é uma espécie de academia de ginástica por streaming no iPhone, iPad e Apple TV.
Como o Apple Watch série 7 dá acesso gratuito ao serviço por três meses, deu para experimentar algumas aulas, que vão de 5 a 45 minutos de duração em 11 categorias distintas – incluindo meditação, pilates e ioga.
Porém as aulas são em inglês, com legendas em português. Mas vale para fazer caminhada com o príncipe William e outras celebridades que falam em um podcast especial.
O relógio Casio G-Shock GBD-H1000 é um híbrido que lembra mais um relógio tradicional do que um smartwatch como os demais deste teste.
O dispositivo se conecta ao smartphone, mas tem recursos mais limitados em comparação aos demais smartwatches– porém muito úteis, se usado apenas para corrida.
Em agosto, o relógio era vendido por R$ 4.000 nas lojas on-line.
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O G-Shock, à primeira vista, é um relógio convencional da marca, com um design exagerado: tela grande, protegida por muita borracha, bordas exageradas, feitas para chamar atenção.
A tela é de um relógio digital, sem sensibilidade ao toque. Traz informações em preto e branco e, para usar o modo de corrida, basta ativar o botão lateral esquerdo.
A tela traz iluminação noturna, também ativada por um dos botões – e que dura poucos segundos acesa. O modelo oferece resistência a água, até 200 metros de profundidade.
O relógio porém não roda nenhum aplicativo de terceiros e se conecta via Bluetooth ao smartphone. Porém sincroniza dados dos exercícios e mostra notificações de apps no telefone, como mensagens e aplicativos de transporte.
Exercícios
Para iniciar uma corrida, basta pressionar o botão esquerdo – e o relógio detecta o treino de forma automática.
Mas, diferente dos outros modelos avaliados, o relógio da Casio apenas monitora dois tipos de atividade física: a corrida ou caminhada
O relógio traz um GPS integrado e mede os batimentos cardíacos. Durante o treino, ele verifica seu tempo de volta (por distância e tempo), calorias gastas, inclinação, entre outros.
Vibra com determinadas metas de batimentos cardíacos e metas atingidas. Também informa o efeito do treinamento.
O dispositivo sincroniza dados com o smartphone usando o aplicativo Move, que mantém registros dos exercícios, traz o histórico de corridas e ajuda a criar programas de treinamento personalizados. É possível sincronizar os dados de exercícios com o app Strava.
Sono e sensores
O relógio da Casio não monitora sono, como seus concorrentes. Além do medidor de batimentos cardíacos, tem altímetro, barômetro e termômetro integrados.
Bateria
Entre os cinco modelos avaliados, o Casio tem uma coisa que nenhum dos demais têm: carregamento solar – basta deixar o relógio em um local iluminado que, aos poucos, ele vai se recarregando.
Mas também vem com um cabo USB que, conectado à parte traseira do relógio, realiza a tarefa por completo.
No geral, durante os testes, a bateria simplesmente não acabou – um recurso dos sonhos para qualquer outro smartwatch deste teste. Mas depois de ficar uma semana parado, a bateria aguentou uma hora de corrida e pediu recarga na volta para casa.
O Huawei Watch GT 2 Pro é um smartwatch excelente para exercícios e notificações, mas não espere muitos aplicativos integrados. Porém, a falta de apps é compensada pela bateria que dura até 15 dias (de 10 a 12, na realidade).
O teste foi feito com a única versão do Huawei Watch GT2 Pro à venda no Brasil, com caixa de titânio de 46mm e vidro de safira.
No começo de agosto, o Huawei Watch GT 2 Pro era vendido por um preço médio de R$ 2.600 nas principais lojas on-line.
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O smartwatch da Huawei usa um sistema operacional próprio (Lite OS) e, em comparação aos modelos da Apple e Samsung, é mais limitado na oferta de aplicativos.
O relógio traz na tela principal de 1,6 polegada os modos de exercícios/treinamento, monitoramento de oxigênio e batimentos cardíacos, estresse, previsão do tempo e controle de músicas.
O modelo pode ser usado embaixo d’água, em até 50 metros de profundidade, segundo a marca.
Não tem um menu de aplicativos como os concorrentes. Mas tem notificações de apps selecionados no telefone – não dá para pedir um carro por aplicativo, por exemplo.
Sua conectividade é apenas por Bluetooth, sem ter uma opção com Wi-Fi ou rede celular. O design do aparelho é bastante clássico, com jeito de relógio de pulso convencional, com uma tela redonda e botões laterais.
Algo interessante é que o relógio traz um armazenamento interno de 4 GB para guardar músicas, transferidas da coleção pessoal do dono do smartphone em formato MP3 para o dispositivo.
Mas também o recurso interno de controle de músicas funciona integrado com o aplicativo de streaming em uso no celular, permitindo avançar, pausar e adiantar faixas.
Exercícios
Como nos concorrentes, o Huawei Watch GT 2 Pro detecta exercícios de forma automática.
Mas, se for preciso, dá para escolher entre mais de 100 tipos de atividades físicas que o smartwatch consegue monitorar. De caminhadas até um professor de golfe e monitor de esqui e snowboard.
É um pacote bastante completo, que também inclui dez trajetos de corrida com guia por voz (em inglês). Para quem nunca correu na vida e quiser tentar com um personal trainer digital, ele funciona muito bem nessa função.
A Huawei segue o formato do Apple Watch de incentivos de movimento, ainda que de forma mais discreta. Aqui o registro de atividades se torna um semicírculo na tela do relógio, mas com menos fanfarra que o modelo da Apple.
O aplicativo Saúde, instalado no celular, mantém os registros dos exercícios com bastante detalhe. Ao final de uma corrida, por exemplo, ele mostra todo o trajeto em mapa, volta mais rápida, elevação e vai um pouco além dos concorrentes.
Sono e sensores
Além de medir oxigenação do sangue e batimentos cardíacos (sem capacidade de realizar eletrocardiograma), o Huawei Watch GT 2 Pro avalia o volume de consumo de oxigênio durante o exercício (chamado VO2Max4).
Com isso, o relógio indica a capacidade do desempenho cardiorrespiratório de quem usa, o que é uma boa referência para avaliar mudanças e melhoria na performance esportiva.
O Watch GT 2 Pro também mostra efeitos de treinamento e informa se o desempenho melhorou em comparação à última atividade e qual foi a intensidade do exercício no dia. Até mesmo diz quanto tempo é preciso dar de pausa entre um treino e outro.
O relógio da Huawei mede o sono também, e dá sugestões para descansar melhor. Nos testes, as medições foram corretas com o tempo de sono medido.
E o modelo traz ainda um barômetro integrado, que avisa se a pressão do ar mudou de repente. A ideia é alertar contra tempestades repentinas em atividades externas. O GPS também fica alerta caso o dono se perca – o parque da Independência, em São Paulo, não é tão grande para ativar e testar o recurso.
Bateria
Em comparação ao Apple Watch Série 7 e ao Samsung Galaxy Watch4 Classic, a bateria do Huawei Watch GT 2 Pro é um monstro, com promessa de ficar até 15 dias longe da tomada.
Na prática, é quase isso – nos testes, chegou a 12 dias para atingir 19% de capacidade de carga.
O relógio vem com uma base sem fios conectada a um cabo USB-C. Segundo a fabricante, cinco minutos de recarga permitem até dez horas adicionais de uso.
O carregamento também pode ser feito usando o recurso de carga reversa sem fios, presente em smartphones da própria Huawei (indisponíveis no Brasil) e da Samsung, como o Galaxy S22 Ultra.
O Samsung Galaxy Watch4 Classic é a melhor opção de smartwatch para quem tem um celular com Android. Como o Apple Watch, traz muitos aplicativos e até mais sensores, e seu design é um pouco mais parecido com um relógio tradicional.
O teste do smartwatch foi feito com o modelo na versão de 42 mm com conectividade Bluetooth. A fabricante ainda oferece o relógio com caixa de 46mm e, em ambos os tamanhos, com conexão LTE/celular.
Na primeira semana de agosto, a versão avaliada custava na faixa de R$ 1.800 nas principais lojas on-line.
A Samsung também vende o mesmo smartwatch com outro design, sob o nome Galaxy Watch4 e com caixas de 40mm e 44mm. Dá para dizer que é a "versão esportiva” do relógio.
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O Samsung Galaxy Watch4 Classic roda o sistema operacional WearOS, do Google. Sua conexão ao celular é feita pelo aplicativo Galaxy Wearable, disponível para Android e iPhone.
A tela de 1,2 polegada – a menor entre os aparelhos avaliados – tem uma coroa giratória ao seu redor que permite alternar entre “blocos” com atalhos dos aplicativos sem precisar tocar no pequeno display.
Entre os blocos estão as atividades físicas, notificações, medição de stress, batimentos cardíacos, eletrocardiograma, calendário e o que mais for necessário.
Um menu principal mostra os aplicativos pré-instalados, a maioria da própria Samsung. Dá até para ler e interagir com e-mails do Outlook, por exemplo. Novos apps podem ser baixados direto da Google Play Store no smartphone ou no relógio.
Dois botões laterais e a própria tela sensível ao toque ajudam a comandar o smartwatch, que tem proteção contra água, podendo ser usado em até 50 metros de profundidade, segundo a Samsung.
Exercícios
O Galaxy Watch4 Classic passou a sensação de que detecta exercícios sozinho de forma mais rápida que seus concorrentes.
O modelo é compatível com mais de 90 exercícios e aqui o círculo de atividades dos competidores se torna em um coração de atividades.
No primeiro teste de caminhada/corrida com o relógio, um pequeno susto: a distância estava em milhas, não em metros.
No smartphone, o aplicativo Samsung Health é a central de sincronização de dados de saúde, concentrando toda informação.
Tem um modo de competição com amigos/contatos também – o desafio mensal de passos (10.000) é divertido de acompanhar.
Além dos dados coletados pelo relógio, o Samsung Health também captura dados obtidos pelo smartphone (como passos) e até mesmo sono sem usar o relógio.
O smartphone com o app, independente da marca, “entende" que, quando o celular não é mais usado após um determinado horário, seu dono está dormindo.
Ainda é possível registrar consumo de água e refeições no Samsung Health, de forma manual.
Sono e sensores
O Samsung Galaxy Watch4 dá alguns passos além da concorrência nessa categoria.
Além de medir batimentos cardíacos, fazer eletrocardiograma (ECG) e avaliar oxigenação do sangue, o relógio mede pressão arterial (que precisa de calibração com um medidor tradicional) e a composição corporal.
Tanto pressão arterial como ECG requerem um download adicional no celular do aplicativo Samsung Health Monitor.
A composição corporal, também chamada de análise de impedância, mede e informa a porcentagem de gordura corporal, massa muscular e até a quantidade de água no corpo. Os dados servem para ajudar a acompanhar a evolução do condicionamento físico.
A medição de sono – que se mostrou bastante incorreta nas primeiras noites de uso – traz uma pequena vantagem: ela mede o ronco do dorminhoco, que (óbvio) não está roncando naquele momento.
Basta ativar o modo dormir no relógio e ficar com o smartphone ao lado da cama. No dia seguinte, a gravação de ruídos (roncos ou não) está à disposição no telefone.
Bateria
A bateria do Samsung Galaxy Watch4 é comparável à do Apple Watch Série 7, chegando a 1 dia e meio e até mesmo dois (em um dia sem muita atividade). Com monitoramento de sono, é preciso recarregar na manhã seguinte para aguentar o dia.
A carga é feita com uma base sem fios com cabo USB integrado. Para uma carga completa, o relógio leva em torno de uma hora na base.
Conclusão
O MELHOR PARA CADA SISTEMA: Na dúvida, a escolha mais simples é a mais correta – mesmo diante de mais dois concorrentes. Para quem tem iPhone, o Apple Watch Série 7 é a melhor opção.
Para Android, o Samsung Galaxy Watch4 Classic é o melhor disponível hoje nas lojas. O Amazfit GTS 3 é uma opção econômica para donos de Android, porém.
Apesar de funcionar com Android e iPhone, os modelos da Amazfit, da Samsung e o da Huawei têm recursos limitados quando são usados com um iPhone.
MÚSICA DE PULSO Tanto o modelo da Apple quanto o da Samsung permitem baixar músicas de serviços de streaming pagos - Apple Music, Tidal, Spotify no Watch Série 7, YouTube Music e Spotify no Samsung.
Mas, se ainda tem arquivos MP3 (ou podcasts nesse formato) no computador ou smartphone, dá para transferir para o smartwatch da Samsung (que tem 16 GB de armazenamento interno) ou da Huawei (só 4 GB, mas já ajuda).
Desse modo dá para sair para correr sem levar o smartphone, já que todos têm conectividade Bluetooth para uso com fones sem fio – basta ser compatível com o padrão.
O "PROFESSOR": O modo de treinos com guia do Huawei Watch GT 2 Pro é excelente para quem nunca correu na vida. Vai aos poucos, corre um tanto, anda um outro tanto para descansar, em módulos rápidos.
CÉREBRO: O Samsung Galaxy Watch4, pelo número maior de sensores, merece destaque por medir tanta coisa junta, incluindo pressão arterial.
CARTEIRA: Apple Watch Série 7 e Galaxy Watch4 funcionam como carteiras digitais, permitindo pagar por aproximação em lojas e restaurantes. O modelo da Apple usa a plataforma Apple Pay e o concorrente, a Samsung Pay – verifique com o banco se os cartões de débito/crédito são compatíveis.
HORA DE DORMIR: Usar um relógio inteligente para medir a qualidade do sono é um recurso interessante, com um pequeno contratempo: leva tempo para se acostumar a ir para a cama com um smartwatch no pulso. Dá impressão de que vai apertar durante a noite e... estragar o resultado.
Como foram selecionados os produtos
O g1 selecionou os modelos de smartwatch com GPS integrado para uso geral disponíveis de forma oficial no Brasil.
Modelos voltados para esportistas profissionais, de marcas como Garmin e Polar, foram deixados de lado. A Xiaomi não tinha um Mi Watch disponível para envio.
Todos os aparelhos recebidos foram devolvidos aos fabricantes.
O Apple Watch Série 7 foi usado em conjunto com um iPhone 13 para a avaliação. Os modelos da Amazfit, Casio, Huawei e da Samsung foram sincronizados com um smartphone Galaxy S10+, da Samsung.
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