Brasil segue com o 2º maior juro real do mundo após novo corte da Selic; veja ranking

País deixou a liderança em dezembro, quando foi superado pelo México em levantamento do MoneYou. A Argentina, que enfrenta uma inflação altíssima, ocupa a última posição.

Por André Catto, g1


Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira

O Brasil continua a ter o segundo maior juro real do mundo após novo corte da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.

O Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (20) reduzir a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), para 10,75% ao ano. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram agora em 5,90%. O líder é o México, com taxa real de 7,46%.

Na última divulgação, em 31 de dezembro, o Brasil já ocupava a segunda colocação da lista. A combinação de inflação menor e cenário externo positivo ajudou no fechamento de uma taxa real de juros mais baixa, informou o MoneYou.

A Argentina ficou em último lugar no ranking. Apesar de ter as taxas nominais mais altas da lista, de 80% ao ano (veja mais abaixo), o país também enfrenta um quadro de inflação altíssima, o que acaba derrubando as taxas reais.

Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.

Veja mais

Sexto corte seguido de juros

Nesta quarta-feira, o Copom anunciou um novo corte da taxa básica de juros, de 0,50 p.p.. Com a redução, a Selic ficou em 10,75% ao ano.

Esse foi o sexto corte consecutivo da taxa básica por parte do colegiado, após a Selic ter se mantido em 13,75% ao ano por cerca de um ano.

Juros nominais

Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira caiu para a 6ª posição. Veja abaixo:

  1. Argentina: 80%
  2. Turquia: 45%
  3. Rússia: 16%
  4. Colômbia: 12,75%
  5. México: 11,25%
  6. Brasil: 10,75%
  7. Hungria: 9%
  8. África do Sul: 8,25%
  9. Chile: 7,25%
  10. Filipinas: 6,50%
  11. Índia: 6,50%
  12. República Checa: 6,25%
  13. Indonésia: 6%
  14. Polônia: 5,75%
  15. Hong Kong: 5,75%
  16. Estados Unidos: 5,50%
  17. Nova Zelândia: 5,50%
  18. Reino Unido: 5,25%
  19. Canadá: 5%
  20. Israel: 4,50%
  21. Alemanha: 4,50%
  22. Áustria: 4,50%
  23. Espanha: 4,50%
  24. Grécia: 4,50%
  25. Holanda: 4,50%
  26. Portugal: 4,50%
  27. Bélgica: 4,50%
  28. França: 4,50%
  29. Itália: 4,50%
  30. Austrália: 4,35%
  31. Suécia: 4%
  32. Dinamarca: 3,60%
  33. Coreia do Sul: 3,50%
  34. Cingapura: 3,49%
  35. China: 3,45%
  36. Malásia: 3%
  37. Tailândia: 2,50%
  38. Taiwan: 1,88%
  39. Suíça: 1,75%
  40. Japão: 0,10%