Suspeito de matar chilena com mais de 20 facadas é preso escondido na zona rural do AC

Homem foi encontrado escondido na zona rural de Feijó, interior do Acre. Karina Constanza foi assassinada no último dia 1º em Rio Branco.

Por Aline Nascimento, G1 AC — Rio Branco


Karina Constanza Bobadilha Chat foi assassinada em Rio Branco, capital acreana — Foto: Arquivo pessoal

Após quase 15 dias, a Polícia Civil do Acre conseguiu prender o suspeito de matar a chilena karina Constanza Bobadilha Chat, de 22 anos. Ela foi morta com várias facadas no sábado (1) e o corpo achado na Avenida Amadeo Barbosa, em Rio Branco, no dia seguinte.

Na segunda, a polícia levou o suspeito para Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e ele confessou o crime, mas foi liberado porque já havia saído do período de flagrante. O homem estava fugindo para o interior do estado e foi preso na BR-364, próximo a Sena Madureira.

Após a Justiça expedir o mandando de prisão, o homem foi preso na sexta-feira (14), escondido na zona rural da cidade de Feijó, interior do Acre.

Para achar o suspeito, a polícia diz que contou com a ajuda de policiais de Sena Madureira, Feijó e Cruzeiro do Sul. O homem foi encaminhado para o Complexo Prisional Francisco d'Oliveira Conde (FOC), na capital acreana.

Homem foi encontrado escondido na zona rural de Feijó, interior do Acre — Foto: Divulgação/Polícia Civil do Acre

Corpo cremado em São Paulo

Após a liberação da Justiça, o corpo da chilena foi levado, na terça-feira (11), para a cidade de São Paulo, onde foi cremado e as cinzas foram levadas para Santiago, capital chilena. A família informou ao G1 que ainda está organizando o dia em que deve buscar as cinzas da jovem.

Avó fez homenagem para chilena morta em Rio Branco — Foto: Reprodução/Facebook

Polícia investiga se houve violência sexual

O suspeito afirmou que tentava um relacionamento com a vítima e, como ela se negou, acabou desferindo os golpes de faca. O delegado Marcus Cabral, responsável pelo caso, contou que um exame deve indicar se Karina foi vítima de violência sexual. O laudo deve sair em trinta dias.

No dia do crime, a chilena tinha almoçado com o suspeito na casa dele e, segundo a versão do homem dada à polícia, à noite ocorreu uma discussão, que resultou na morte da vítima.

“Ele relata que ela queria ir para Porto Velho e ele não queria que ela fosse, porque estava querendo manter uma relação amorosa com ela e ela não queria. Ocorreu que ele foi tentar segurar o braço dela, ela o empurrou dizendo que não e ele ficou com raiva por conta disso e acabou esfaqueando a vítima”, contou o delegado.

'Família impactada'

A tia de Karina, Kary Chatt, contou que a menina era malabarista e havia saído do Chile em abril do ano passado. Ela disse que a família está aguardando a ordem do juiz para que o corpo da vítima seja cremado e levado ao país em que morou.

Revoltada, ela pede por justiça. “Minha Karinita foi assassinada por um animal maldito do Brasil. Exijo justiça. A família está muito mal, estamos impactados e tristes. Chega de abusos e assassinatos. Ela era alegre, bela, terna e solidária. Um amor. Não entendo”, lamenta.

No Facebook, a avó da chilena, Silvia Irturra usou o perfil no Facebook para lamentar a morte da neta e fez um texto se despedindo.

“Em direção à luz, você está viajando para o paraíso, já não estás neste plano, estás no plano celestial. Pedimos a Deus que a encha de mais luz dando a felicidade celestial e a paz eterna hoje a nossa imensa dor. Abriremos as nossas mãos e os nossos corações e te deixaremos ir. Você merece viver longe da dor viver sem mágoas nem lágrimas. Te deixamos ir, mas nunca te esqueceremos”, escreveu.