Subiu para 1041 o número de casos confirmados da Febre Oropouche na Bahia. Conforme os dados atualizados na quarta-feira (25), cidades como Laje, Nazaré e Teolândia tiveram aumento nos registros.
De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), a doença foi mapeada em 60 cidades baianas no mês de setembro, uma a mais dos últimos registros de agosto.
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O ranking de números de casos segue o mesmo de agosto: Ilhéus lidera a lista com 139 diagnósticos positivos. Logo em seguida, estão Camamu, com 118, e Gandu, com 82.
Confira municípios com casos confirmados da doença:
- Amélia Rodrigues (2)
- Feira de Santana (2)
- Coração de Maria (1)
- Jacobina (1)
- Itamaraju (6)
- Teixeira de Freitas (1)
- Porto Seguro (7)
- Cachoeira (1)
- Maragogipe (3)
- Camaçari (3)
- Candeias (1)
- Lauro de Freitas (1)
- Madre de Deus (2)
- Vera Cruz (1)
- Salvador (16)
- Amargosa (85)
- Aratuípe (2)
- Castro Alves (1)
- Elísio Medrado (39)
- Jaguaripe (79)
- Laje (31)
- Muniz Ferreira (14)
- Mutuípe (24)
- Nazaré (3)
- Presidente Tancredo Neves (13)
- Santo Antônio de Jesus (13)
- São Felipe (9)
- São Miguel das Matas (6)
- Teolândia (46)
- Ubaíra (3)
- Acajutiba (7)
- Caatiba (2)
- Nova Canaã (1)
- Cairu (7)
- Camamu (118)
- Gandu (82)
- Igrapiúna (25)
- Ituberá (41)
- Piraí do Norte (4)
- Taperoá (37)
- Valença (15)
- Wenceslau Guimarães (3)
- Aurelino Leal (3)
- Buerarema (1)
- Camacan (2)
- Ibicaraí (2)
- Ibirapitanga (3)
- Itabuna (25)
- Itajuípe (2)
- Maraú (3)
- Ubatã (2)
- Arataca (3)
- Itacaré (4)
- Ilhéus (138)
- Uruçuca (73)
- Una (8)
- Itagibá (4)
- Itamari (3)
- Jequié (4)
- Jitaúna (3)
Com as atualizações, algumas cidades podem sair da lista ou apresentar redução de diagnósticos positivos, se a investigação concluir que a origem partiu de outro município.
👉 A Febre do Oropouche é uma doença viral transmitida pelo inseto Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. Até o momento, não há registros de transmissão direta entre pessoas.
👉 Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, semelhantes aos de outras arboviroses como a dengue e a chikungunya.
👉Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche, apenas medidas focadas no alívio dos sintomas.
Com o aumento no número de casos, a Secretaria da Saúde do Estado intensificou ações de investigação nas regiões em que houve registros. Técnicos da Vigilância Epidemiológica fazem captura do mosquito transmissor para identificar se estão infectados e compreender melhor o cenário.
Por meio de nota, a diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, disse que o poder público está em alerta desde o primeiro caso confirmado.
“Toda vez que falamos em agravo de interesse a saúde pública, um caso já é um sinal de alerta para a vigilância epidemiológica, mesmo que não haja um cenário de ameaça iminente”, afirma.
Ainda de acordo com Márcia São Pedro, é importante que as pessoas usem roupas compridas e façam uso de repelentes. “Ressaltamos também que não se deve deixar lixo e folhas acumulados, pois a existência destes materiais facilita a reprodução do vetor”, afirma. Ela destaca que, ao aparecer sintomas, deve-se buscar uma unidade de saúde.
Ministério da Saúde confirma mortes por febre oropouche na Bahia
As duas mortes por Febre do Oropouche ocorridas na Bahia neste ano foram as primeiras registradas em todo o mundo. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde no dia 25 de julho. Conforme o órgão, "até o momento, não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbito pela doença".
As mortes já tinham sido divulgadas pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), que fez as investigações. O Ministério destacou que as vítimas são mulheres, moradoras do interior, com menos de 30 anos, sem comorbidades, que tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.
De acordo com a Sesab, os dois óbitos primeira morte por Febre do Oropouche no estado ocorreram na região do baixo sul. O primeiro foi registrado no dia 17 de junho. A paciente tinha 24 anos, morava em Valença, e a morte aconteceu no mês de março.
No dia 22 de julho, foi registrada a segunda morte. A paciente tinha 21 anos. O óbito aconteceu em maio deste ano, mas só foi divulgado depois porque, assim como no primeiro caso, diversos exames precisaram ser feitos para que a causa fosse confirmada.
A Sesab detalhou que as mulheres foram internadas com febre alta, dor de cabeça, náuseas, vômito, diarreia, dores em membros inferiores, dor retroorbital, dores musculares, além de fraqueza, falta de energia e cansaço.
Os sintomas evoluíram com sinais mais graves, como sangramentos nasal, gengival e vaginal, hipotensão, queda brusca de hemoglobina e plaquetas até o óbito
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