Para diminuir o número de casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e oropouche no Brasil, o governo federal lançou, na última quarta-feira (18), o plano de ação para redução dos impactos das arboviroses. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, o Acre registrou 4,3 mil casos no período em 2024.
Ainda segundo os dados do painel, foram registrados 117 casos prováveis de zika, 266 de chikungunya e 270 de oropouche no Acre.
O documento, divulgado na quarta (18), foi construído com a participação de pesquisadores, gestores e técnicos dos estados e municípios, além de profissionais de saúde que atuam na ponta, em contato direto com as comunidades e que conhecem de perto os desafios em cada região do país, com atenção às regiões de maior vulnerabilidade social.
O anúncio do plano de ação aconteceu no Palácio do Planalto com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da ministra da Saúde, Nísia Trindade. O documento está baseado nas evidências científicas mais atualizadas, novas tecnologias e representa um pacto nacional para o enfrentamento a essas doenças.
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O Ministério da saúde afirma que vem acompanhando desde 2023 os casos de arboviroses e em 2024, o investimento para prevenção e controle dos casos é de cerca de R$ 1,5 bilhão.
O programa de redução dos impactos das arboviroses irá trabalhar em seis eixos de atuação com foco para implementação no segundo semestre do ano, que é quando todas as condições climáticas são favoráveis ao aumento de casos. São eles:
- Prevenção;
- Vigilância;
- Controle vetorial;
- Organização da rede assistencial e manejo clínico;
- Preparação e resposta às emergências;
- Comunicação e participação comunitária.
O governo diz ainda que durante o período intersazonal, ou seja, no intervalo entre os picos de casos, serão intensificadas as ações preventivas, com retirada de criadouros do ambiente e a implementação das novas tecnologias de controle vetorial.
Também será feita uma força-tarefa de sensibilização da rede de vigilância para a investigação oportuna de casos, coleta de amostras para diagnóstico laboratorial e identificação de sorotipos circulantes.
Está prevista, ainda, a organização de fluxos da rede assistencial, revisão dos planos de contingência locais, capacitação dos profissionais de saúde para manejo clínico, gestão dos estoques de inseticidas, insumos para diagnóstico laboratorial e assistência ao doente.
Para o período sazonal, caso ocorra nova alta sensível de casos, estão previstas medidas estabelecidas no plano de contingência, focadas sobretudo no fortalecimento da rede assistencial para redução das hospitalizações e óbitos evitáveis. Nesse período, as ações de vigilância devem priorizar a coletiva de amostras para exames específicos com foco em casos graves e investigação oportuna de óbitos.
Arboviroses no Acre
O Acre registrou aumento nos casos prováveis de zika e chikungunya e um leve aumento nos casos prováveis de dengue este ano em comparação com janeiro a setembro de 2023. Isto é o que aponta o boletim epidemiológico das arboviroses, divulgado na última sexta-feira (13) pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). O principal crescimento foram das ocorrências de chikungunya, que teve um aumento de 602,8%.
O estudo é referente às semanas 1 a 36 de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Com relação à dengue, foram notificados 3.363 casos prováveis da doença entre janeiro e o 13 de setembro este ano, sendo 3.097 confirmados. No mesmo período no ano passado, esse número foi menor, foram 3.365 casos, o que representa um aumento de apenas 0,1%. A taxa de incidência de dengue ficou em 405,4 para cada 100 mil habitantes acreanos.
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Sobre os dados de chikungunya, o boletim traz que no Acre, este ano, foram registrados 258 casos prováveis e 20 casos confirmados. Já em 2023, foram apenas 36 casos prováveis. O aumento registrado é de 602,8%. Com isso, a taxa de incidência da doença foi de 31,1 casos por 100 mil habitantes no estado.
Com relação aos dados de zika, ocorreram 117 casos prováveis até setembro deste ano, correspondendo a uma taxa de incidência de 14,1 casos por 100 mil habitantes. Em relação a 2023, foram 96 notificações. O número de casos deste ano em comparação com o ano anterior é de 21,9% maior. Somente em 2024, 46 casos de zika foram confirmados.