Crônica da Semana: olhares do mundo se voltam para o combate às desigualdades
Somos oito bilhões de cabeças pra pensar caminhos pra um mundo melhor. Assim a ONU celebrou a nova marca de habitantes na terra. O tom otimista parte dos avanços médicos e científicos, que nos permitem viver cada vez mais e melhor. Mas melhor pra quem?
A organização também lembra que a fome e desigualdade aumentam num planeta cuja sustentabilidade é cada vez mais incerta para as gerações que nascem neste momento. E são as vozes mais jovens e negligenciadas que ecoam no encerramento da Conferência do Clima. A jovem ativista ganense Nakeeyat Dramani San, de apenas 10 anos, disse às delegações que tentam chegar a um acordo pra frear o aquecimento global que considerem o futuro de pessoas como ela.
No Egito, o Brasil garantiu que voltou ao protagonismo numa agenda estratégica para a viabilidade da humanidade na Terra, os estudantes brasileiros são convocados a falar dos povos originários numa redação do Enem e o presidente eleito promete um ministério só pra cuidar disso em seu novo governo. Parecem ventos de mudança e inclusão até que ineditismos como o visto no Grammy Latino se tornem a nova realidade. A primeira artista trans a ganhar na premiação é uma brasileira e se chama Liniker.
No país-sede da Copa que não respeita a liberdade feminina, as mulheres estarão em campo apitando os jogos de um mundial pela primeira vez.
Boa crônica!