Grupo se reuniu em frente ao IFG, em Goiânia — Foto: Vitor Santana/G1
Servidores técnico-administrativos das três instituições federais de ensino de Goiás fazem um protesto, nesta quarta-feira (2) em Goiânia, contra a redução de recursos para as universidades e a reforma da previdência proposta pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). De acordo com o sindicato da categoria, cerca de 150 pessoas participam do ato ao longo desta manhã.
Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação (Sint-Ifes), Fátima dos Reis, os funcionários fazem uma paralisação em todos os serviços administrativos do Instituto Federal de Goiás (IFG), Intituto Federal Goiano (IF Goiano) e da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Ela afirma que teme possiveis cortes de recursos, o que afetaria a rotina das instituições e provoque uma crise semelhante à vivida pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que está em greve.
"Com essas medidas, estamos vivendo um retrocesso de todo o investimento em educação feito nos anos anteriores. Com a PEC [Proposta de Emenda Constituicional] do Teto, o orçamento para 2018 vai ser o desse ano, mais a inflação. O desse ano já foi reduzido, e ainda estão acontecendo mais cortes. Com isso, em 2018, vai ser ainda menor que o previsto. Se nada for feito, em breve, viraremos novas Uerjs", disse Fátima.
O ato começou por volta das 8h30 em frente à reitoria do IFG, no Setor Oeste, em Goiânia. O grupo fixou faixas e cartazes no prédio, e se divide para fazer discursos relatando prejuízos do corte de investimentos, como endividamento, diminuição no número de pesquisas e sucateamento da estrutura.
“Em Goiás nenhuma instituição deixou de funcionar até o momento por falta de recurso, mas dívidas tem aos montes. Tem quem deve água, luz, fornecedores. Ano passado já houve um corte de pessoas terceirizadas por conta de falta de verba. Tem unidade que tem dinheiro só até setembro”, desabafou a coordenadora.
A assessoria de comunicação da UFG informou ao G1, por telefone, que a participação em atos como o desta manhã é facultativa aos servidores. A instituição informou ainda que os alunos estão de férias e, portanto, não é possível precisar os impactos da paralisação.
Já a assessoria de imprensa do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) informou "que a adesão a paralisações é facultativa. Como nossos 12 campi estão localizados no interior do Estado ainda não mensuramos a adesão ao movimento desta quarta-feira. No que tange as atividades letivas, acreditamos que não houve impacto significativo, uma vez que algumas das unidades ainda estão em período de férias".
A assessoria do IFG em Goiânia destacou, em nota, que a "paralisação não atingiu a rotina acadêmica nem administrativa da nossa unidade, que funciona normalmente".
A reitoria do instituto informou, também em nota que "a ação foi um movimento organizado por servidores e que não afetou o funcionamento da instituição na Reitoria e nem em seus câmpus".
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