Comprar um aparelho de ar-condicionado para refrescar a casa ou o escritório no calor é uma boa ideia. Mas, diferente dos modelos de ar-condicionado portátil, é preciso primeiro descobrir o valor certo em BTUs (unidade de potência que o aparelho atinge por hora para resfriar o ambiente), para não "faltar" ou "sobrar" frio no local de instalação.
Para isso, o mais indicado é confirmar com um profissional especializado, que pode ser indicado pelo fabricante do produto, se o modelo desejado é a melhor escolha.
Esse técnico também vai cuidar da instalação do ar-condicionado, que requer especialização para furar as paredes da casa, passar as tubulações e realizar o procedimento de forma correta.
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Também é bom prestar atenção na avaliação de consumo fornecida pela Procel e pelo Inmetro e escolher um aparelho na categoria A, que tem maior eficiência energética.
No caso dos condomínios, também vale checar com o zelador e a administração se a rede elétrica do prédio comporta um equipamento desses, que gasta mais energia.
Alguns edifícios não permitem nenhum tipo de ar-condicionado, que precisa de um local específico para instalar o condensador – aquela parte externa que fica exposta nas varandas. A parte do split, interna, requer apenas a furação das paredes e da tubulação que o liga ao condensador.
O g1 selecionou dez modelos de ar-condicionado de diversos tipos. Veja na lista a seguir e, no final da reportagem, entenda as diferenças entre os tipos de aparelho e as dicas para fazer a melhor escolha.
Os preços dos aparelhos, consultados nas principais lojas on-line na última semana de dezembro, variavam entre R$ 1.500 e R$ 6.000, dependendo do modelo.
O modelo split da Agratto, que apenas esfria o ambiente, tem versões de 9.000 a 22.000 BTUs (unidade de potência que o aparelho atinge por hora para resfriar o ambiente) com classificação A do Procel.
O aparelho usa gás do tipo R410A (o mais comum nesse tipo de equipamento) e traz um sistema de filtros integrado. Segundo a fabricante, os tubos utilizados são produzidos em cobre.
Na última semana de dezembro, o modelo de 9.000 BTUs custava em média R$ 1.500 nas principais lojas on-line.
🛒 Onde comprar o produto:
Ar-condicionado do tipo janela, o modelo da Consul é o único desta lista a ter uma versão 110V, além da 220V. Tem 7.500 BTUs de potência.
Seu painel é do tipo eletrônico e pode ser desligado à noite, para facilitar o sono. Segundo a fabricante, a parte frontal é removível para limpeza do filtro.
A marca não indica o gás utilizado no produto, que também tem versões com 10.000 e 12.000 BTUs e uma outra com compressor do tipo inverter, que ajuda a economizar energia.
No final de dezembro, o aparelho de 7.500 BTUs saía por R$ 1.300 nas lojas on-line.
🛒 Onde comprar o produto:
O aparelho split inverter da Electrolux conta com classificação A do Procel, com promessa de economizar até 70% do consumo de energia em relação a aparelhos convencionais.
O modelo tem 22.000 BTUs e também é capaz de aquecer o ambiente, além de esfriar. O ar-condicionado tem filtro triplo (bactérias, odores e poeira).
Segundo a fabricante, o ar-condicionado usa serpentina de cobre e gás R410A, com acabamento em chassi inoxidável na condensadora para maior durabilidade.
O produto custava em torno de R$ 4.000 nas lojas on-line na última semana de dezembro.
🛒 Onde comprar o produto:
Modelo do tipo piso-teto, o ar-condicionado da Elgin pode ser instalado em pé, no chão, e na horizontal, no teto do ambiente. A fabricante oferece versões de 24.000 a 80.000 BTUs.
No fim de dezembro, o modelo de 30.000 BTUs era vendido por R$ 6.000, em média, nas principais lojas on-line.
O ar-condicionado usa gás refrigerante R410A e tem serpentina de cobre – porém a fabricante informa que alguns modelos usam serpentina de alumínio, tendo o uso de cobre como opcional. Sua classificação no Procel é do tipo A.
🛒 Onde comprar o produto:
O ar-condicionado do tipo split inverter da Gree tem versões de 9.000, 12.000, 18.000, 24.000 e 33.000 BTUs.
Segundo a fabricante, o aparelho conta com gás refrigerante R410A, serpentina em cobre e proteção anti-corrosão no condensador.
O uso do compressor inverter, diz a companhia, reduz em até 65% o consumo de energia. O produto tem classificação A do Procel.
O modelo de 9.000 BTUs era vendido por R$ 2.600 nas lojas on-line na última semana de dezembro.
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Com funções de esfriar e também aquecer o ambiente, o ar-condicionado da LG é do tipo split dual inverter.
Diz a LG que, com essa tecnologia dupla no compressor, a economia de energia é de até 70% e o ambiente fica frio até 40% mais rápido. A classificação energética pelo Procel é A.
O ar-condicionado conta com gás refrigerante R410A, serpentina de cobre e conexão wi-fi para uso com assistentes digitais como Amazon Alexa e Google Assistente.
O modelo de 12.000 BTUs era vendido nas lojas on-line na média de R$ 3.000 nos últimos dias de dezembro. A fabricante tem versões também com potência de 9.000, 18.000, 24.000 e 36.000 BTUs.
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Com 9.000 BTUs de potência, o ar-condicionado split inverter da Philco funciona em modos quente e frio.
O aparelho permite a instalação de opcionais vendidos à parte, como um kit de proteção antiviral – com filtro e ionizador de ar – e outro para adicionar conectividade wi-fi e controlar por assistentes digitais.
Segundo a fabricante, a classificação energética é do tipo A e o aparelho utiliza serpentina de cobre e gás R410A em sua tubulação.
No final de dezembro, o ar-condicionado era vendido por R$ 2.000 nas lojas da internet.
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O ar-condicionado split inverter da Samsung promete resfriar o ambiente sem gerar vento, por conta de pequenos buracos na saída de ar.
O modelo, com versões de 9.000 a 21.500 BTUs, traz filtro antibacteriano lavável e promete uma economia de energia de até 77%.
A Samsung diz que o ar-condicionado tem serpentina de cobre, classificação A do Procel e usa gás R410A.
Na última semana de dezembro, o aparelho de 9.000 BTUs era vendido por R$ 2.200 nas lojas on-line.
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O ar-condicionado do tipo split inverter da Springer Midea vem em versões que vão de 9.000, 12.000 e 18.000 BTUs.
O aparelho tem classificação A do Procel, usa gás refrigerante R410A e vem com serpentina de cobre.
Segundo a fabricante, o modelo conta ainda com filtro triplo e ionizador de ar, com função de autolimpeza. Como opcional, a Midea tem um kit para conexão wi-fi.
Nas lojas on-line em dezembro, a versão de 9.000 BTUs era vendida por R$ 2.000.
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O aparelho split inverter da família Elite Series é oferecido em versões de 9.000 a 24.000 BTUs, com filtro de carvão ativado e promessa de economia de energia de até 75%.
O ar-condicionado usa gás R410A, vem com serpentina de cobre e recurso de refrigeração rápida do ambiente.
O modelo inverter de 24.000 BTUs era vendido em dezembro na faixa dos R$ 4.300 nas lojas on-line.
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Entenda a diferença entre os modelos
JANELA: é o modelo de ar-condicionado mais básico e conhecido, com uma peça única que deve ser instalada no topo de uma janela/parede por conta da circulação de ar.
São os únicos aparelhos que permitem troca de ar interno com externo. E por terem o compressor integrado, costumam ser um pouco mais barulhentos que os outros tipos de ar-condicionado.
O ar-condicionado de janela também tem versões com compressor do tipo inverter, que é mais econômico e silencioso.
SPLIT: é o aparelho que se divide em duas peças – a condensadora, que deve ficar em uma varanda ou área externado local a ser instalado, e a evaporadora, que fica do lado de dentro do ambiente a ser refrigerado.
Por conta da divisão em dois, a parte mais ruidosa, o condensador, fica fora de casa e o split costuma ser mais silencioso. São interligados por canos ou canaletas.
Existem ainda modelos multi-split, com uma única condensadora externa e até seis evaporadoras internas, permitindo refrigerar diversos locais distintos dentro de casa.
SPLIT INVERTER: são os modelos split que usam um compressor do tipo inverter ou dual inverter, que costuma ser ainda mais silencioso e que oferece maior economia/eficiência energética. O inverter ajuda a evitar o liga-desliga do compressor durante o uso.
PISO-TETO: é um modelo parecido com o split, mas que pode ser instalado na vertical (no piso) e na horizontal (teto). Sua indicação é para locais com pé direito mais alto e ambientes amplos e, por conta disso, é mais popular para uso comercial.
CASSETE: Com instalação direto no teto do ambiente, é mais discreto e potente. Seu uso também é indicado para escolas e empresas.
No que prestar atenção na hora da compra:
VEJA A POTÊNCIA: BTU é a unidade de medida de potência que um ar-condicionado pode atingir. Quanto mais BTUs por hora, mais refrigeração.
Mas o valor correto depende do tamanho do espaço em que o aparelho será instalado.
Em casa, um quarto de até 9 metros quadrados precisa de um ar-condicionado de 7.000 BTUs. Um de 15 metros quadrados, 9.000 BTUs.
No geral, os modelos domésticos costumam ir de 7.000 BTUs a 36.000 BTUs ou mais, dependendo do tipo de aparelho – e quanto maior a potência, mais caro o aparelho.
Os fabricantes e lojas on-line costumam fornecer tabelas e até mesmo calculadoras com os dados para checar quantos BTUs são necessários no ambiente.
Mas essas calculadoras servem apenas de referência para ter uma ideia do gasto apenas com o aparelho.
A avaliação da carga térmica – a capacidade de mudança de temperatura de um ambiente – deve ser feita com ajuda de técnicos e profissionais especializados em ar-condicionado.
“Existe um padrão para capacidade em BTUs por hora por metragem quadrada”, diz Eduardo Oliveira, especialista em ar-condicionado.
Porém uma sala com face norte em São Paulo pode ter uma carga térmica diferente de uma sala com o mesmo tamanho em Fortaleza, por exemplo.
“Sol da manhã ou o tamanho da janela influem nesse valor”, explica o especialista. “E por isso é importante ter auxílio para dimensionar."
PEÇA AJUDA PROFISSIONAL: A escolha e instalação de um aparelho de ar-condicionado requer ajuda profissional. “A maioria dos fabricantes tem instaladores técnicos credenciados”, explica Oliveira.
“Porém, independentemente do valor e da marca comprada, o que faz a diferença é ter um dimensionamento correto do local a ser instalado e também a técnica de instalação”, diz o especialista.
A parte técnica inclui o uso de uma bomba a vácuo na instalação para desidratar a tubulação do ar-condicionado (no termo técnico, linhas frigorígenas). Isso garante que o compressor não tenha umidade quando o gás/fluido refrigerador for liberado dentro do equipamento.
“Sem isso, o sistema interno pode se tornar um ambiente ácido e corrosivo para as peças, incluindo o compressor”, comenta Oliveira. “E isso pode levar a uma perda precoce do equipamento”, afirma.
Vale notar que a parte elétrica do local a ser instalado também precisa ser ajustada para suportar o ar-condicionado. Poucos modelos de janela são 110V e a maioria dos aparelhos do tipo split e piso-teto só tem versões em 220V.
A INSTALAÇÃO É PAGA À PARTE: O processo de instalar um ar-condicionado, independente do modelo, também requer um profissional que é pago à parte.
“Dependendo do equipamento, o valor da instalação pode custar até 60% do preço do ar-condicionado”, explica Oliveira.
OLHA O GÁS: outro item para prestar a atenção é o tipo de gás (ou fluido) refrigerante utilizado no ar-condicionado portátil. A maioria dos fabricantes usa o R410A, oferecido como mais ecológico e que não agride a camada de ozônio – mas pode contribuir para o efeito estufa, de acordo com o especialista Oliveira.
Modelos mais novos já usam o fluido climatizador R32, que não agride a camada de ozônio nem contribui para o efeito estufa.
O MATERIAL USADO: O ideal é que o aparelho de ar-condicionado tenha uma serpentina interna feita em cobre, que tem maior vida útil.
Alguns fabricantes adotam materiais como alumínio, o que reduz o custo, mas pode criar uma reação interna que reduz o tempo de uso do equipamento.
E O SELO TAMBÉM: Aparelhos com a classificação A feita pelo Inmetro e pela Procel têm melhor eficiência energética e são mais econômicos – o que ajuda a economizar na conta de luz no final do mês.
Nem todos os fabricantes destacam essa informação em seus sites.
FUNÇÕES: No geral, aparelhos de ar-condicionado refrigeram o ambiente, ventilam (como um climatizador/ventilador convencional) e removem a umidade do local.
Alguns aparelhos também oferecem o recurso de esquentar o ar no inverno. E outros também oferecem a opção de filtrar o ar do ambiente, removendo poeira, cheiros e bactérias/mofo do local.
Modelos mais novos podem ter conexão wi-fi integrada e ser comandados por assistentes digitais como Google Assistente e Amazon Alexa em uma casa conectada.
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