Usuários relatam primeiras experiências com 5G após chegada em Brasília: 'Muito rápido'

Capital federal é primeira capital do país com tecnologia, que começou a funcionar às 5h desta quarta-feira (6), para operadoras TIM, Vivo e Claro. Segundo Anatel, serviço deve estar disponível em 80% da capital, apenas para celulares compatíveis.

Por Iana Caramori, g1 DF


Veja comparação da velocidade de download nas redes 4G e 5G em Brasília

Após a ativação da quinta geração de internet móvel — o 5G — em Brasília, nesta quarta-feira (6), usuários já estão usufruindo do novo serviço. A capital federal é a primeira capital do país a contar com a versão "pura" da tecnologia (veja detalhes abaixo).

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o serviço foi liberado para exploração para as operadoras TIM, Claro e Vivo desde as 5h. O g1 conversou com consumidores que já notaram a diferença na navegação e ressaltam a velocidade.

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No entanto, o serviço não está disponível para todos os usuários. Segundo a Anatel, a expectativa é que, neste momento, o 5G funcione em 80% da capital, e apenas nos 67 aparelhos que suportam a tecnologia e foram homologados pela agência no Brasil (veja lista aqui).

Celular de Ana Luísa Oliveira, já com sinal de 5G disponível nesta quarta-feira (6), em Brasília — Foto: Reprodução

Ana Luísa Oliveira, de 28 anos, é uma das usuárias que já experimentou o 5G. "A internet fica boa mesmo, mas não é sempre que aparece. Oscila bastante", conta a arquiteta, que é cliente da Vivo e usou o serviço em Águas Claras.

O g1 questionou a operadora sobre a oscilação na região, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Ana Luísa explica que sentiu a diferença na hora de assistir vídeos e baixar aplicativos, e não precisou fazer nenhuma alteração no plano contratado para que o 5G aparecesse no celular. "Inclusive, a gente não muda de plano há anos", afirma.

As empresas de telefonia ainda não definiram se haverá reajustes nos preços de pacotes de dados, já que ainda ainda serão meses até que a tecnologia esteja disponível em outras regiões do país.

Na manhã desta quarta-feira, a pedido do g1, Ana Luísa fez um teste de velocidade do 5G em seu celular. A média é de 500 mpbs, índice muito acima do registrado no 4G. Veja vídeo:

Teste de velocidade com 5G, no DF

Mais velocidade

Leonardo Souza Araújo, de 37 anos, também não precisou contatar a operadora para notar a diferença na velocidade de navegação entre o 4G e o 5G.

"Para streaming, é muito rápido. Você consegue baixar em segundos e ver sem interferência", afirma o servidor público.

Para ele, o serviço, também oferecido pela Vivo, está estável desde o início desta quarta-feira. Ele usou o serviço na Esplanada dos Ministérios. Leonardo afirma que, antes, o serviço era instável, durante a fase de testes.

"Desde o final de maio, tinha 5G nos arredores da Esplanada, mas tinha instabilidade. Quando eu ia para a Rodoviária, por exemplo, já não tinha mais. Hoje não, percebi que tem 5G direto", conta o servidor público.

Veja vídeo de download de aplicativo com 5G:

Usuários relatam primeiras experiências com 5G após chegada em Brasília: 'Muito rápido'

Quinta geração

5G: tecnologia chega nesta quarta-feira em Brasília — Foto: Reprodução/EPTV

Até o último fim de semana, cada uma das três operadoras autorizadas a operar na faixa — Claro, Vivo e TIM — instalou 100 estações espalhadas pelo DF, com maior concentração na região do Plano Piloto.

A tecnologia vai funcionar apenas em celulares mais recentes, de empresas como Apple, Samsung, Xiaomi, Motorola, entre outras.

Segundo especialistas, a quinta geração da internet vai aumentar a capacidade de transmissão de dados e diminuir a latência, que é o tempo que a informação leva para sair do computador e chegar no destino.

De acordo com a Anatel, as próximas capitais a receberem o sinal são: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa. No entanto, ainda não há data definida. Apesar da chegada da nova tecnologia, o 4G não deixa de existir.

Infográfico mostra vantagens do 5G em relação ao 4G. — Foto: Wagner Magalhães/Arte G1

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