Gilberto Leite de Moraes (lado esquedo) e Jocineide Barbosa de Souza (meio) são suspeitos de ajudarem no crime; Rosiron Teodoro Rodrigues Neto (lado direito) é suspeito de ter efetuado os disparos — Foto: Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (13), dois homens e uma mulher suspeitos de participação em um tiroteio que matou um suposto traficante e baleou uma cantora gospel que não tinha nenhuma relação com o mundo do crime, em uma feira de Goiânia. Entenda abaixo a participação de cada um. Dois homens suspeitos de serem os mandantes do crime estão foragidos.
O g1 não encontrou a defesa dos três presos: Gilberto Leite de Moraes; Rosiron Teodoro Rodrigues Neto, de 21 anos; e Jocineide Barbosa de Souza, de 52 anos (foto acima). A Defensoria Pública informou que não está atuando na defesa deles.
O g1 também não encontrou a defesa dos dois homens foragidos e apontados pela polícia como os mandantes: Cleiton César Dias Mello, de 32 anos; e Maxwel Cunha Fonseca, de 22 anos. A divulgação da imagem e identificação de todos os envolvidos foi determinada nos termos da Lei nº. 13.869/2019, portaria n.º 547/2021.
Os mandados de prisão e outros cinco mandados de busca foram cumpridos em Goiânia, em Trindade e Iporá. As investigações revelaram que Rosiron, que mora em Iporá, foi contratado pelos mandantes para matar um traficante, porque fornecedores de drogas desconfiaram que ele estava passando informações à polícia, gerando diversas prisões de outros traficantes na região que dominavam.
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Segundo a polícia, Rosiron chegou a Goiânia no dia 6 de julho e, no dia seguinte, matou o traficante no meio da feira do Setor dos Funcionários, com diversos tiros. Porém, os disparos também atingiram a cantora gospel Keyla Silva Marinho Costa, de 49 anos, que tinha ido à feira comprar pastel.
Socorrida, a vítima foi internada e submetida a duas cirurgias. De acordo com a polícia, atualmente a cantora tem feito sessões de fisioterapia para recuperar completamente sua capacidade locomotora, afetada pelo disparo. As investigações comprovaram que Keyla não tinha nada a ver com o caso.
Gilberto e Jocineide, segundo a polícia, ajudaram antes e depois do crime. Câmeras de segurança registraram o momento do assassinato e, também, quando Rosiron procurou Jocieneide para devolver a moto e a arma usadas no homicídio. Gilberto foi quem entregou a arma do crime para o executor.
Keyla Silva Marinho Costa, de 49 anos, foi baleada em um tiroteio durante uma feira, em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais
De acordo com o delegado Vinicius Teles, durante a operação, a polícia encontrou diversas porções de cocaína prontas para distribuição na casa de Jocineide, que também acabou respondendo em flagrante por tráfico de drogas.
Os mandantes
Com relação aos mandantes, Cleiton César e Maxwel (fotos abaixo), a polícia afirma que imagens captadas na investigação demonstraram os dois estão escondidos em comunidades cariocas, portando armas longas na companhia de vários outros criminosos, revelando alta periculosidade.
Por conta disso, a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios está em constante interação com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, tendo promovido ações durante o mês de novembro para tentar localizar e prender os dois foragidos.
O delegado informou também que nos próximos 30 dias o inquérito policial será concluído, com a coleta de elementos complementares e análises dos dados obtidos nas buscas e apreensões.
Os envolvidos serão indiciados por homicídio qualificado, por força da paga de recompensa, motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, além de integrarem organização criminosa.
Maxwel Cunha Fonseca (lado esquerdo) e Cleiton César Dias Mello (lado direito) estão foragidos e são suspeitos de mandarem matar um traficante em crime que baleou cantora gospel inocente, em Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Mandantes do crime em comunidade no Rio de Janeiro (lado esquerdo); atirador depois do crime (lado direito) — Foto: Divulgação/Polícia Civil
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