O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, inverteu o sinal visto pela manhã e fechou o pregão desta terça-feira (15) em queda, na esteira do mau humor dos mercados internacionais, com investidores repercutindo dados abaixo do esperado da economia chinesa.
Ao final do pregão, o índice caiu 0,55%, aos 116.171 pontos. Veja mais cotações.
As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras, por sua vez, fecharam a sessão com alta de 0,72%, após a companhia anunciar um aumento nos preços dos combustíveis, com alta de R$ 0,41 na gasolina e de R$ 0,78 no diesel.
No dia anterior, o Ibovespa fechou em queda de 1,06%, aos 116.810 pontos. Com o resultado, passou a acumular:
- quedas de 1,61% na semana e de 4,74% no mês;
- ganhos de 5,86% no ano.
No mercado cambial, o dólar fechou em alta de 0,43%, cotado a R$ 4,9868.
O que está mexendo com os mercados?
No noticiário doméstico, o anúncio de um novo reajuste de preços da gasolina e do diesel por parte da Petrobras ficaram na mira dos investidores.
Em nota, a companhia explicou que, mesmo com o fim da politica de paridade internacional, os preços precisaram passar por um aumento para que a empresa pudesse reequilibrar as contas, já que o petróleo e o dólar vivem um momento de forte alta no exterior.
Já no exterior, uma onda de aversão ao risco impactou os negócios nesta terça-feira (15), principalmente após dados da China vierem mais fracos do que o esperado e aumentarem as preocupações de uma recessão econômica na segunda maior economia do mundo.
Por lá, o varejo registrou um crescimento de 2,5% em julho em relação a igual mês de 2022, enquanto as expectativas eram de alta de 4,4%. Já a indústria teve alta de 3,7% na mesma base de comparação, contra os 4,6% esperados.
Se o país asiático desacelera, isso pode gerar impactos em todo o mundo, já que se trata de um dos maiores demandantes por diversos tipos de produtos, o que pode afetar as exportações de outros países, inclusive o Brasil.
Além disso, analistas do BTG Pactual destacam que o Banco Popular da China cortou duas de suas principais taxas de juros, para tentar estimular a economia.
Investidores também seguem atentos aos rumos das taxas de juros nos Estados Unidos, atualmente entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior patamar em vários anos. Amanhã, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) divulga a ata de sua última reunião, que pode trazer sinalizações sobre os próximos movimentos da instituição com relação à política monetária.