Três candidatos já formados e com o desejo em comum de cursar mais uma graduação também chamaram atenção no primeiro dia de prova do Enem em Vitória. Um deles, o servidor público aposentado Paulo Sérgio, de 64 anos, já fez Direito em 1987 e Comércio Exterior em 2003 e agora quer fazer Letras. Paulo já cursou Letras na Ufes, mas segundo ele, foi jubilado (perdeu a vaga) em 2021 quando perdeu os prazos para trancar o curso.
"Eu não tenho mais nada pra fazer na vida a não ser conhecimento. Eu tenho fome de saber. Enquanto eu estiver vivo e puder fazer isso para testar, está bom. É sempre bom ter um diploma, ele agrega valor no conhecimento. Conhecimento nunca é demais. Por isso que eu sempre digo pra garotada, estudem", disse o candidato.
A professora universitária de psicologia e pedagogia e doutora em educação pela Ufes, Larissy Alves, de 52 anos, é mineira e mora no Espírito Santo há 13 anos. Neste domingo ela fez o Enem para acompanhar a filha, de 18 anos, e porque quer cursar Letras - Língua Portuguesa.
“Achei a prova muito bem escrita, vários teóricos que eu já conhecia: Paulo Freire, Carolina de Jesus, a prova tava show de bola. Meu primeiro vestibular na vida foi em 89. É muito diferente”, disse Larrisy.
O artista plástico Dejair Paulo da Silva, de 47 anos também é mineiro e mora em Vitória. Formado em Artes Plásticas pela Ufes na década de 90, ele contou que essa é a primeira vez que faz o Enem e agora quer fazer o curso de Música ou de Audiovisual.
Este ano, 73.739 pessoas vão fazer a prova no Espírito Santo, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
*Com informações de Vitor Gregório e Leiriane Santana, alunos do 26º Curso de Residência em Jornalismo.