Veja cinco situações em que o Open Banking pode ser útil no seu dia a dia

Novo sistema permite que consumidores se relacionem de forma fácil com diferentes instituições financeiras, aproveitando as melhores ofertas.

Por SICREDI


Imagem Sicredi — Foto: Shutterstock

Depois do Pix, mais uma novidade que favorece o consumidor vem permeando o mercado financeiro: o open banking, também chamado de Open Finance. O sistema, que já virou fenômeno mundial, está ganhando espaço também no Brasil e deve provocar uma transformação marcante no mercado financeiro.

O open banking é um sistema que possibilita que os dados e o histórico financeiro de uma pessoa (informações de conta corrente, cartão de crédito, investimentos, etc) dos últimos 12 meses sejam compartilhados com instituições financeiras das quais ela não é cliente. Basicamente, a plataforma vem para mudar toda a dinâmica do jogo e simplificar ainda mais o acesso aos serviços bancários, pois possibilita que, caso queiram, as pessoas recebam ofertas de diferentes instituições financeiras.

A ideia por trás do termo é que o usuário tenha mais autonomia sobre seus dados financeiros, podendo escolher os produtos e serviços que mais lhe agradam. Hoje, por exemplo, o correntista é dependente da instituição onde possui conta bancária e está limitado aos produtos, serviços e taxas oferecidas por ela. Além disso, se quiser trocar de banco, todo o histórico financeiro e os possíveis benefícios que possui por ter sido um bom cliente irão se perder para que um novo relacionamento comece do zero, o que dificulta a obtenção de crédito, por exemplo.

O open banking dá fim a essas limitações. O sistema permite que todos possam ter acesso a opções de produtos e serviços oferecidos por diferentes bancos ao mesmo tempo - sem que, para isso, um vínculo tenha que ser firmado. A pessoa, no caso, não precisa ser correntista de determinada instituição para solicitar uma análise de crédito. Basta, apenas, que autorize o compartilhamento de suas informações financeiras para que receba uma proposta e possa avaliar iniciar um novo relacionamento.

O compartilhamento desses dados, no entanto, funciona mediante o consentimento do cliente. É ele quem decide quais dados serão compartilhados, com quem e por quanto tempo. Ou seja: os bancos com os quais ele não possui relação só terão acesso a tais informações caso a própria pessoa solicite expressamente essa transmissão.

É quase como se o consumidor construísse o seu próprio banco ideal. Ele poderá, por exemplo, manter sua conta corrente no banco onde já é cliente, mas avaliar um cartão de crédito em outro lugar, condições de crédito em uma terceira instituição e investimentos em uma quarta. Com isso, além de aumentar a concorrência no mercado financeiro, o consumidor tem mais autonomia e facilidade para acessar as melhores condições.

“Com o open banking, a pessoa assume o protagonismo de seus dados bancários. Se, antes, quem controlava esses dados era o banco, agora o cenário mudou. O usuário é dono dos seus próprios dados, decide o que fazer com eles e passa a ter maior poder de escolha”, explica o especialista em open banking e inovação no Sicredi, Patrick Duarte.

Segundo Patrick, essa nova sistemática coloca o indivíduo no centro de uma estratégia que vai ao encontro de suas necessidades, buscando satisfazer o que ele precisa e no momento que precisa. Essa autonomia, no entanto, vai exigir uma contrapartida: a educação financeira. Afinal, a pessoa só vai conseguir aproveitar as melhores ofertas disponíveis do mercado se tiver um certo conhecimento ou organização financeira para isso.

“O open banking pode se revelar como um poderoso instrumento para incentivar o consumidor a se tornar mais ativo em relação a suas finanças”, diz o especialista do Sicredi.

O fato é que o open banking pode ser útil em diversas situações do dia a dia. Veja alguns exemplos práticos.

1. Abrir conta em nova instituição financeira

Com o open banking, você já iniciará o relacionamento com uma nova instituição financeira sem tanto sofrimento. O sistema vai permitir, por exemplo, que a instituição escolhida possa ter acesso ao seu perfil de consumidor e, com base no seu histórico, fazer ofertas de seus produtos e serviços, como se você já fosse um cliente antigo.

2. Aumentar o limite do cartão de crédito

O open banking também evita que você tenha que ficar preso às amarras do banco a qual está vinculado, caso queira aumentar o limite do cartão de crédito. Ao pedir o compartilhamento dos seus dados de uso do cartão, a instituição de interesse vai poder conhecer melhor o seu perfil. E, com isso, vir a lhe oferecer um limite mais adequado para a sua realidade, diferente de um relacionamento que começa do zero.

3. Contratar capital de giro

Mas não é só o histórico da conta e os dados de uso do cartão de crédito que poderão ser compartilhados. Todos os dados relativos a movimentações financeiras e créditos que você tiver com qualquer instituição financeira vai servir também para lhe dar acesso a melhores opções de capital de giro. Ao conhecer esse fluxo, o banco receptor poderá realizar ofertas de limites e taxas mais personalizadas e adequadas ao seu perfil, por exemplo.

4. Contratar consignado e outros tipos de crédito pessoal

Também é possível pedir empréstimo por meio do compartilhamento possibilitado pelo open banking. Ao ter acesso aos seus dados de cadastro e créditos, a instituição bancária receptora conhecerá melhor o seu perfil, a margem salarial disponível e os empregadores que lhe oferecem consignação. Com base nisso, ela poderá lhe fazer ofertas de crédito consignado adequadas às suas necessidades e em condições muito mais vantajosas. A mesma dinâmica também se aplica a outros tipos de crédito pessoal.

5. Controlar diferentes contas bancárias em um só aplicativo

O open banking, em si, não é um aplicativo. Ele é o sistema que possibilita o compartilhamento de dados e informações de cada cliente com diferentes instituições de maneira segura e padronizada. Mesmo tendo relações com diversas instituições, você poderá concentrar a gestão de suas finanças em um único aplicativo, criando uma visão unificada de sua vida financeira.

A proposta do open banking, portanto, é bem clara: o sistema quer deixar claro que o histórico financeiro é de propriedade do próprio cidadão – e não do banco ao qual ele está vinculado.

O Sicredi concorda com isso e vem se engajando voluntariamente na implementação completa do open banking. Afinal, a instituição financeira cooperativa que já é vanguarda no processo de inovação no mercado financeiro não poderia ficar de fora desse novo fenômeno que está chegando no país.

Acesse a página do Sicredi sobre o tema e saiba mais: https://www.sicredi.com.br/site/open-finance/